Domingo, 21.03.10

Quinta da Alorna tinto 2008


Temos aqui um perfeito exemplo do que a região Tejo pode fazer com os vinhos de grande volume e com uma qualidade bastante aceitável. O vinho vem da Quinta da Alorna, em Almeirim, produtor conhecido pela qualidade dos seus vinhos e pelos preços baixos que pratica. São vinhos perfeitos para o dia a dia, para festas com muita gente em que queiramos beber algo com qualidade.

Esta colheita de 2008 foi feita com as castas Tinta Roriz, Castelão, Syrah e Alicante Bouschet. É um vinho com um perfil muito frutado, com muita fruta vermelha madura, principalmente morangos e com uma boa frescura na boca.
Belíssima escolha para o dia a dia, um parceiro certo para os prato quotidianos. 15.
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Terça-feira, 09.02.10

Azul Portugal (Tejo) branco 2008

Vinho feito pela Companhia das Lezírias, com a enologia de Frederico Falcão. Tem na sua composição as castas Fernão Pires e Arinto. Teve todo o tratamento (fermentação e estágio) em cubas de inox.

Tem uma cor citrina intensa.
Aroma de fraca intensidade, com notas que nos fazem lembrar flores brancas e fruta madura, onde encontramos uns citrinos a lembrar limão. Algum vegetal de fundo.
Boca com bom volume e boa acidez. Confirma o que encontrámos no nariz. Temos as flores, a fruta madura e o toque vegetal. Final mediano.

Temos aqui um vinho que, apesar de ser encorpado, tem um perfil leve. Apesar de pouco intenso é um vinho muito limpo, muito clean. São duas castas que não são muito aromáticas e este vinho mostra exactamente isso. Será boa companhia no nosso dia a dia ou para as petiscadas de Verão.14.
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Segunda-feira, 25.01.10

Vale D'Algares Selection tinto 2007

Produtor recente da região Tejo com vinhos de muita qualidade e que se está a tornar um caso muito sério no panorama vínico em Portugal. É também a confirmação de que a região tem alto potêncial para vinhos de carácter internacional e podem-no fazer em grande escala. Assim o queiram e possam.

Depois do belo Selection branco, um vinho feito com Viognier e com um perfil novomundista e muito apelativo, chega-nos agora a versão tinta. Claramente um upgrade em relação ao Guarda Rios, que também já me tinha causado muito boa impressão, e que pôe a fasquia muito alta nos próximos vinhos que dali sairem.

Este vinho foi feito com 60% Merlot e 40% Touriga Nacional. Estagiou durante 12 meses em barricas novas de carvalho francês. Pedro Pereira Gonçalves continua à frente da enologia da casa.
Mostra-nos uma cor escura, fechada. Aroma intenso e concentrado, onde aparecem notas florais e vegetais. Abre para algum chocolate preto e ligeira tosta. A fruta está lá, madura e elegante, com cerejas e framboesas. Saltam ainda do copo notas de pimenta preta e de baunilha. Boca bem encorpada e com uma boa acidez. A fruta está mais saliente que no aroma, onde é acompanhada de chocolate e baunilha sobre um fundo floral. Belo final, complexo e muito guloso, dominado pela fruta achocolatada.

Temos aqui um vinho extremamente bem feito. Podemos dizer que o seu perfil é um encontro entre fruta elegante, flores e notas mais adicicadas de especiarias e chocolate. Uma bela complexidade, estrutura forte, boa acidez alevam-no a um patamar alto. 17.
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Quinta-feira, 14.01.10

Quinta da Alorna Touriga Nacional 2008

A exportação é cada vez mais o principal objectivo das empresas portuguesas e as empresas produtoras de vinho não fogem à regra. Há muito tempo que o consumo de vinho em Portugal está a diminuir, tal como a capacidade de os adquirir e os produtores têm de escoar a produção, sob pena de ficarem com colheitas atrás de colheitas na adega. Por isso, torna-se urgente exportar os vinhos e há que unir esforços e trabalhar afincadamente.

A Quinta da Alorna é um dos principais players da região Tejo. Com a direcção enológica a cargo de Nuno Cancela de Abreu a empresa deu um salto qualitativo nos seus vinhos. Temos então produtos com qualidade e a preços mais que justos. É uma referência da região.

Este vinho que temos em prova é um vinho feito para exportação, um varietal de Touriga Nacional e com algum estágio em madeira. A Touriga Nacional pode e deve ter um papel importante na conquista dos mercados exteriores. É uma casta com qualidade evidente, diferente das restantes e com enorme potencial. Há que apostar nela, mas com vinhos de qualidade, com vinhos que enalteçam a casta. Foram feitas 10.000 garrafas e "enrolhadas" com rosca metálica (screwcap). Temos assim um vinho com cor escura. Aroma intenso com notas florais que estão acompanhas por fruta, que nos faz lembrar groselhas e morangos. Alguma tosta e ligeiro toque metálico. Boca com bom volume e com acidez mediana. Marcadamente floral, com toque de fruta vermelha e tosta. Final mediano com alusões à casta.

Temos aqui um vinho com um perfil que dificilmente não diríamos que era um Touriga Nacional. Muito floral, com alguma fruta, redondo e com alguma complexidade. Um bom vinho para quem quer explorar e conhecer a casta. Não o veremos por cá, espero que muita gente o veja lá por fora. 15,5.
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Domingo, 06.12.09

Guarda Rios tinto 2007

Voltamos a Vila Chã de Ourique e a Vale D'Algares, aqui com um tinto colheita, o entrada de gama, Guarda Rios. Um projecto vanguardista que está a começar a colher os seus frutos, com vinhos de qualidade, numa região que não é fácil e que, apesar de todo o potência que tem, ainda é vista como menor, o que é pena.
Mas voltemos ao vinho. A colheita em prova é a de 2007, um vinho feito com as castas Syrah, Touriga Nacional, Alicante Bouschet, Merlot e Cabernet Sauvignon, que tiveram selecção criteriosa por 2 vezes. Fermentou em cubas de inox e balseiros de carvalho francês e estagiou 9 meses em barricas maioritariamente francesas. Como podemos ver, tratamento de luxo.
Tem uma cor violácea.
Aroma intenso, com muitas notas frutadas e lembrar cerejas e ameixas. A fruta tem a companhia de flores, baunilha e ligeira tosta. Toque aborrachado.
Boca de bom corpo e com uma boa acidez. Começa abaunilhada, logo passando para fruta madura e ligeiro floral de fundo. Bom final, guloso, com baunilha a toque achocolatado.
Temos aqui um vinho muito bem feito, com um perfil apelativo, difícil de não gostar. Quando falamos que deveriamos ter vinhos para o mercado internacional, como os que vêm do "Novo Mundo", aqui está um deles. Eu gostei. 16.
publicado por allaboutwine às 11:46 | link do post | comentar
Domingo, 29.11.09

Fiuza Sauvignon branco 2009

Temos em prova o primeiro branco de 2009 do produtor Fiuza & Bright.
Um projecto que nasceu em 1985, numa parceira entre a família Fiuza, proprietária de vinha no Ribatejo, e o conhecido enólogo australiano Peter Bright. São os pioneiros na produção de castas francesas em Portugal, onde desenvolveu uma gama de vinhos monovarietais, onde está incluído este Sauvignon Blanc que temos um prova.
O vinho foi vinificado em inox, com temperatura controlada para, segundo o produtor, preservar o carácter da casta.
Tem uma cor amarelo citrino.
Aroma intenso, com muitas notas de frutos tropicais, em especial maracujá, envolvidos um aromas mais vegetais, herbáceos, com lembranças de relva cortada.
Boca com corpo mediano e com boa acidez. Marcadamente tropical, com maracujá, em companhia de ligeiro vegetal, com alguns espargos.
Temos aqui um vinho muito caraterístico da casta, com fruta tropical e com notas mais vegetais. Bom vinho, bem feito, e já está prontíssimo a ser bebido. Geralmente ronda os 4 euros no ponto de venda. 15.
publicado por allaboutwine às 12:13 | link do post | comentar
Segunda-feira, 05.10.09

Vale DÁlgares Selection branco 2008

Mais um vinho do nosso Tejo. Talvez a região portuguesa onde podemos encontrar vinho de perfil mais internacional, em quantidade e qualidade.
Este Vale D'Algares é um bom exemplo disso. Um vinho, onde à casta internacional Viognier foi adicionada a portuguesa Alvarinho. Um dueto imprevisto e só possível nos países chamados "Novo Mundo" ou no nosso Tejo. Claro que peco pelo exagero, mas não estou muito longe da verdade.
Será uma maneira de ver o vinho, uma maneira de encarar o mercado, e ninguém poderá dizer qual a melhor, se o tradicionalismo velho mundista, se o empreendedorismo novo mundista. Venha o copo e escolha.
Este Selection 2008 estagiou 90% em barricas de carvalho francês e 10% em inox.
Sai da garrafa com uma cor amarelo citrino.
Aroma intenso, com muitas notas de fruta tropical a lembrar mangaligeiro maracujá e pêssego. Ligeiro vegetal em fundo abaunilhado.
Boca gorda e bem fresca. Permanece a fruta dos trópicos, juntamente com algum pêssego e ligeiro alimonado. Tudo isto em fundo abaunilhado. Final longo e saboroso.
Temos aqui um vinho que me cativou à primeira cheiradela. Intenso, frutado, com tudo no sítio para agradar. O corpo é muito bem amparado pela acidez bem colocada e que transmite sensação de amplitude. Onde falta em complexidade, ganha em goludice. Gostei do vinho. 16,5.
publicado por allaboutwine às 12:23 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Terça-feira, 18.08.09

Guarda Rios branco 2008

Vale D'Algares. Um grande investimento em terras ribatejanas, mais precisamente em Vila Chã de Ourique.
Vinhas plantadas em plena lezíria, com solos muito ricos em água prontamente resolvidos através de drenos subterrâneos, adega com todas as condições, barricas de alta qualidade. Isto tudo inserido num contexto enoturístico onde encontramos uma grande abertura a provas dos vinhos, visitas à Herdade, um restaurante gourmet, observação de aves, onde podemos encontrar pintassilgos, águias, mochos, guarda rios e cartaxos. Por fim e não menos importante, existe um centro equestre, onde se pode ter aulas de equitação e onde se realizam importantes eventos.
Centrando-nos nos vinhos, existem 3 referências. O Guarda Rios, nas versões branco, tinto e rosé, que se situam no patamar Premium, o Vale D'Algares Selection, que faz a ponte para o topo de gama, o Vale D'Algares Viognier, com um posicionamento Super Premium. Existe também um Colheita Tardia que terá prova atenta lá mais para a frente.
O Guarda Rios, versão branca de 2008, foi feito com as castas Chardonay (35%), Sauvignon Blanc (25%), Alvarinho (25%) e Arinto (15%). Cerca de 35% da fermentação do lote é em barricas de carvalho francês com battonage durante seis meses, dos quais 40% do Chardonnay fez fermentação maloláctica parcial.
Só a título de curiosidade, o Guarda Rios é um pássaro que se alimenta de peixe, daí a sua proximidade aos rios e neste caso ao Tejo.
Vinho de cor amarelo citrino. Aroma intenso, com notas de frutos tropicais a lembrar maracujá e ananás, acompanhados de maça. Temos um toque de manteiga, de frutos secos e flores. Boca com bom volume e bela acidez. A fruta marca presença no palato, entre a tropical e alguma maça. Ligeiros frutos secos e toque floral. Bom final, frutado e fresco.
Temos aqui um vinho com uma qualidade acima da média, que apresenta boa complexidade num perfil que liga a fruta exótica com algum peso do Chardonnay. Um conjunto bem conseguido. Uma referência do Tejo. 16.
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