Terça-feira, 29.12.09

Ouzado tinto 2005

Este Ouzado entra na nova "grelha" dos vinhos deste produtor de Montemor-o-Novo. Além da gama Couteiro-Mor e do topo de gama Vale de Ancho, chega-nos agora este tinto Regional Alentejano. Já da longínqua colheita de 2005 (não deixa de ser curioso, dado que estão a sair para o mercado os topos de gama de 2007), este vinho tenta marcar a diferença pelas castas usadas e pelo "não" estágio em madeira. Podemos dizer que hoje em dia, não passar os vinhos pela madeira, pelo menos os vinhos com alguma ambição, é uma decisão anormal, muito fora do comum. Este produtor teve a ousadia de o fazer através da mão sabedora do mestre João Melícias. As castas escolhidas são todas internacionais, apesar de uma delas já ser considerada portuguesa, o Alicante Bouschet, que teve a companhia de Syrah e Cabernet Sauvignon. Tornou-se vinho em cubas de inox, onde permaneceu até ao engarrafamento.

Desde logo mostra uma grande juventude, com uma cor granada escura, bonita. Aroma intenso e muito frutado, com notas da cerejas, morangos, groselhas, framboesas, tudo num registo compacto mas não doce e muito menos enjoativo. Ligeiro chocolate preto e leve nota terrosa. A boca entra gorda e com uma bela acidez. Muita fruta, a par de uma nota mais vegetal. Boa estrutura e profundidade, com um final longo e frutado.

O vinho resulta muito bem, onde claramente a fruta comanda o pelotão. Um vinho que é difícil não gostar, com uma boa complexidade. Mostra-nos que também podemos tirar prazer de vinhos onde a madeira não entra. Estou muito curioso em relação ao envelhecimento deste vinho, qual a capacidade de aguentar em garrafa. A conhecer. 16,5.
publicado por allaboutwine às 12:04 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Sábado, 19.12.09

Couteiro-Mor Escolha - branco e tinto 2008

A colheita 2008 dos vinhos Couteiro-Mor trouxe-nos novidades, com a criação da referência Escolha. Após a prova do colheita, aqui, o produtor lança a gama Escolha na versão branco e tinto. As novidades não se ficam por aqui. Além do conceituado Vale de Ancho, foi acrescentada à gama vinhos como o Ouzado e o Couteiro-Mor Grande Escolha, que irão ter prova atenta mais para a frente. Agora centremo-nos na gana Escolha, na versão branco e tinto da colheita de 2008.

Couteiro-Mor Escolha branco 2008


Um vinho de lote, feito com Arinto, Chardonnay, Antão Vaz e Roupeiro.
Tem uma cor amarelo citrino.
Aroma intenso, com muito citrinos, com notas de limão e casaca de laranja. Ligeiras notas meladas. A fruta muda de figura e apresenta-se mais tropical, com notas de manga. Ligeiro vegetal seco.
Boca com bom corpo e boa acidez. É marcada pela fruta, ora citrina, ora tropical, num dueto bem acompanhado por notas de vegetal seco. Com o aumento de temperatura, aparecem notas meladas. Final longo, com ligeira complexidade.
Temos aqui um vinho bem feito, principalmente virado para a fruta. O peso do Chardonnay é muito bem compensado pela frescura do Arinto e fruta do Antão Vaz. Bem conseguido e, principalmente, com um belo preço. 15.

Couteiro-Mor Escolha tinto 2008



Feito com ALicante Bouschet, Trincadeira, Aragonês e Castelão.
Cor rubi escuro.
Aroma intenso, com notas tostadas, na companhia de frutos vermelhos que lembram morangos, framboesas e ameixas. Ligeiro vegetal.
Boca com corpo mediano e boa acidez. Continua muito frutada, com a companhia de ligeiro vegetal. Bom final, frutado e elegante.
Temos aqui um vinho perfeito para o dia a dia. Qualidade, preço, fácil de encontrar no mercado. Uma bela aposta. 15.








Conclusão: São dois vinhos bem feitos, que dão prazer beber e que não envergonham ninguém numa mesa. Por cerca de 3 euros, temos aqui 2 vinhos perfeitos para o dia a dia, com um perfil fácil de gostar, jovem, cosmopolita. É uma escolha mais que certa.
publicado por allaboutwine às 03:42 | link do post | comentar

Couteiro-Mor Summer 2008

Uma novidade do produtor alentejano de Montemor-o-Novo, detentor de algumas das marcas mais conhecidas do mercado, como Couteiro-Mor e Vale de Ancho.
Já por muitas vezes referi o meu apreço pelos vinhos desta casa, pela sua excelente relação entre o preço e a qualidade apresentada, principalmente na gama Couteiro-Mor. São vinhos muito bem feitos e com preços que muitas vezes não atingem os 3 euros na prateleira. Em tempo de crise, o que poderemos crer mais?
Como o próprio nome indica, o vinho, da colheita de 2008, foi lançado para o verão de 2009, com o objectivo de ser parceiro das nossas petiscadas e mesmo para ser consumido a solo. A imagem está muito apelativa, fazendo-nos mesmo suspirar pelo tempo mais quente. Provei-o já o frio batia à porta, mas nem assim o vinho me deixou ficar mal, como iremos ver.
Feito essencialmente com Arinto, tem breve passagem por madeira.
Tem uma cor amarelo citrino.
Aroma com boa intensidade, onde as notas de fruta citrina marcam o aroma. Temos muito limão e lima, com a companhia de ananás em calda. Toque floral e ligeiro fumado.
Boca com corpo mediano e com uma bela acidez. Continua muito citrino, com toque de fruta tropical.
Final comprido e com uma bela acidez citrina.
Temos aqui um vinho muito muito bem feito, onde a passagem por madeira não marcou nada o vinho, sentindo-se apenas um ligeiro fumado, mas antes amparou muito bem a fruta intensa, arredondando a dando volume ao vinho. Funciona muito bem e mostra-se muito apelativo na prova. Esperemos pelo 2009, e este sim, a ser bebido na sua altura devida, com um cenário mais solarengo e quente. 15,5.
publicado por allaboutwine às 02:59 | link do post | comentar
Quinta-feira, 10.09.09

Couteiro-Mor rosé 2006

A prova deste rosé fez-me pensar quanto tempo aguentará um vinho deste tipo em garrafa, se são vinhos que se portam bem passados 2,3,4 anos após o seu engarrafamento.
Sabemos que são vinhos para serem bebidos jovens, para assim aproveitar todo o explendor da fruta primária e gulosa. Este rosé alentejano de 2006 foi feito com as castas Touriga Nacional e Aragonês e foi vinificado através de bica aberta. A enologia está a cargo de Jorge Páscoa e António Melícias. Vejamos então o estado dele.
Cor tijolo carregada. Aroma intenso, com notas de fruta madura e lembrar morangos e framboesas. Ligeiro floral. Boca de médio porte e boa acidez. Sabor frutado e ligeiramente alcoólico. Final longo, com ponta de álcool.
Temos aqui um vinho que ainda se encontra em boas condições, sem perder a fruta e a frescura. Será preciso atenção à temperatura, já que o álcool encontra-se à espreita. Não guardar por muito mais tempo. 14,5.
publicado por allaboutwine às 14:22 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quarta-feira, 24.06.09

Couteiro-Mor tinto 2008


De volta a Montemor e à Herdade do Menir, temos um tinto que é um dos meus favoritos para o dia a dia e especialmente para o Verão, época que não apetece beber tintos pesados e complexos.
Tinto feito de Aragonês, Trincadeira e Castelão e estagio em inox até ao seu engarrafamento.
Tem uma cor rubi escuro. Aroma intenso e jovem. Muita fruta a lembrar ameixas pretas maduras, morangos. Continua achocolatado e com ligeiro fumo. Boca de médio corpo, boa acidez. Frutada, com morangos e groselhas. Ligeiro chocolate. Final mediano, com fruta.
Continua na senda dos anos anteriores, bem feito, redondinho, que dá prazer beber. Não temos de puxar pela cabeça com aromas complexos. Por menos de 3 euros, é do que melhor anda no mercado. 15.
publicado por allaboutwine às 12:29 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Sábado, 23.05.09

Couteiro-Mor Colheita Seleccionada tinto 2006

Não me canso de dizer que é um dos produtores alentejanos e mesmo a nivel nacional, com os vinhos de gama baixa/média com melhor qualidade.
Tudo começou em 1970, com a compra da Herdade do Menir, em Montemor. As uvas produzidas na herdade eram vendidas para Pegões e Borba. A partir de 1991, com uma parceria com o enólogo João Melicias, foi criada a marca Couteiro-Mor, numa altura em que o Alentejo estava-se a tornar numa região vinícola de referência. Além da marca Couteiro-Mor, foram criadas também a Dom Gabriel e o Vale de Ancho, o topo de gama da casa.
Este vinho em prova (agora com nova imagem) foi feito com as castas Aragonês, Trincadeira, Castelão e Alicante Bouschet e estagiou 4 meses em barricas de carvalho francês.
Tem uma cor rubi concentrada. Aroma com boa intensidade, com notas de fruta a lembrar framboesas e morangos ácidos. Ligeiro floral companhado de baunilha e ligeiro toque de café. Boca de corpo mediano e boa acidez. É frutada e com ligeiro floral. Bom final.
Mais um vinho deste produtor com uma qualidade muito boa. Não é muito complexo, mas é bastante agradável e dá uma bela prova. Perfeito para o dia a dia. 15,5.
publicado por allaboutwine às 03:16 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Terça-feira, 29.04.08

Couteiro-Mor 2007

Castas: Antão Vaz, Chardonnay, Roupeiro, Arinto e Fernão Pires.
Estágio: Inox.
Enologia: João Melícias e Jorge Páscoa.
Preço: 1,80€.
Vol: 12%.

Cor amarela pálida.
Aroma de intensidade mediana, com notas de fruta tropical como banana, ananás e ligeiro maracujá. Ligeiro toque lácteo.
Boca de corpo mediano, acidez bem integrada e suficiente. A fruta aparece tal como no nariz, a par de toques fumados. Ligeiro mineral.
Um vinho que costuma ter uma grande qualidade para o preço que tem. Em relação a este 2007, penso que está um pouco inferior aos anos transactos, mas não deixa de ser um vinho agradável, que não desilude ninguém. 15.


publicado por allaboutwine às 12:34 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Domingo, 30.03.08

Vale de Ancho Reserva 2004

Castas: Aragonês e Alicante Bouschet.
Estágio: 8 meses em barricas de carvalho francês.
Enologia: João Melícias e Jorge Páscoa.
Preço: 30€
Vol: 13,5%.

Cor escura, boa concentração.
Muitas notas de couro, que marcam demasiadamente o aroma. Consegue-se cheirar ainda chocolate, café e ligeira compota de frutos pretos.
Boca com bom corpo, excelente acidez. Taninos com alguma secura mas adocicados.
Boa intensidade aromática, onde permanecem as notas de couro, café e chocolate amargo. A fruta, essa, continua compotada e saborosa. Final longo e complexo.
Segundo ano consecutivo prémio de excelência pela Revista Vinhos, a meu ver não tanto merecido como no ano passado com a colheita de 2003. Está muito marcado pelas notas de couro, passando a fruta para segundo plano. O enólogo diz que é um vinho que aguentará mais tempo em garrafa que o anterior. Neste momento está ainda algo fechado. 17.
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