Quarta-feira, 23.09.09

Dona Ermelinda branco 2008

Depois da boa estreia em 2006, passando pelo menos conseguido 2007, chegamos à colheita de 2008.
A gama Dona Ermelinda é conhecida pela sua boa qualidade a preços baixos, tanto no branco como no tinto. São vinhos perfeitos para o dia a dia, embora inseridos numa região onde não é fácil a sua venda em Portugal. O consumidor olha essencialmente para o Alentejo e Douro.
Passemos ao vinho. Foi feito com as casta Fernão Pires, Arinto e Chardonnay. Estágio em inox.
Tem uma cor citrina. Aroma de intensidade mediana. Notas citrina a lembrar limão, a par de algum vegetal. Depois vêm as ameixas e toque de pêssego. Boca de volume mediano e boa acidez. Mantém as notas citrinas do nariz, com toques de pêssego e ameixas. Bom final, com frescura.
Temos aqui um bom vinho para o dia a dia, com qualidade e alguma personalidade. Bom para pratos leves, peixes ou saladas. Mais um bom produtos da Casa Ermelinda Freitas. 15.
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Sexta-feira, 21.08.09

Adega de Pegões Colheita Seleccionada branco 2008

Este vinho é obrigatório nas nossas mesas ano após ano. Um verdadeiro must. Por cerca de 3 euros conseguimos beber um vinho com qualidade e que está sempre entre as escolhas das melhores compras e nada melhor que o Verão para os experimentar este tipo de vinhos. Vinhos mais leves, aromáticos, frutados e frescos alegram-nos nos dias mais quentes.
Vindo da Adega de Pegões, este branco é feito com as castas Arinto, Chardonnay e Antão Vaz. Estagiou 4 meses em barricas de carvalho francês.
Sai da garrafa com uma cor amarelo citrino. Aroma com boa intensidade com notas de fruta de polpa branca a lembrar ameixas, maças, pêras verdes e melão. Tem ainda um toque mais citrino, mais alimonado. Fundo tostado com ligeiro toque amanteigado. Boca com corpo mediano e boa acidez. Continua frutada como no nariz, agora com muita maça e ameixas e com um toque exótico de ananás. Bom final, cheio de fruta.
Temos aqui um belo vinho, muito frutado e com boa frescura. O estágio em madeira dá-lhe alguma complexidade e torna-o apto para pratos um pouco mais puxados, mas não deixa de ser um branco para as petiscadas do Verão. 15,5.
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Terça-feira, 23.06.09

Fonte do Nico rosé light 2008

Chegou o Verão e com ele chegaram os vinho brancos e os rosés. Chegam as novidades da última colheita e a escolha, a meu ver, é bastante vasta.
Entre os rosés que vão sendo lançados no mercado, uns novas colheitas, outros novidades e ainda outros capazes de nos despertar a atenção pelo seu conceito. Foi o caso deste rosé que está em prova, um rosé light! Uma tentativa de chegar aos consumidores jovens que se preocupam com a imagem e com a linha, mas que no fundo não tem menos calorias que o "normal" mas sim uma graduação alcoólica mais baixa, 10%. Não deixa de ser uma aposta bem pensada e mais uma mostra de vitalidade da Adega de Pegões.
Outra boa notícia é o preço, cerca de 2,50 euros, que não nos faz pensar muito na possibilidade de o vinho ser muito mau.
Com a enologia de Jaime Quendera e com a casta Castelão, este vinho salta para o copo com uma cor salmão. O aroma é de boa intensidade e com muitas notas de fruta vermelha com clara predominância de morangos, alguns em goma. Boca de corpo leve, adocicada e com acidez mediana. Novamente "amorangada" e muito directa. Final curto e doce.
Era aquilo que esperávamos, um vinho bem feito, agradável, leve, consensual. Na minha opinião, é perfeito para este Verão, para ser bebido despreocupadamente. Também queremos isso, não é verdade? 14,5.
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Segunda-feira, 22.06.09

S de Soberanas tinto 2004

A Herdade das Soberanas, apesar de estar em pleno Alentejo, pertence à região vitivinícola das Terras do Sado. Aliás, tem todas as características paisagisticas do Alentejo, os montados de sobreiros e azinheiras. Como diz o site do produtor "Os matizes e os aromas característicos de cada estação do ano fazem das Soberanas um local de permanente descoberta. Os dias e as noites marcam a memória e os sentidos de forma indelével. É a expressão da terra na sua forma mais pura, resultado do labor humano e da sintonia com as necessidades, o saber e a intuição dos que diariamente nela trabalham e dela dependem. É também a inigualável magia da planície alentejana." O nome Soberanas vem de uma ribeira que atravessa a Herdade, a Ribeira das Soberana.
Falando do néctar que temos em prova, ele foi prémio de excelência do ano 2007 da Revista de Vinhos, que para primeira colheita deste topo de gama foi uma surpresa, não pela falta de qualidade do vinho mas pela rápida ascenção da marca.
O S de Soberana tem as castas Trincadeira e Alicante Bouschet, o que não admira dada a enologia ser de Paulo Laureano, e estagiou 18 meses em barricas novas de carvalho francês.
Um vinho que saiu para o mercado com um preço de 30 euros.
O vinho sai da garrafa com uma cor muito escura. O aroma é intenso, com muitas notas balsâmicas provenientes do estágio em madeira. Muita cera. A fruta apresenta-se gulosa, com notas de cerejas e ameixas doces. Temos ainda café acabado de moer e um fundo mineral a lembrar minas de lápis. A boca é encorpada e com uma boa acidez. Continua com ama fceta muito balsâmica a par da fruta saborosa e o café fresco. Final longo e com complexidade.
Temos aqui um vinho que faz jus aos prémios que ganhou até à data. Um vinho muito bem feito, guloso, ao melhor estilo do enólogo. A madeira onde estagiou é de muito boa qualidade e isso transmite-se no vinho. A única questão é que é um Terras do Sado mas poderia ser do Alentejo ou de outra região qualquer. É a descaracterização das regiões. Mas isso não interessa. O vinho é muito bom e muito guloso. 17,5.
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Quinta-feira, 18.06.09

Domingos Soares Franco Colecção Privada Moscatel Roxo rosé 2008

Domingos Soares Franco, enólogo da José Maria da Fonseca, criou esta marca, a Colecção Privada, para assim mostrar as suas criações pessoais, especiais, com ligeiro toque Novo Mundo. São vinhos com a sua identidade, vinhos que expressam o seu gosto e as suas experiências enológicas.
Este rosé em prova é a segunda colheita deste vinho, após a estreia no ano de 2007. Na altura foi uma excelente estreia, um vinho único, um rosé excepcional. O Moscatel Roxo, que até aí era uma casta usada somente nos Moscateis, muitos deles considerados os melhores, passou a ser a casta deste maravilhoso vinho. Uma casta inesperada para um rosé.
Agora provamos a colheita de 2008, que segue o mesmo caminho do seu antecessor.
Tem uma cor tijolo clara. Aroma intenso e com muitas notas florais como rosas e jasmins. A boca é de médio porte e com boa acidez. Muitas flores tal como no aroma. Final longo e saboroso.
Temos aqui um belo rosé, provavelmente o melhor português. Um vinho delicado, fresco, um vinho de verão. Perfeito para acompanhar pratos delicados, massas e cozinha oriental ou como simples aperitivo. Aconselho vivamente. 16,5.
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Domingo, 10.05.09

Adega Pegões Colheita Seleccionada 2005

A Adega Cooperativa de Pegões é um dos poucos casos de sucesso dentro do coorporativismo em Portugal. São poucas as Adegas que, apesar de os vinhos terem vindo a melhorar, conseguem passar uma imagem positiva, moderna.
Numa região em que a casta Castelão reina, a aposta em castas estrangeiras e em portuguesas com perfil mais moderno, foi determinante para o sucesso dos vinho desta adega, que está sob enologia de Jaime Quendera, um dos mais conhecidos impulsionadores locais.
O Colheita Seleccionada tinto é um vinho que tem ganho prémios em concursos internacionais, e é um dos exemplos de modernidade dos vinhos da região. A colheita de 2005, aqui em prova, é feita com as castas Touriga Nacional, Trincadeira e Cabernet Sauvignon. Estagia 12 meses em meias pipas de carvalho francês e americano.
Cor vermelha escura. O aroma tem bela intensidade, onde aparecem notas florais acompanhadas de mato rasteiro primaveril. A fruta faz lembrar ameixas. Tem um lado mais balsâmico, com toques de eucalipto e resinas. Boca de bom corpo e muito boa acidez. Uma boa mistura de flores , frutos e algum balsâmico. Final longo e saboroso.
Temos aqui um vinho muito bem feito, num perfil moderno e cheio de vontade de agradar. Consegue ter uma boa complexidade e é um boa compra para esta gama de preços, até 6 euros.
16.
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Sábado, 03.01.09

Quinta de Alcube Trincadeira / Syrah 2006

Segundo me disseram, este produtor, oriundo de Azeitão, só vende vinho à porta da adega. Nunca percebi muito bem esta política, o que é que o produtor ganha com isso. O consumidor é que não ganha, com certeza. E digo isto porque são bons vinhos, que não se encontram no circuito comum, que não conseguimos provar.
O produtor é recente, e dele têm saído bons vinhos, vinhos de perfil moderno, longe dos tradicionais "Castelões" da região. Diga-se verdade, também é raro o produtor (salvo honrosas excepções) da região que faz vinho exclusivamente com a casta Castelão e que sejam reconhecidos no mercado. Tenho a sensação que é uma casta em decadência, mais uma que havemos de ter pena lá mais para a frente.
O vinho em prova foi-me oferecido por um amigo, dizendo que era um dos melhores vinhos que já tinha bebido. Tive de experimentar de seguida, claro. Feito com Trincadeira e Syrah, estagia 10 meses em barricas de carvalho francês e americano e 4 meses em garrafa. Sai da garrafa com uma cor rubi concentrado. O aroma é intenso, com notas balsâmicas e químicas a comandar. Verniz, cera, farmácia. Depois vêm especiarias como baunilha e canela. O fundo é floral, com a fruta a aparecer de forma ligeira a lembrar cerejas e amoras. A boca é encorpada e elegante, boa acidez e taninos generosos mas redondos. Continua, tal como o aroma, muito balsâmica. O lado floral/vegetal é mais intenso. A fruta anda escondida, mas notam-se as amoras e as cerejas. Final longo e muito guloso.
O vinho ainda está muito marcado pela madeira onde estagiou. A fruta aparece algo escondida. Não deixa de mostrar o seu potêncial com a condição de melhorar em garrafa. Já se pode beber, está muito guloso e com argumentos para agradar. 16,5.
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Segunda-feira, 08.12.08

Cova da Ursa Chardonnay 2007

Temos aqui um dos mais conhecidos vinhos da casta Cardonnay feitos em Portugal, talvez a par do Tapada de Coelheiros e um ou outro ribatejano. É com certeza um dos mais antigos e sempre foi conotado como um vinho de qualidade superior. Tenho ideia que anda um bocado afastado dos nossos copos, que andam sempre à procura de novidades e esquecem os mais antigos.
É um branco proveniente das encostas da Serra da Arrábida, um micro-clima muito específico onde permite que as uvas amadureçam lentamente. Fermenta e estagia um barricas de carvalho francês novas.
Apresenta uma cor amarelo dourado brilhante. Aroma com alguma intensidade, onde se nota a manteiga fresca característica desta casta, fruta tropical a lembrar manga e abacaxi. Ligeiro tostados e toque de baunilha.
A boca é gorda, com boa acidez. Além da fruta tropical, tem também a frescura dos alimonados. Acaba com ligeiro tostado.
Final longo e complexo.
É um Chardonnay muito bem feito, ao estilo do novo mundo, ao estilo de um chileno que provei há tempos, onde a pouca exuberância da casta é combatida com as notas do estágio em madeira. Acompanha muito bem peixes no forno ou com molhos de natas. 16,5.
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Terça-feira, 05.08.08

Domingos Soares Franco Colecção Privada Touriga Nacional 2003

Castas: Touriga Nacional.
Estágio: Cascos novos de carvalho francês, por um período de 8 meses com “battonage”.
Enologia: Domingos Soares Franco.
Preço: 13€
Vol: 13%.
Cor escura, boa concentração.
Belo aroma, intenso. Notas frutadas a lembrar cerejas, mirtilos, framboesas. Tem chocolate de leite, toque floral/vegetal e menta. Alicorado.
Boca com bom corpo, redonda, boa frescura. Continua com a fruta, chocolate, ligeira menta e vegetal.
Final longo e saboroso.
Belo vinho, com a Touriga a fugir do seu perfil normal. O vinho é muito frutado e saboroso e cheio de vontade de agradar. A mim agrada-me. 16,5.
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Domingo, 22.06.08

Dona Ermelinda 2007

Castas: Fernão Pires, Antão Vaz, Arinto e Chardonnay.
Estágio: Inox e 2 meses em meias pipas de carvalho francês e americano.
Enologia: Jaime Quendera.
Preço: 3,50€.
Vol: 13,5%.

Amarelo esverdeado.
Notas de fruta de polpa branca, a lembrar peras e ameixas, alguma fruta tropical como maracujá. Ligeiro floral.
Boca de corpo mediano, boa acidez. Ligeiras notas frutadas e toque floral.
Final mediano, com alguma intensidade.
Vinho agradável, de fácil prova, sem grande complexidade, mas bem feito. É ligeiramente inferior ao 2006, aquando da estreia deste branco sadino. Mais um com um belo preço para as petisacadas de verão. 15.
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