Segunda-feira, 22.03.10

Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas tinto 2007


O ano foi muito bom no Douro, ano vintage clássico, o produtor é um dos mais conceituados do Douro e de Portugal, o vinho só poderia ser muito bom.
É talvez uma das marcas portuguesas onde a qualidade custa tão pouco, principalmente comparado com algumas outras com o dobro do preço. A Quinta do Crasto também tem vinhos caríssimos, mas esses são de excelência, feitos nos melhores anos como foi este 2007. É um estatuto que já conseguiu atingir e os seus vinhos estão à altura disso, tanto em qualidade como no preço. Mas este reserva Vinhas Velhas não é o caso, antes um belíssimo vinho com um preço acessível, uma excelente relação preço/qualidade. Custa dar 25 euros por um vinho, mas quando o damos queremos que esse vinho corresponda ou ultrapasse mesmo as expectativas.

Foi feito com as vinhas velhas da Quinta do Crasto com cerca de 70 anos, onde existem perto de 30 castas diferentes. Estagiou em barricas de carvalho françês (85%) e carvalho americano (15%), onde permaneceu cerca de 16 meses. Depois da saída de Susana Esteban, a enologia está a cargo de Manuel Lobo e Dominic Morris. Engarrafaram a impressionante quantidade de quase 112.000 garrafas de 0,75l..
Tem uma cor muito escura, quase opaca.
Aroma com  boa intensidade e muito fino. Notas de flores muito bem acompanhadas de fruta, que nos faz lembrar cerejas e ameixas. Depois mostra-nos chocolate preto e um fundo mineral.
A boca é gorda mas muito fresca e elegante. Grande profundidade e estrutura. Final longo e complexo.

Temos aqui um grande vinho. Com um perfil muito elegante e com grande finura, com tudo muito bem conjugado e equilibrado. Corpo, acidez, fruta e madeira bem integrada. Deu-me muito prazer e para mim é uma aposta mais que certa. 17,5.
publicado por allaboutwine às 15:20 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Sexta-feira, 08.01.10

Quinta do Crasto / A gama de entrada


Falar da Quinta do Crasto é falar de alguns dos melhores vinhos portugueses, dum produtor que é dos mais queridos "cá dentro" e dos mais reconhecidos "lá fora". Na parceria com mais quatro produtores durienses de nome Douro Boys, é uma das lanças para mostrar a qualidade do vinho português no estrangeiro.
Um pouco da história nas palavras do produtor: "As primeiras referências conhecidas referindo a Quinta do Crasto datam de 1615, tendo sido posteriormente incluída na primeira Feitoria juntamente com as Quintas mais importantes do Douro. Um Marco Pombalino datado de 1758 pode ser visto na Quinta.
Logo no início do século XX, a Quinta do Crasto foi adquirida por Constantino de Almeida, fundador da casa de vinhos Constantino. Em 1923, após a morte de Constantino de Almeida foi o seu filho Fernando de Almeida que se manteve á frente da gestão da Quinta dando continuidade á produção de Vinho do Porto da mais alta qualidade.Em 1981, Leonor Roquette (filha de Fernando de Almeida) e o seu marido Jorge Roquette assumiram a maioria do capital e a gestão da propriedade e com a ajuda dos seus filhos Miguel e Tomás deram início ao processo de remodelação e ampliação das vinhas bem como ao projecto de produção de vinhos de mesa pelos quais a Quinta do Crasto é hoje amplamente conhecida."

São muitos os vinhos produzidos pela Quinta do Crasto. A gama de entrada, vinhos dos quais estou a falar neste post, alguns monovarietais, como o Tinta Roriz e o belíssimo Touriga Nacional, o Reserva Vinhas Velhas, uma das melhores compras em relação ao preço que tem, e os topos de gama, Vinha Maria Teresa e Vinha na Ponte que, como o nome indica, são vinhos de uma só vinha. A enologia está a cargo de Dominic Morris e Manuel Lobo.


Crasto branco 2008

É apenas a segunda colheita deste branco (a primeira foi em 2007) e também o único branco feito pelo produtor. Foram usadas as castas Gouveio, Roupeiro e Rabigato, com vinificação e estágio em inox.
Apresenta uma cor amarela citrina. Notas intensas de fruta citrina e outras, a fazer-nos lembrar limão, pêssego e maracujá. A fruta está bem companhada por notas vegetais, mais verdes. Fundo mineral. A boca tem um corpo mediano e uma bela acidez, refrescante. Sabores vegetais e frutados, tal como no aroma. Bom final, com muita frescura.
Temos aqui um branco bem feito, muito agradável, onde a fruta está presente e aliada a uma grande frescura. Não é muito complexo, mas também não será esse o objectivo. Um bom vinho para o dia a dia, com alguma personalidade. 15,5.

Crasto tinto 2008

Marca já com alguns anos no mercado e com colheitas mais antigas a andar nas bocas dos enófilos, com boas surpresas em relação à capacidade de evolução deste vinhos, pelo menos dos mais antigos. Feito com as castas Tinta Roriz, Tinta Barroca, Touriga Franca e Touriga Nacional. Tal como o branco, teve tratamento em inox.
Tem uma cor rubi escuro. Aroma intenso, com notas de frutos vermelhos, como morangos, groselhas e algumas cerejas. Encontramos também notas florais e alguma especiaria, a lembrar pimenta. Boca com bom corpo e boa acidez. Apresenta-se algo contida e elegante, com notas frutadas, com cerejas e framboesas, que fazem companhia a flores e ligeiras especiarias. Final mediano e frutado.
Um vinho marcadamente duriense, com boa fruta, contida mas bem presente. Fácil de gostar, acompanha perfeitamente os pratos do nosso dia a dia. 15.


Como conclusão, são dois vinhos bem feitos, muito agradáveis, bem durienses e portugueses. Pena o preço ser um tanto elevado porque nem todos podem despender cerca de 9 euros para vinhos do dia a dia.
publicado por allaboutwine às 12:45 | link do post | comentar | ver comentários (3)
Terça-feira, 21.10.08

Quinta do Crasto Reserva Vinhas velhas 2003

Castas: vinhas velhas com mais de 60 anos de idade.
Estágio: 18 meses em barricas de carvalho francês.
Enologia: Dominic Morris e Susana Esteban.
Preço: 20€.
Vol: 14,5%.

Côr ruby concentrado.
Aroma de bela intensidade com notas balsâmicas a lembrar cera, móveis antigos, madeira exótica. Especiarias com especial enfoque na canela e no cravinho. Depois temos as notas achocolatadas em conjunto com a fruta que aparece na forma de morangos em calda, groselhas e cerejas.
Boca gorda, boa acidez e taninos doces. Sabores balsâmicos, muito cacau em pó, ligeiro mineral e fruta.
Final longo e muito complexo.
Excelente vinho com uma bela evolução. Bela complexidade, transmitindo aromas e sabores gulosos e apetecíveis. É um vinho com uma grande relação entre a qualidade e o preço. Tem sido assim todos os anos. Uma escolha mais que certa. 17,5.
publicado por allaboutwine às 14:07 | link do post | comentar
Domingo, 14.09.08

Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas 2004

Castas: Vinhas velhas com mais de 60 anos de idade.
Estágio: 18 meses em barricas de carvalho francês.
Enologia: Dominic Morris e Susana Esteban.
Preço: 20€.
Vol: 14,5%.

Côr escura.
Belo aroma, profundo, com a fruta em grande plano. Esta lembra cerejas e amoras. Continua com notas balsâmicas e chocolate. Fundo mineral.
Boca encorpada. ligeira secura, taninos doces e bela acidez. Permanece a excelente fruta, em conjunto com minerais e chocolate.
Final longo e saboroso.
Que grande vinho do Crastro, desta conhecida e conceituada quinta duriense. O vinho em causa provém de vinhas velhas da quinta e mostra uma grande qualidade e consistência ano após ano. 2004 foi um belo ano em Portugal, não foi um ano quente, o que permitiu às uvas ter a fruta mais fresca e melhor acidez. É o caso deste Crasto, tem complexidade, volume e acidez que lhe vai dar vida longa, assim o queiramos, porque já se bebe muito bem , dando muito prazer e uma bela prova. O preço também é um convite á compra, longe dos demais topos de gama caríssimos, incluíndo os desta casa. 17,5.
publicado por allaboutwine às 11:47 | link do post | comentar
Domingo, 23.12.07

Crasto 2006

Cor ruby muito escuro com laivos violetas. Aroma de média intensidade, com notas muito frutadas como framboesas, morangos, acompanhada de chocolate de leite e bafo floral. Boca intensa, corpo mediano com boa acidez e taninos activos. Continuam as notas do aroma, muito frutadas e florais. Final mediano.
É um bom vinho, jovem, cheio de fruta. O preço, esse, penso que é demasiado dada a qualidade. 15,5.
publicado por allaboutwine às 05:39 | link do post | comentar

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