Domingo, 14.03.10

Gravato Tinto Fresco 2008


Uma curiosidade. Um vinho especial, um tinto que deve ser bebido fresco. E quem mais poderia fazer este vinho senão Luis Roboredo. Já nos brinda com os seus tintos sérios e personalizados, com os belos Palhetes e agora com um tinto que deve ser consumido fresco.
E é um vinho com uma cor escura.
Aroma intenso com forte pendor vegetal bem acompanhado de fruta, que nos faz lembrar framboesas e ameixas. A boca é muito fresca e ligeiramente taninosa.

Gostei do vinho. Funciona muito bem numa temperatura baixa (12-14º), onde a sua bela acidez permite ao vinho ser muito boa companhia da mesa. Lembrei-me dos dias quentes de verão, quando  nos apetece coisas frescas e precisamos de um tinto para acompanhar uns grelhados. Parece que foram feitos um para o outro. 15,5.
publicado por allaboutwine às 14:57 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quarta-feira, 06.01.10

Gravato Touriga Nacional tinto 2006

Não há muito tempo, Rui Miguel, autor do Pingas no Copo, um dos mais conceituados blogs nacionais, fez um excelente artigo sobre vinhos étnicos. Vinhos marcadamente regionais, quase pessoais, que são praticamente desconhecidos fora do meio onde são produzidos. O prazer torna-se maior quando esses vinhos nos são apresentados, quase em surdina. Provamo-los quase sempre com um sorriso nos lábios e questionamos o porquê da sua clausura.

Luís Roboredo é o autor dos vinhos Gravato. Um beirão de gema que acredita no seu projecto, que acredita que os seus vinhos têm qualidade para ombrear com os melhores. E tem razões para isso, digo eu!
A região da Mêda, apesar de ser considerada Beiras, sempre teve um papel muito importante no Douro, nos vinhos de mesa e Porto. Muitas uvas saíram e saem dali para grandes produtores de vinho. O próprio Barca Velha já foi feito com uvas deste região. Falta sobretudo que os consumidores provem os vinhos, que conheçam o produto, e nisso, Luís tem um papel muito importante. São muitas as investidas em dar a provar os seus vinhos, em dar a conhecer a marca. De salientar a paixão com que fala dos seus vinhos, principalmente do seu Palhete.

Tive a oportunidade de provar o Touriga Nacional 2006, um vinho que estagiou em cubas de inox com aduelas (75% francesas, 25% americanas) durante 1 ano e mais 15 meses em garrafa.
O néctar cai no copo com uma cor escura, violácea. Aroma intenso e carnudo. Nota-se desde logo um perfil seco, onde a fruta aparece madura, principalmente ameixas negras mas também bagas silvestres acompanhadas por ligeiro toque de chocolate preto. Forte pendor vegetal, que me lembra mato rasteiro, com alguns com apontamentos de flores. Tem também um lado terroso, mineral. Boca gorda e com uma bela acidez. Bastante seca, onde a fruta apresenta-se madura mas não doce. Brinda-nos ainda com chocolate preto e com flores. Fundo mineral. Final longo e compacto.

Ao provar este vinho lembrei-me de uma mesa de amigos, com petiscos caseiros, enchidos e queijos. Tudo muito despreocupado como gostamos. É o melhor elogio que lhe posso fazer. É um vinho autêntico, genuíno, longe das modas e perfeito para a mesa. Precisamos de vinhos destes. 17.
publicado por allaboutwine às 01:13 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Segunda-feira, 08.06.09

Gravato Palhete 2005

A Quinta dos Barreiros fica situada na Mêda, distrito da Guarda. Apesar de parte das suas uvas ainda irem para produtores de vinho do Porto, está sobre denominação Beiras, isto é, fora da região Douro.
O vinho Gravato tem o nome de uma batalha na qual as tropas anglo-portuguesas saíram vitoriosas, tendo como adversários os franceses que se viram forçados a sair de Portugal. Foi a batalha do Gravato que teve lugar a 3 de Abril de 1811.
O Palhete, vinho com mistura de castas tintas com brancas já é uma forma de fazer vinho muito antiga. Já em meados do século XX, o Palhete teve grande destaque porque era um vinho muito afamado nas grandes cidades, nomeadamente Lisboa e Porto. O actor Vasco Santana refere-se a ele no filme "A Canção de Lisboa".
O vinho em prova é o Palhete 2005, que tem como diferença do 2004 a utilização da Touriga Nacional e a troca do Rabigato pela Síria. Estagia unicamente em cubas de inox.
Cor rubi de média intensidade. Aroma de boa intensidade com notas de fruta vermelha a lembrar morangos e cerejas juntamente com flores e um ligeiro toque vegetal a mato rasteiro. Boca de médio porte, muito fresca e com ligeira secura. Fruta vermelha gulosa e ligeiro floral. Longo, frutado e fresco.
Um vinho muito curioso. Uma mistura de uvas tinta e brancas, muito frutado, que se deve beber fresco, pelos 12 graus. Acompanha na perfeição pratos de verão e alguns mais robustos, como uma bela sardinhada. A provar, sem dúvida. 15,5.
publicado por allaboutwine às 11:41 | link do post | comentar

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