Sexta-feira, 15.01.10

Esporão Private Selection branco 2008

Os vinhos das Herdade do Esporão tornaram-se presença assídua neste blog. Também não é para menos, são vinhos com muita qualidade nos diferentes patamares, com preços em sintonia com a mesma, com um perfil moderno mas sem comprometer a sua origem, a sua linhagem alentejana.

Tenho tentado seguir estes brancos desde há algum tempo. Devo dizer que são vinhos que habitualmente me enchem as medidas, vinhos complexos, gulosos, com boa capacidade de evolução em garrafa, ao contrário do que se diz por aí. Na minha opinião, no que toca a brancos, situo-os no topo das minhas preferências nacionais.

Este PS 2008, com outra garrafa, bonita e oponente, com o rótulo da autoria de José Pedro Croft, com alusões às cores do vinho e à sua origem, foi feito com castas internacionais. Temos então a Semillon, Marsanne e Roussanne, que estagiaram em barricas novas de carvalho françês durante seis meses "sur lie" com "batonnage", centrifugação e filtração. Tratamento de luxo.
Brinda-nos com uma cor amarelo vivo. Aroma intenso onde sobressaem notas frutadas que nos lembram os trópicos, com manga e papaia, na companhia de alguns citrinos, com notas de laranja. A fruta está bem envolvida na baunilha e alguma tosta. Ligeiro toque melado. Boca encorpada e com boa acidez, onde encontramos a fruta tropical, com algumas notas mais citricas. Assentam bem no fundo abaunilhado, com toque melado. Final longo e com boa complexidade.

Um vinho muito curioso, feito unicamente com castas francesas, que nos transmite um aroma diferente do que costumamos encontrar nos vinhos portugueses. Fruta tropical madura dá o mote para um vinho cheio, cremoso e com boa complexidade. A ver pelos anos anteriores, irá evoluir bem em garrafa. Falamos daqui a uns anos. 17,5.
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Sexta-feira, 11.12.09

Esporão Reserva tinto 2007

Agora viro-me para um grande vinho português. Um vinho que nos habituou a uma qualidade alta colheita após colheita. É talvez um dos poucos vinhos portugueses que podemos comprar às cegas, um vinho com um perfil muito abrangente, do qual dificilmente diremos mal ou que não gostamos.
Vinho acabado de sair para o mercado, dois anos depois da colheita. À semelhança do reserva branco 2008, o rótulo é da autoria de José Pedro Croft, que simboliza a complexidade de aromas, sabores e cores deste vinho. Feito com Aragonês, Carbernet Sauvignon e Trincadeira e estagiou 12 meses em barricas de carvalho americano (70%) e francês (30%). Após o engarrafamento seguiram-se mais 12 meses de estágio em garrafa.
Tem uma cor granada escura.
Aroma intenso, com boas notas de frutos a lembrar cerejas, morangos maduros. À parte da fruta, também encontramos notas de cacau, café, baunilha e ligeira tosta. Fundo terroso.
Boca encorpada e com uma bela acidez. Temos fruta vermelha madura, cacau, tosta, café , chocolate preto e ligeira baunilha. Final longo, com boa complexidade e frescura.
Temos aqui um vinho muito bem feito, com boa complexidade, onde as boas notas frutadas estão muito bem acompanhadas de uma panóplia de aromas e sabores provenientes do estágio em madeira. Tudo muito bem integrado, sem excessos. Tem estrutura e acidez que lhe permite aguentar muito bem em garrafa. Mais uma bela colheita deste vinho. 16,5.
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Quarta-feira, 30.09.09

Monte Velho tinto 2008

Não vou apresentar este vinho, seria chover no molhado. Talvez o vinho mais conhecido em Portugal e dos portugueses.
Por querermos provar tantos vinhos, das mais variadas regiões, provar os vinhos que estão na moda, os que têm críticas favoráveis, por vezes esquecemos aqueles que sempre os acompanharam, aqueles com que começámos a tentar provar/beber coisas melhores e com mais qualidade. O Monte Velho é um desses casos, um autêntico vinho de domingo.
Foi feito com as castas Trincadeira, Aragonês e Castelão e teve um leve estágio em madeira para arredondar o vinho.
Cor escura, jovem. Aroma com boa intensidade, com algumas notas tostadas, bem acompanhadas de fruta a lembrar morangos, groselhas, ligeira compota. Boca de corpo mediano, assim como a acidez. Continua com a fruta de cor vermelha, com os morangos, as framboesas e as groselhas. Bom final de boca, com fruta.
Temos aqui um vinho que não decepciona ninguém, que mantém a qualidade ano após ano, que é um abrigo quando não se quer gastar muito dinheiro.
Não tenhamos preconceitos em dizer que bebemos e provamos Monte Velho, é um bom vinho e que faz a delílcia de muita gente. 15.
publicado por allaboutwine às 14:02 | link do post | comentar

Vinha da Defesa rosé 2008

Já que o calor não nos dá tréguas, volto aos rosés e neste caso a um que, geralmente, está no topo das escolhas dos nossos críticos. Uma referência dos rosés nacionais.
A imagem, como já vimos no branco, está diferente e assenta mesmo bem com a cor rosada do vinho. Dá um efeito muito bonito.
Com as uvas Aragonês e Syrah com a idade média de 8 anos, vinificação e estágio em inox, a Herdade do Esporão brinda-nos com um vinho de cor rosa escuro. Aroma intenso a frutos vermelhos a lembrar framboesas e groselhas, acompanhadas de um ligeiro toque mineral. Boca de médio corpo e boa acidez. A fruta continua a lembrar groselhas e framboesas. Final mediano, com toque adocicado mas fresco.
Como se esperava, a qualidade está lá, a comprovar uma vez mais que este produtor não brinca em serviço e que podemos confiar plenamente. Um belo rosé, frutado, toque adocicado, mas com uma frescura que compensa bem a goludice. Está no pelotão da frente dos rosés portugueses. 16.
publicado por allaboutwine às 12:31 | link do post | comentar
Quarta-feira, 16.09.09

Vinha da Defesa branco 2008

Provamos mais um vinho da Herdade do Esporão, neste caso o Vinha da Defesa 2008 na sua versão branca. À semelhança das outras referências, a imagem dos Vinha da Defesa também mudou, e na minha opinião, para melhor. Está um rótulo bastante atrativo e de tremendo bom gosto, o que reforça a liderança desta empresa em Portugal no que toca a imagem e qualidade.
Esta versão de 2008 tem as castas Arinto, Antão Vaz e Roupeiro, de vinhas com idade média de 15 anos. O processo de vinificação foi através de desengace, choque térmico, maceração pelicular, prensagem, decantação de mostos, fermentação com temperaturas controladas em cubas de inox, centrifugação, estabilização e filtração.
Sai da garrafa com uma cor amarela citrina. Aroma de média intensidade, com notas de fruta tropical a lembrar mangas e kiwis. Temos também pêssegos e melão maduro. Boca de médio corpo e boa acidez. Os frutos tropicais marcam o palato com liderança de manga. Toque floral.
Temos aqui um vinho pleno de fruta e frescura. Um vinho que acompanha de perfeição os vários petiscos de Verão, mas também pratos mais sérios, como por exemplo uma sopa de peixe. Muito bem, um belo vinho. 16.
publicado por allaboutwine às 14:20 | link do post | comentar
Quarta-feira, 12.08.09

Esporão Reserva branco 2008

Continuando em terras alentejanas, entramos no domínio da Herdade do Esporão. Em período de remodelação de imagem, esta marca emblemática de portugal continua a brindar-nos com os melhores vinhos feitos em Portugal, feitos em quantidades consideráveis, a muito pretendida relação entre a qualidade e a quantidade. Os seus Reserva são perfeitos exemplos disso. Os seus vinhos são fonte segura de qualidade em que podemos confiar.
Os solos são vulcânicos e xistosos, temperados por uma brisa marítima húmida vinda do Atlântico.
Com as uvas Antão Vaz, Arinto e Roupeiro e após estágio em barricas de carvalho francês e americano durante 6 meses, é engarrafado. Desta vez com um rótulo belíssimo da autoria do artista plástico José Pedro Croft, que simboliza as cores deste vinho. Os tostados, a fruta citrina, a baunilha. Uma obra de arte.
A cor é amarela palha. Aroma intenso, com notas e fruta citrina a lembrar limão, tangerina, toranja. Fundo tostado e abaunilhado. Boca encorpada e com uma bela acidez. Continua com a fruta citrina em companhia de sabores abaunilhados e tostados. Final longo e com boa complexidade.
Mais um belo Reserva branco desta casa, aliás, como é apanágio. Um bom equilíbrio entre a fruta, acidez e a madeira onde estagiou, tornando-se até um tanto guloso.
Um vinho que continua sólido na sua qualidade e que será sempre uma escolha mais que segura quando queremos qualidade. Gostei francamente. 17.
publicado por allaboutwine às 13:21 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Terça-feira, 21.07.09

Monte Velho branco 2008

Esta marca é um verdadeiro caso de sucesso, um verdadeiro ícon de qualidade para muitos, um vinho para ser bebido em dias de festa a maioria. No fundo é um caso de sucesso de marketing, tornar um vinho bem feito num vinho de eleição.
O ano de 2009 foi repleto de mudanças na empresa. Depois de assumirem o nome Esporão, tal como sempre foi conhecido, investiram na mudança dos róulos de algumas marcas. Todos repararam, com certeza, nas mudanças no Alandra e agora recentemente, na colheita de 2008, no Monte Velho e no Vinha da Defesa que, a meu ver, foram bem conseguidas.
O vinho em prova é o colheita de 2008 na sua versão branca. Foi feito com as castas Roupeiro, Antão Vaz e Perrum e teve estágio em inox.
Cor amarelo pálido. Aroma de boa intensidade, com fruta tropical a lembrar maracujá, manga. Depois temos alguma na sua versão mais portuguesa, a lembrar melão e maça. Boca com bom corpo e acidez mediana. Permanece a fruta de polpa branca e ligeiramente tropical.
Temos aqui um vinho bem feito, aliás, o produtor não sabe fazer outra coisa. A fruta está apetitosa, o que torna este branco apelativo e de fácil prova. É difícil não gostar. 15.
publicado por allaboutwine às 13:30 | link do post | comentar | ver comentários (13)
Quinta-feira, 11.12.08

Alandra

Este é o tipo de vinhos que nunca são provados, ou pelo menos nunca aparecem nos posts. Em quase todos os casos, são vinhos para beber sem pensar muito (ou quase nada). Mas também me parece que temos um estigma muito forte em relação a este vinhos, pensando desde logo que não merecem prova.
Fui a uma festa de aniversário e fui incumbido de levar o vinho. Eram para lá de 30 pessoas e ainda por cima do tipo que bebem o que se lhe pôe à frente, senti que este era o vinho indicado para o efeito.
Por tanto, a escolha recaiu sobre o vinho de entrada de gama do Esporão. Um vinho de massas, feito aos milhares de garrafas, com uvas próprias e compradas, feito para ser bebido todos os dias e para quem não se preocupa muito com a qualidade. Mas desenganem-se, não é um vinho que envergonhe ninguém.
Salta da garrafa com uma cor rubi escuro. Pouca intensidade aromática, lembra fruta vermelha madura e leve chocolate. A boca é de médio corpo, acidez mediana e redonda. Os sabores vêm ao encontro do aroma. Final curto.
Temos aqui um vinho barato, com a qualidade a condizer. Bom para beber todos os dias, em dias de festa com muitos convidados, sem grandes preocupações. Volto a repetir, não envergonha ninguém. 14.
publicado por allaboutwine às 13:56 | link do post | comentar | ver comentários (5)
Domingo, 10.08.08

Esporão Reserva 2007

Castas: Roupeiro, Arinto e Antão Vaz.
Estágio: 6 meses em barricas novas de carvalho francês e americano.
Enologia: David Baverstock.
Preço: 10€.
Vol: 14%.

Côr amarelo citrino.
Aroma intenso, profundo. Notas abaunilhadas acompanham a fruta a lembrar toranja, pêra, alimonados. Fundo mineral, com pólvora bem acentuada.
Boca encorpada, bela acidez. Sente-se a baunilha e algumas notas amendoadas. Permanecem as notas frutadas e ligeiro mineral.
Final muito longo e fresco.
Belo banco alentejano, complexo, fresco, encorpado mas não pesado. Um dos melhores desta marca dos últimos tempos, o que mais um vez prova a qualidade deste produtor, que para mim é uma referência. 17.
publicado por allaboutwine às 08:56 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Quinta-feira, 22.05.08

Esporão Reserva 2005

Castas: Trincadeira, Aragonês e Cabernet Sauvignon.
Estágio: 12 meses em barricas de carvalho americano.
Enologia: David Baverstock.
Preço: 15€.
Vol: 14,5%.

Cor muito escura.
Boa intensidade e complexidade no aroma. Ligeiras notas tostadas, acompanhadas de fruta tipo cerejas e amoras. A madeira transmite notas ligeiramente balsâmicas e de chocolate preto. Toque vegetal.
Boca com bom corpo, intensa, acidez muito boa. Taninos redondos e frutados. Muita fruta, como morangos frescos e cerejas. Toque vegetal e ligeiro chocolate.
Final longo e saboroso.
É sempre um belo vinho. Já está muito bom para beber e provar. É uma referência quando se quer qualidade. 16,5.
publicado por allaboutwine às 11:00 | link do post | comentar | ver comentários (1)

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