Quarta-feira, 11.11.09

Dueto alentejano da CARMIM


A Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz, vulgo CARMIM, foi criada em 1971 por cerca de 60 viticultores. Actualmente, 37 anos depois e com cerca de 1000 associados, é empresa líder no mercado. Vinhos como o Terras d'el Rei, produzidos em larga escala, encontram-se em praticamente todas as cartas da restauração. São vinhos baratos, eficazes e com mercado conquistado. Entre as 24 referências de vinho do produtor também existem marcas ícon, em segmentos diferentes, como o Garrafeira dos Sócios, um vinho de forte carácter elentejano e que desperta as melhores sensações.
Em prova temos dois vinhos monocasta, ambos de 2006, ambos com castas tipicamente alentejanas.

CARMIM Aragonês tinto 2008
Um monocasta de Aragonês e que estagia 6 meses em barricas de carvalho português e francês.
Tem uma cor rubi de boa concentração.
Aroma intenso e com boas notas frutadas a lembrar compotas de amoras, ameixas maduras e cerejas. Leve baunilha.
A boca é volumosa e com acidez mediana mas bem enquadrada. Mantém fruta que encontramos no aroma e um ligeiro toque metálico. Final longo e guloso.
Temos aqui um bom Aragonês, que se bebe com prazer, onde podemos encontrar a fruta gulosa, compotada, que nos dá a casta. Um vinho que se pode comprar por menos de 5 euros, o que o torna uma boa compra. 15.

CARMIM Trincadeira tinto 2008
Feito com a casta Trincadeira e estagiou 6 meses em barricas de carvalho português e francês.
Tem uma cor rubi escuro.
Aroma intenso, com muitas notas de fruta madura a lembrar ameixas, amoras, cerejas, compotas. Ligeiro vegetal.
Boca encorpada e com boa frescura. Muito frutada, a confirmar o aroma, a par de um ligeiro toque vegetal. Bom final, muito frutado.
Temos aqui um vinho um pouco mais complexo que o anterior, com as nuances mais vegetais a contribuir para tal. Gostei do vinho, muito fresco e apelativo. 15,5.
publicado por allaboutwine às 14:28 | link do post | comentar
Terça-feira, 11.08.09

Reguengos Reserva branco 2008

Na incessante procura de boas compras, de vinhos que nos dão prazer a troco de pouco dinheiro, que nos conseguem supreender sem esperar, nada melhor que parar nas adegas cooperativas, em especial no Alentejo. Voltei à CARMIM, em Reguengos, plena região vitivinícola alentejana. Depois de provado o Reserva 2006, virei-me para a versão branca, esta de 2008.
Os solos de onde estas uvas são provenientes são derivados de rochas eruptivas de que se destacam os Quartzo Dioritos, algumas manchas de derivados de Xisto e uma pequena mancha com solos derivados de Rañas. As uvas Arinto e Antão Vaz são colhidas à mão e seguem logo para vinificação. Estagiam parte em inox e outra parte em barricas.
De cor amarelo citrino, apresenta um aroma intenso, inicialmente com notas fumadas e tostadas, partindo depois para a fruta citrina a lembrar limão a par de alguma tropical, com maracujá. Fundo vegetal com toque amendoado. A boca apresenta corpo mediano e com uma bela acidez. Sabores a fruta tropical, algum limão, ligeiro amendoado e mineral. Final comprido e fresco.
Tal como o tinto, este branco tem uma qualidade impressionante para o seu preço, menos de 4 euros. Um vinho que apresenta uma complexidade acima da média, uma bela frescura que lhe dá profundidade e uma bela presença na boca. Quem queira um bom vinho para o dia a dia (e não só) tem aqui uma das melhores escolhas. 16.
publicado por allaboutwine às 12:01 | link do post | comentar
Segunda-feira, 30.03.09

Reguengos Reserva 2006

Voltando às Adegas, mais precisamente aos seus vinhos, que têm vindo a crescer de qualidade ano após ano. Lembramos os casos da Adega Cooperativa de Borba, de Pegões, Monção. Estes são os casos mais gritantes de qualidade, quando se fala em vinhos de Adega. Mas não são os únicos casos, temos alguns casos em que não estão assim tão longe do pelotão da frente, como é o caso da Carmim, de Reguengos. Quem não se delicia com um belo Garrafeira dos Sócios?
Em prova temos o Reserva de 2006, um vinho que custa menos de 5 euros nas prateleiras de um supermercado. Um vinho que é feito com as castas tradicionais do Alentejo como o Aragonês, o Moreto, a Trincadeira e a Tinta Caidada. Estagia em depósitos durante um ano antes de sair para o mercado.
Sai da garrafa com uma cor rubi escuro. Aromas intenso e bem especiado, com canela e pimentas. Chocolate de leite e café acompanhado de fruta a lembrar cerejas e ameixas e alguma em passa. Boca com bom corpo e bela acidez.
Temos aqui um vinho muito bem feito, com uma excelente relação entre o preço e a qualidade. Uma excelente opcção para o dia a dia. Não é disto que andamos à procura? 16.
publicado por allaboutwine às 12:38 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Sexta-feira, 27.06.08

Monsaraz 2006

Castas: Aragonês, Tricadeira e Castelão.
Estágio: Inox.
Enologia: Rui Valadas:
Preço: 2,80€.
Vol: 13%.

Cor vermelho vivo.
Aroma muito frutado, que lembra cheesecake de frutos vermelhos, em especial morangos. Por vezes lembra fumo.
Boca com corpo mediano, tal como a acidez. Alguma doçura e sabor a frutos vermelhos.
Final mediano e ligeiramente doce.
Um rosé agradável, ligeiramente doce e frutado. Falta-lhe alguma acidez para compensar. Bebe-se bem sem comida. 14,5.

publicado por allaboutwine às 12:36 | link do post | comentar
Domingo, 30.03.08

Régia Colheita Reserva 2006

Castas: Arinto, Antão Vaz, Perrum e Roupeiro.
Estágio: 3 meses em meias pipas de carvalho português.
Enologia: Rui Veladas.
Preço: 6€.
Vol: 13%.
Amarelo citrino.
Aroma intenso. Muitas notas do estágio em madeira. Baunilha, especiarias e coco, tapam a fruta tropical. Ligeiro mineral.
Boca gorda, boa acidez. Continuam as notas provenientes da madeira, o que lhe dá um sabor muito especiado e canforado. Também se percebe a fruta tropical. Bom final.
Mais um bom vinho alentejano, de adega cooperitiva. Ainda marcado pelas notas do estágio em madeira, dá neste momento uma boa prova. Pode melhorar em garrafa. 16.

publicado por allaboutwine às 06:29 | link do post | comentar
Terça-feira, 19.02.08

Reguengos Garrfeira dos Sócios 2001

Castas: Aragonês, Castelão e Trincadeira.
Estágio: Em depósitos durante 1 ano e em barricas de carvalho nacional durante 8 a 12 meses.
Enólogo: Rui Veladas.
Vol: 13,5%.
Preço: 10€.
Côr com boa concentração, sem denunciar a idade.
Boa complexidade no aroma. Fruta em passa, compotas. Depois vêm aromas mais terrosos e barro. Alguma especiaria a lembrar baunilha e acaba muito bem, com chocolate de leite.
Boca de bom porte, acidez bem integrada e com os taninos redondos. Chocolate e baunilha lideram a boca. Depois vem a fruta em passa a as compotas. Final longo e frutado.
Um grande exemplo em como os vinhos alentejanos envelhecem muito bem. Está num grande momento para ser provado com tudo muito bem casado, sem excessos. 17.
publicado por allaboutwine às 05:53 | link do post | comentar | ver comentários (3)

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