Segunda-feira, 11.01.10

Aliança Particular bruto 2005

Venho agora deixar a nota de um espumante que provei nesta época festiva, muitas vezes aproveitada para beber mais este tipo de vinhos, isto apesar, e muito bem, de serem cada vez mais apreciados fora das celebrações. Um hábito muito nosso que está a mudar aos poucos, para bem do consumidor a para bem deste tipo de vinhos, que bem o merecem.

A Aliança é um dos mais antigos e importantes produtores de espumante em Portugal. Sediada em Sangalhos, teve e continua a ter um papel importante no melhoramento da qualidade e na afirmação destes vinhos, tanto ao nível regional (maior fatia) como ao nível nacional.
Eu sou cada vez mais adepto de começar uma refeição com um espumante, tanto como aperitivo como a acompanhar entradas.
Este Aliança Particular é um espumante ideal para o efeito. Num jantar caseiro com um grupo de amigos, foi servido como aperitivo e depois a acompanhar entradas frias e alguns patés. Foi um casamento perfeito e mereceu as palmas dos convivas.

Feito com as castas Chardonnay e Baga, passou 36 meses em garrafa antes do dégorgement.
Tem uma cor amarelo citrino esbatido. A bolha é fina e persistente. Aroma de boa intensidade, onde se notam citrinos a lembrar limão e toranja e ligeiro tropical, com papaia. Notamos ainda aromas de biscoito e fermento e ligeira manteiga. Boca com bom volume, bela acidez. Continuamos com os citrinos e ligeiros tropicais a acompanhar uns biscoitos de manteiga. Tudo muito fino e persistente.

Temos aqui um espumante de belo efeito, num dueto entre o Chardonnay e a Baga, aliás, muito característico da Bairrada. Elegante, boa persistência, está muito bom para ser bebido nesta altura, na sua plena juventude. Uma boa aposta. 16.
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Segunda-feira, 04.01.10

Foral Reserva tinto 2007

Temos aqui mais um vinho da Aliança. Uma gama abaixo do Quinta dos Quatro Ventos, que existe na versão colheita e reserva. Apesar de se situar num nível abaixo, não deixa de ser um vinho a ter em conta, como iremos ver nesta prova.
Com uma nova roupagem, à imagem de toda a gama Aliança, este reserva apresenta-se como um vinho de qualidade, com um preço bastante acessível e que ficará bem na mesa do enófilo mais exigente. Nada a que a Aliança não nos tenha já habituado. São muito poucos os produtores que me conseguem deixar descansados na escolha de um vinho e este é com certeza um deles. Opera nas principais regiões portuguesas e em todas elas é referência de qualidade. Merece os nossos aplausos.

Este vinho em prova, feito com as castas tradioccionais do Douro, como Touriga Barroca, Tinta Roriz e Touriga Franca, estagiou 12 meses em barricas de carvalho francês. Um vinho que nos mostra um cor rubi escura, bastante jovem. Aroma com notas de fruta madura mas elegante, que lembra morangos, framboesas e groselhas. Um toque balsâmico aliado a um ligeiro floral. Temos ainda notas de baunilha misturadas com algum mineral. A boca tem um corpo mediano e uma bela acidez. Deixa-nos sabores frutados, algo gulosos e apetecíveis, algumas flores à mistura e um fundo mineral, típico duriense. Final com bom comprimento e de belo efeito.

Mais um vinho do produtor Aliança a mais um bom produto. Sem ser linear, mostra-nos uma boa complexidade e um lado mais guloso mas também muito agradável. Não sendo propriamente um vinho para o dia a dia, é uma boa escolha para uma refeição mais aprumada, sem ter de gastar muito dinheiro. Qualidade a um bom preço. 16.
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Segunda-feira, 30.11.09

Quinta da Garrida Touriga Nacional Reserva tinto 2005

Hoje, enquanto se fala do uso excessivo da Touriga Nacional e em como ela está omnipresente nos vinhos portugueses, praticamente em todas as regiões, vão aparecendo vinhos que contrariam essa demanda, vinhos que confirmam o imenso potencial da casta. Eu não credito que, com a imensidão de castas nativas que temos, algumas de grande qualidade, nos viremos unicamente para a Touriga Nacional. Mas aceito de bom grado, que seja uma casta que defina os nossos vinhos, que defina os vinhos portugueses no mundo. A Touriga de Portugal, assim como existe o Tempranillo de Espanha e o Malbec da Argentina. Alguém contesta isso? Eu não!
Passemos ao vinho que temos em prova, um perfeito exemplo do potencial da casta.
Da Aliança e proveniente da Quinta da Garrida, região do Dão, chega-nos este tinto. Após várias colheitas de muito boa qualidade, este 2005 excede todas as outras, com um vinho que foi medalhado em vários concursos e que foi Prémio de Excelência da Revista Vinhos. Estagiou 12 meses em barricas de carvalho francês e russo.
Tem uma cor rubi escuro.
Aroma intenso, complexo, com notas de fruta elegante, a lembrar cerejas, amoras. Notas minerais misturadas com flores e especiarias, com pimenta preta.
Boca encorpada e com uma bela acidez. Mostra elegância e finura, com notas de madeira suave, em conjunto de minerais, fruta envolvida em flores e notas de chá preto. Belo final, longo e complexo.
Temos aqui um grande vinho, feito com uma grande casta. Elegância pura, complexidade, bastante profundo, já a mostrar o porquê de ser uma estrela. Terá um futuro risonho pela frente, melhorará para quem tiver a paciência de esperar por ele, o que é difícil, tamanha qualidade enfrentamos. 17,5.
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Terça-feira, 03.11.09

Quinta dos Quatro Ventos tinto 2006

Continuamos na Aliança, agora no Douro na região de Numão, Douro Superior. É lá que fica a Quinta dos Quatro Ventos, uma quinta centenária, pertencente à Aliança. São 45 hectares plantados com s castas tradicionais. Temos Touriga Nacional, Tinta Roriz, Tinta Barroca, Touriga Franca e Tinta Amarela. Daqui saem os vinhos Foral e Quinta dos Quatro Ventos, ambos colheita e reserva. Aqui provamos o colheita 2006, um tinto feito com Touriga Franca, Tinta Roriz e Touriga Nacional. Estagia 12 meses em barricas novas de carvalho francês e russo. Nota ainda para a quantidade produzida. São 100.000 garrafas deste vinho, um número bem elevado para o panorama português e principalmente pela qualidade que apresenta colheita após colheita.
Tem uma cor escura.
Aroma intenso, onde se destacam as notas de fruta escura a lembrar ameixas, amoras e ginjas. O ambiente é tostado de onde aparecem, algo escondidas, notas de flores a embelezar o conjunto.
Boca gorda e com boa acidez. Boa fruta, elegante, a confirmar o aroma. Fumados, tosta e algumas flores dão forma e complexidade ao conjunto. Final longo e bastante apetecível.
Temos aqui um vinho com uma bela complexidade, num conjunto bem composto, elegante, fino. Com um preço a rondar os 10 euros, é uma escolha certa para quem quer qualidade elevada sem gastar muito dinheiro. Venham mais vinhos assim. 17.
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Segunda-feira, 02.11.09

Quinta das Baceladas tinto 2005

A Quinta das Baceladas é uma referência da Bairrada. Situada na zona de Cantanhede, esta quinta pertencente à Aliança, é uma das melhores relações entre o preço e a qualidade de Portugal. Geralmente custa menos de 10 euros e em qualidade não vira a cara a vinhos bem mais caros. Um perfeito exemplo do que teremos de fazer para vingar no mercado internacional.
As castas plantadas na Quinta das Baceladas são a Baga, Cabernet Sauvignon, Merlot e Tinta Roriz. Os vinhos, sob a batuta de Francisco Antunes e Pascal Chatonnet, aliam o lado mais tradicional e regional da Baga com um perfil mais internacional das restantes castas.
Este vinho é um exemplo disso. Ao melhor estilo bordalês, o Cabernet Sauvignon e o Merlos andam juntos, aqui acompanhados pela bairradina Baga. Estagiou 12 meses em barricas novas de carvalho francês.
Apresenta uma cor muito escura.
Aroma intenso. Notas tostadas, vegetal seco, terroso, especiarias a lembrar pimenta preta. A fruta aparece na forma e ameixas e mirtilos. Temos ainda notas de pimentão vindas do Cabernet e um ligeiro toque floral.
Boca encorpada e muito fresca. Fruta madura (ameixas), tostas, chocolate, especiarias (pimenta preta) e pimentão. Final logo e complexo.
Temos aqui um vinho que ainda está um pouco bruto, ainda muito jovem. Nota-se o perfil bordalês, apimentado, vegetal. Está com uma bela complexidade, boa estrutura, ainda com as partes por arrumar. Um bairradino para o futuro. 17.
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Sábado, 24.10.09

Quinta da Garrida tinto 2006

A Quinta da garrida é um dos ex libris da Aliança e mesmo do Dão. O seu Touriga Nacional Reserva, com a colheita 2005 atingiu o topo, sendo considerado Prémio de Excelência pela Revista de Vinhos. Além desse topo de gama, existe o Garrida como entrada de gama e o Quinta da Garrida, numa gama intermédia. É desse vinho que vou falar, um vinho medalhado a ouro no prestigiado Wine Challenge.
As castas que lotearam o vinho foram o Jaen, a Tinta Roriz e a Touriga Nacional. Estagiou 12 meses em barricas de carvalho francês (80%) e americano (20%).
Tem uma cor escura.
Aroma intenso e complexo. Notas frutadas de cerejas e amoras, muito bem envolvidas em baunilha e balsâmicos, a lembrar mato, pinhal. Também aparecem flores no meio de ligeiro fumo.
Boca com bom corpo e uma bela acidez. Tal como no nariz, a fruta parece calma, sem exageros, com a envolvência de flores e ligeiros balsâmicos. Bom final, longo e complexo.
Temos aqui um belo Dão. Um vinho com boa complexidade, muito elegante, sem exageros, com tudo no sitio. Este vinho faz-me lembrar a capacidade e potencial do Dão. Pena serem os de fora os primeiros a verem isso. Um vinho que está abaixo dos 10 euros. 16,5.
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Segunda-feira, 19.10.09

Quinta da Terrugem tinto 2006

A Aliança, antigas Caves Aliança, é um dos nomes grandes de Portugal no que toca a vinho. Sediada na Bairrada, tem vinha em praticamente todas as regiões mais importantes de Portugal. Todos conhecemos e ninguém fica indiferente a vinhos como o Quinta dos 4 Ventos Reserva, o T de Terrugem, o Quinta da Garrida Touriga Nacional e o Quinta das Baceladas apesar da juventude das marcas, cerca de 10 anos. São os topos de gama da Aliança, mas os vinhos que estão logo abaixo também têm muita qualidade, como veremos nesta prova.
Falamos agora neste vinho, o Quinta da Terrugem colheita. Depois do Alabastro e Alabastro Reserva é este vinho que aparece. Mereceu todo o cuidado na escolha das uvas e no estágio que teve em barricas durante 12 meses. as uvas escolhidas foram o Aragonês, a Trincadeira e o Alicante Bouschet.
Cai no copo com uma cor muito escura.
Aroma intenso e concentrado, com notas de fruta madura a lembrar ameixas, alguma compota. Temos depois aromas balsâmicos, alguma resina. O estágio em madeira deu-lha notas achocolatadas, de folhas de tabaco e de ligeira tosta.
Boca encorpada e com boa acidez. Fruta madura, compotas, logo seguido de chocolate e tosta. Ligeiro balsâmico. Final longo e guloso.
Nem todas as segundas marcas são vinhos que nos fazem pensar, vinhos que poderiam ser perfeitamente um vinho de topo. Este alentejano tem bastante qualidade, boa complexidade e tem tudo para agradar ao mais céptico. Por cerca de 10 euros podemos beber um vinho que nos deixará satisfeitos e que preenche o ego. É uma bela aposta, este Terrugem. 16,5.
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Terça-feira, 26.05.09

Alabastro branco 2008

É mais uma das marcas da Aliança, proveniente da Quinta da Terrugem, em Borba. É a gama de entrada dos vinhos alentejanos do produtor e que frequentemente apresenta uma boa qualidade face o preço, tanto na versão branco como tinto. São daqueles vinhos para beber despreocupadamente e que não nos pesam muito na carteira, com mais destaque para os brancos, cada vez mais bem feitos e agradáveis.
Este branco, da colheita de 2008, foi feito com as castas Roupeiro e Antão Vaz, duas das castas mais usadas no Alentejo. Estagiou unicamente em inox.
Tem uma cor amarela esverdeada. Aroma de boa intensidade com alguns alimonados e notas de pêssego. Algum mineral. Boca de corpo mediano e muito boa acidez. Notas citrinas e minerais. Algum pêssego verde. Bom final, com frescura.
Temos aqui um vinho bem feito, com boa frescura e muito equilibrado. Mais uma boa opcção para este Verão, num preço mais que apelativo. 15.
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Quinta-feira, 09.04.09

Garrida 2006

Voltamos aos vinhos para o dia a dia, um vinho do Dão abaixo dos 4 euros.
A Quinta da Garrida pertence ao grupo Aliança, agora pertencente a Joe Berardo, um dos maiores investidores na área dos vinhos. Desta Quinta sai um dos melhores Touriga Nacional que temos, sendo a colheita 2005 considerada excelência pela Revista Vinhos.
A imagem está diferente, correndo todos os vinhos Aliança e uniformizando a marca para melhor reconhecimento do consumidor.
Este Garrida 2006 é composto pelas castas Tinta Roriz, Touriga Nacional e Jaen e estagia 12 meses em barricas de carvalho francês e americano. Tem uma cor rubi forte. Abre a palete aromática com notas balsâmicas de eucalipto e pinheiro, resinas. Segue para a fruta a lembrar morangos e framboesas maduras. Fundo floral. A boca é fresca e de médio porte.
Temos aqui um vinho bem feito, com um perfil clássico do Dão bem acompanhado pela fruta e flores frescas. Um vinho acessível e de bom recorte. Muito bom para o dia a dia. 15.
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