Quarta-feira, 03.02.10

Azamor tinto 2005

Um produtor do Alentejo, muito recente, que adquiriu a Herdade do Rego em 1998. Em 2001 foram plantadas as primeiras vinhas, na altura sob a direcção de Luis Elias Carvalho e Joaquim Luiz Gomes. Plantaram então Touriga Franca, Trincadeira, Syrah, Merlot e Alicante Bouschet. Passado um ano e já com David Booth, foram plantadas as restantantes. Alicante Bouschet, Mourvèdre, Petit Verdot, Touriga Nacional e mais Trincadeira e Syrah. Ficou assim completo o encepamento do Azamor.
Os primeiros vinhos saem em 2004 com a enologia de David Baverstock. São quatro as referências que entram no mercado: o Azamor colheita, o Azamor Selected Vines, o Azamor Petit Verdot e o topo de gama, o Ícon d'Azamor.

Temos antão a segunda edição deste vinho, após a bem sucedida colheita de 2004. Este vinho é a entrada de gama do produtor que tem um preço que ronda os 6 euros. Positivo também é o posicionamento do produtor em lançar os seus vinhos mais tarde no mercado, após algum envelhecimento em garrafa. Nós agradecemos.

O Azamor 2005 foi feito com 25% Syrah, 18% Touriga Nacional, 18% Merlot, 14% Trincadeira, 9% Mouvèdre e 2% Petit Verdot. Envelheceu em barricas de carvalho francês e americano durante 7 meses.

Tem uma granada escuro. Aroma intenso, que nos cativa desde logo com notas de chocolate, passando à fruta algo licorosa, que nos faz lembrar amoras, ameixas e algumas em compota. Toque de figo seco. Temos ainda notas de tabaco e flores. Boca com bom corpo e com uma boa acidez. Confirma por inteiro o nariz. Fruta achocolatada, compotas, tabaco. Bom final, com toque guloso.

Temos aqui um vinho com perfil alentejano notório, não engana. A fruta aparece-nos madura, compotada, mas nada enjoativa. Um perfil morno mas muito bem conseguido, com elegância. Um vinho que está muito bem feito, fácil de gostar, sem pontos fracos notórios.
Penso ser um projecto bem definido, que assenta na qualidade e que, seguindo esta linha, irá ser referência.
Nota também para o site do produtor, do melhor que tenho visto. 16.
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Domingo, 31.01.10

Solar dos Lobos

A história é simples. Um grande grupo económico, Lobo da Silveira, detentora de vinhas no Alentejo nas zonas do Redondo e Arraiolos e de uma marca no mercado, decidiu apostar a sério nos vinhos de mesa. Adega moderna, enologia de Susana Esteban, que rumou do Douro e da Quinta do Crasto para o sul do país abraçando este projecto, e vontade de fazer bons vinhos, parece ser receita para os vinhos Solar dos Lobos estarem, agora, na escolha dos portugueses.

Estou a provar toda a gama dos vinhos Solar dos Lobos, começando pela chamada entrada de gama branco e tinto. Passemos então aos vinhos.

Solar dos Lobos branco 2008

Feito com as castas Chardonnay, Sauvignon Blanc, Arinto e Antão Vaz. Um vinho sem passagem por madeira.
Amarelo citrino. Aroma com intensidade mediana, onde encontramos notas de fruta citrina com algum limão e também algumas notas de melão. Fundo vegetal com algumas flores brancas. Boca com volume mediano e com uma boa acidez. Fruta madura, também aqui com toque citrino e vegetal. Final mediano.

Temos aqui um branco bem feito, fácil de gostar, com uma receita comum a muitos compadres seus sulistas nesta gama de preço. Aposta correcta. 14,5.


Solar dos Lobos tinto 2006

Feito com Trincadeira, Aragonês, Cabernet Sauvignon e Touriga Nacional. Vinificação e estágio em inox.
Cor granada de média concentração. Aroma com boa intensidade, onde encontramos fruta madura a lembrar morangos, cerejas e groselhas. Ligeiro chocolate de leite e ponta vegetal. Boca com volume mediano, tal como a acidez. Muito frutada e com chocolate de leite a acompanhar. Final mediano e frutado.

Gostei deste vinho. A fruta aparece madura mas não enjoativa, até com com um perfil um tanto delicado, a par de chocolate de leite guloso. Boa escolha para o dia a dia. 15.

Os vinhos de entrada de gama tinto e branco já estão provados e aprovados, faltando só o rosé. Parecem-me ser vinhos muito bem feitos, com mistura de castas nacionais e estrangeiras, fugindo à doçura excessiva. O tinto teve uma medalha de bronze no concurso Wine Challenge 2009.
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Terça-feira, 19.01.10

Vinhos Quinta do Carmo / tintos

A história desta Quinta remonta ao final do séc. XVII. O rei D. João IV mandou construir a Quinta do Carmo para uma dama da sua corte. Desses tempos nada restou excepto, provavelmente, o vinho Quinta do Carmo e a Herdade das Carvalhas, de onde provinham os vinhos e onde continuam ainda hoje a ser produzidos.
A Quinta do Carmo está localizada na região do Alentejo, a poucos quilómetros da cidade de Estremoz. É uma propriedade tipicamente alentejana, com uma área total de 1.000 ha, onde estão incluídos 100 ha de oliveiras, cereais, plantações de sobreiros e florestas.
Após uma longa joint-venture com o prestigiado grupo Lafite Rothschild, a Bacalhôa Vinhos de Portugal adquiriu, em 2008, a totalidade da Quinta, que passou a ser o centro de vinificação e produção de todos os vinhos do Alentejo do grupo Bacalhôa.
A adega, de linhas modernas e atraentes, foi submetida a uma renovação considerável em termos tecnológicos e de técnica de produção de vinhos. Aqui produzem-se vinhos de elevada qualidade, como os famosos Quinta do Carmo branco e Quinta do Carmo Reserva, entre outros, os quais têm obtido um enorme sucesso não só em Portugal como em vários países. (texto retirado do site do produtor).

Tenho de admitir que conheço muito pouco os vinhos da Quinta do Carmo. Não sou daqueles previligiados que conheceram os famosos Garrafeira da casa dos anos 80 e 90. Foram e continuam a ser um dos produtores mais conhecidos e respeitados do Alentejo. Agora, com o forte aparecimentos de marcas novas, alguns destes nomes vão ficando para trás. Nomes como Quinta do Carmo, Cartuxa, Herdade dos Coelheiros, entre outros, estão a ser relegados para  segundo plano face ao crescente número de novidades que aparecem quase todos os dias.
Estas marcas tiveram de se modernizar fazendo vinhos ao gosto do consumidor, ou pelo menos algumas marcas do seu repertório, sob pena de serem engolidos pelo mercado. E estão a faze-lo muito bem, com vinhos modernos, mais fáceis, com um estilo mais internacional. Actualizaram-se mas mantiveram a alma, o espírito alentejano que lhes deu fama.

Após passar por várias mãos, a Quinta do Carmo pertence agora ao império de Joe Berardo, do grupo Bacalhoa. Mudaram-se os rótulos, modernizaram a adega em termos tecnológicos e de técnica de produção. Temos assim vinhos com outra roupagem, modernos e de peito aberto para enfrentar o mercado.


Provei 2 vinhos da Quinta do Carmo, o Dom Martinho, gama de entrada, e o Quinta do Carmo colheita, um vinho que se situa na gama premium, logo atrás do reserva, o topo de gama. Ambos tintos, ambos as colheitas mais recentes no mercado.

Dom Martinho tinto 2006

Feito com as castas Aragonêz, Alicante Bouschet, Trincadeira, Cabernet Sauvignon e Syrah. Um vinho que não passa pela madeira.
Tem uma cor granada com boa concentração. Aroma com boa intensidade, com muitas notas frutadas que nos lembra morangos e groselhas. Algum chocolate de leite e travo vegetal. A boca tem um bom corpo e uma acidez mediana. Confirma inteiramente o aroma, onde a fruta comanda os sabores. Final mediano e frutado.
É um vinho bem feito, um tanto directo, mas agradável. Abaixo dos 5 euros, é uma boa hipótese para o dia a dia. É um daqueles vinhos que o Alentejo é pródigo. 14,5.

Quinta do Carmo tinto 2005

Feito com Aragonês, Alicante Bouschet, Trincadeira, Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon e Syrah. Estagiou durante 12 meses em barricas de carvalho francês.
Tem uma cor granada intensa. Aroma intenso e cativante, com notas balsâmicas misturadas com fruta madura, compotada e algumas passas. Ameixas e cerejas estão bem acompanhadas de chocolate de leite e toque apimentado. Boca volumosa e com boa acidez. Os sabores remetem-nos para ambiente guloso da fruta compotada e para o chocolate de leite. Toque balsâmico e apimentado. Final longo e guloso.
Temos aqui um vinho bastante agradável, com boa complexidade, nitidamente com perfil alentejano, muito redondo, que dá muito prazer na prova. Eu gostei e acho mesmo que é difícil não gostar. 16,5.
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Domingo, 17.01.10

Malhadinha tinto 2007

Ano 2003. Ano de estreia de um vinho que veio mexer com o conceito de imagem em Portugal. Ninguém ficou indeferente ao rótulo com a imagem de uma vaca (Malhadinha) desenhada pela filha do casal, Matilde. Um projecto onde se busca acima de tuda a qualidade, vinhos modernos, com muita fruta e gulosos. Um excelente trabalho enológico de Luis Duarte, com um caminho bem traçado e um objectivo bem definido. Eis a Herdade da Malhadinha Nova.

Desde o Malhadinha 2003 que me tornei fã deste vinhos. Foi realmente um vinho que me marcou, um estilo "novo mundo" com toque alentejano. Têm feito esta marca todos os anos, sendo esta que temos em prova a da colheita de 2007, a último a sair para ao mercado.

Um vinho feito com Aragonês, Alicante Bouschet, Cabernet Sauvignon, Syrah e Touriga Nacional. Estagiou em barricas novas de carvalho francês durante 14 meses.
Tem uma cor granada muito escura. Aroma intenso, onde se destacam desde logo notas balsâmicas, ceras e menta, um travo vegetal. A fruta aparece compotada, que nos lembra cerejas e ameixas. Chocolate preto e ligeira baunilha. Boca bastante encorpada e com boa acidez. Os sabores balsâmicos misturam-se com a fruta e com toques achocolatados. Final longo e complexo.

Segue a linha dos Malhadinha. É um vinho onde se nota fruta de grande qualidade, com aromas quentes mas não pesados. A receita funciona, onde se alia a juventude, qualidade, modernidade, complexidade. Eu gosto de estilo e gosto muito deste Malhadinha 2007. 17,5.
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Sexta-feira, 15.01.10

Esporão Private Selection branco 2008

Os vinhos das Herdade do Esporão tornaram-se presença assídua neste blog. Também não é para menos, são vinhos com muita qualidade nos diferentes patamares, com preços em sintonia com a mesma, com um perfil moderno mas sem comprometer a sua origem, a sua linhagem alentejana.

Tenho tentado seguir estes brancos desde há algum tempo. Devo dizer que são vinhos que habitualmente me enchem as medidas, vinhos complexos, gulosos, com boa capacidade de evolução em garrafa, ao contrário do que se diz por aí. Na minha opinião, no que toca a brancos, situo-os no topo das minhas preferências nacionais.

Este PS 2008, com outra garrafa, bonita e oponente, com o rótulo da autoria de José Pedro Croft, com alusões às cores do vinho e à sua origem, foi feito com castas internacionais. Temos então a Semillon, Marsanne e Roussanne, que estagiaram em barricas novas de carvalho françês durante seis meses "sur lie" com "batonnage", centrifugação e filtração. Tratamento de luxo.
Brinda-nos com uma cor amarelo vivo. Aroma intenso onde sobressaem notas frutadas que nos lembram os trópicos, com manga e papaia, na companhia de alguns citrinos, com notas de laranja. A fruta está bem envolvida na baunilha e alguma tosta. Ligeiro toque melado. Boca encorpada e com boa acidez, onde encontramos a fruta tropical, com algumas notas mais citricas. Assentam bem no fundo abaunilhado, com toque melado. Final longo e com boa complexidade.

Um vinho muito curioso, feito unicamente com castas francesas, que nos transmite um aroma diferente do que costumamos encontrar nos vinhos portugueses. Fruta tropical madura dá o mote para um vinho cheio, cremoso e com boa complexidade. A ver pelos anos anteriores, irá evoluir bem em garrafa. Falamos daqui a uns anos. 17,5.
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Terça-feira, 29.12.09

Ouzado tinto 2005

Este Ouzado entra na nova "grelha" dos vinhos deste produtor de Montemor-o-Novo. Além da gama Couteiro-Mor e do topo de gama Vale de Ancho, chega-nos agora este tinto Regional Alentejano. Já da longínqua colheita de 2005 (não deixa de ser curioso, dado que estão a sair para o mercado os topos de gama de 2007), este vinho tenta marcar a diferença pelas castas usadas e pelo "não" estágio em madeira. Podemos dizer que hoje em dia, não passar os vinhos pela madeira, pelo menos os vinhos com alguma ambição, é uma decisão anormal, muito fora do comum. Este produtor teve a ousadia de o fazer através da mão sabedora do mestre João Melícias. As castas escolhidas são todas internacionais, apesar de uma delas já ser considerada portuguesa, o Alicante Bouschet, que teve a companhia de Syrah e Cabernet Sauvignon. Tornou-se vinho em cubas de inox, onde permaneceu até ao engarrafamento.

Desde logo mostra uma grande juventude, com uma cor granada escura, bonita. Aroma intenso e muito frutado, com notas da cerejas, morangos, groselhas, framboesas, tudo num registo compacto mas não doce e muito menos enjoativo. Ligeiro chocolate preto e leve nota terrosa. A boca entra gorda e com uma bela acidez. Muita fruta, a par de uma nota mais vegetal. Boa estrutura e profundidade, com um final longo e frutado.

O vinho resulta muito bem, onde claramente a fruta comanda o pelotão. Um vinho que é difícil não gostar, com uma boa complexidade. Mostra-nos que também podemos tirar prazer de vinhos onde a madeira não entra. Estou muito curioso em relação ao envelhecimento deste vinho, qual a capacidade de aguentar em garrafa. A conhecer. 16,5.
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Domingo, 20.12.09

Malhadinha branco 2008

Estamos na presença de um dos melhores brancos alentejanos, isto apesar da juventude da marca, com a primeira colheita a ser produzida no ano de 2004. Desde logo caiu no goto dos enófilos, pois apresentava uma qualidade soberba e espantosa para primeira colheita a idade precoce das vinhas, plantadas em 1998. Um perfil marcadamente internacional, muito apelativo e com uma excelente imagem.
A qualidade sempre foi mote da família Soares. O projecto Malhadinha Nova está aí para o comprovar. Vinhos de primeira linha, enoturismo de excelência, em suma, um projecto sólido, com alicerces qualitativos muito fortes e imagem imaculada.

Tenho seguido este branco desde a sua primeira colheita, sendo esta a quinta a sair para o mercado. O lote foi mudando de ano para ano, mediante a qualidade das castas nesse ano e o perfil desejado, mas sempre com a linha condutora bem definida.
A enologia está a cargo de Luis Duarte, um nome muito forte em terras alentejanas, com muitos vinhos de referência no seu currículo. O preço, esse, anda perto dos 16 euros.

Este Malhadinha 2008 foi feito com as castas Arinto e Chardonnay. Estagiou durante 8 meses em barricas novas de carvalho francês.
Apresenta uma cor amarelo palha intenso, bonita.
Aroma intenso, que começa por nos dar notas tostadas e minerais, acompanhadas de especiarias a lembrar baunilha e ligeira canela. A fruta está algo escondida, mas conseguimos encontrar notas de manga a alguns alimonados. Aparecem também apontamentos de frutos secos, em companhia de chocolate branco e algum coco.
Boca encorpada e com uma bela acidez. Baunilha, chocolate branco, manga, alguma tosta, coco. Final longo, complexo e guloso.

Temos aqui um vinho que está na sua plena juventude. Aroma muito preso, um tanto austero, uma grande estrutura acompanhada por uma bela acidez. Neste momento não está no seu melhor, diz-nos que temos que esperar por ele. Devo dizer que argumentos fortes não lhe faltam. Tentarei prova-lo daqui a uns tempos e estou convicto que a surpresa será muito boa. 16,5.
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Sábado, 19.12.09

Couteiro-Mor Escolha - branco e tinto 2008

A colheita 2008 dos vinhos Couteiro-Mor trouxe-nos novidades, com a criação da referência Escolha. Após a prova do colheita, aqui, o produtor lança a gama Escolha na versão branco e tinto. As novidades não se ficam por aqui. Além do conceituado Vale de Ancho, foi acrescentada à gama vinhos como o Ouzado e o Couteiro-Mor Grande Escolha, que irão ter prova atenta mais para a frente. Agora centremo-nos na gana Escolha, na versão branco e tinto da colheita de 2008.

Couteiro-Mor Escolha branco 2008


Um vinho de lote, feito com Arinto, Chardonnay, Antão Vaz e Roupeiro.
Tem uma cor amarelo citrino.
Aroma intenso, com muito citrinos, com notas de limão e casaca de laranja. Ligeiras notas meladas. A fruta muda de figura e apresenta-se mais tropical, com notas de manga. Ligeiro vegetal seco.
Boca com bom corpo e boa acidez. É marcada pela fruta, ora citrina, ora tropical, num dueto bem acompanhado por notas de vegetal seco. Com o aumento de temperatura, aparecem notas meladas. Final longo, com ligeira complexidade.
Temos aqui um vinho bem feito, principalmente virado para a fruta. O peso do Chardonnay é muito bem compensado pela frescura do Arinto e fruta do Antão Vaz. Bem conseguido e, principalmente, com um belo preço. 15.

Couteiro-Mor Escolha tinto 2008



Feito com ALicante Bouschet, Trincadeira, Aragonês e Castelão.
Cor rubi escuro.
Aroma intenso, com notas tostadas, na companhia de frutos vermelhos que lembram morangos, framboesas e ameixas. Ligeiro vegetal.
Boca com corpo mediano e boa acidez. Continua muito frutada, com a companhia de ligeiro vegetal. Bom final, frutado e elegante.
Temos aqui um vinho perfeito para o dia a dia. Qualidade, preço, fácil de encontrar no mercado. Uma bela aposta. 15.








Conclusão: São dois vinhos bem feitos, que dão prazer beber e que não envergonham ninguém numa mesa. Por cerca de 3 euros, temos aqui 2 vinhos perfeitos para o dia a dia, com um perfil fácil de gostar, jovem, cosmopolita. É uma escolha mais que certa.
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Couteiro-Mor Summer 2008

Uma novidade do produtor alentejano de Montemor-o-Novo, detentor de algumas das marcas mais conhecidas do mercado, como Couteiro-Mor e Vale de Ancho.
Já por muitas vezes referi o meu apreço pelos vinhos desta casa, pela sua excelente relação entre o preço e a qualidade apresentada, principalmente na gama Couteiro-Mor. São vinhos muito bem feitos e com preços que muitas vezes não atingem os 3 euros na prateleira. Em tempo de crise, o que poderemos crer mais?
Como o próprio nome indica, o vinho, da colheita de 2008, foi lançado para o verão de 2009, com o objectivo de ser parceiro das nossas petiscadas e mesmo para ser consumido a solo. A imagem está muito apelativa, fazendo-nos mesmo suspirar pelo tempo mais quente. Provei-o já o frio batia à porta, mas nem assim o vinho me deixou ficar mal, como iremos ver.
Feito essencialmente com Arinto, tem breve passagem por madeira.
Tem uma cor amarelo citrino.
Aroma com boa intensidade, onde as notas de fruta citrina marcam o aroma. Temos muito limão e lima, com a companhia de ananás em calda. Toque floral e ligeiro fumado.
Boca com corpo mediano e com uma bela acidez. Continua muito citrino, com toque de fruta tropical.
Final comprido e com uma bela acidez citrina.
Temos aqui um vinho muito muito bem feito, onde a passagem por madeira não marcou nada o vinho, sentindo-se apenas um ligeiro fumado, mas antes amparou muito bem a fruta intensa, arredondando a dando volume ao vinho. Funciona muito bem e mostra-se muito apelativo na prova. Esperemos pelo 2009, e este sim, a ser bebido na sua altura devida, com um cenário mais solarengo e quente. 15,5.
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Terça-feira, 15.12.09

Herdade Grande Colheita Seleccionada branco 2008

Este é um dos brancos portugueses que tenho seguido com mais frequência. Um vinho com um preço bastante acessível e que prima pela qualidade, ano após ano, agora com a imagem renovada.
Chega-nos da Vidigueira, da Herdade Grande, o vinho que temos em prova. Um branco de uma zona indicada para os fazer, principalmente através da casta Antão Vaz, originária da região, tendo-se agora espalhado por todo o Alentejo. Uma Herdade com 350 hectares de área bruta, sendo 60 deles ocupados com vinha, grande parte com castas brancas.
Esta colheita de 2008 contou com as castas Antão Vaz, Arinto e Roupeiro e com passagem em inox e barricas de carvalho.
Apresenta uma cor amarelo citrino.
Aroma com boa intensidade, onde se nota a fruta de boa qualidade a lembrar maça, algum pêssego, geleias, uma toque mais tropical a kiwi e alguns alimonados. Tem um lado mais vegetal, a par de notas mais meladas.
Boca com bom corpo e com uma bela acidez. Continua a mostrar a fruta que encontramos no nariz, em conjunto com notas mais vegetais e um pouco meladas. Final longo e fresco.
Temos aqui um vinho que, na minha opinião, é quase imbatível com o preço de apresenta, cerca de 5 euros. Um vinho com boa estrutura e complexidade acima da média. Tem uma lado mais vegetal, um pouco mais pesado, que me desagrada, mas que no conjunto não marca muito o vinho. Mais um bom vinho deste produtor, que se afirma com escolha mais que certa no que toca a brancos. 16.
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