Azamor tinto 2005

Um produtor do Alentejo, muito recente, que adquiriu a Herdade do Rego em 1998. Em 2001 foram plantadas as primeiras vinhas, na altura sob a direcção de Luis Elias Carvalho e Joaquim Luiz Gomes. Plantaram então Touriga Franca, Trincadeira, Syrah, Merlot e Alicante Bouschet. Passado um ano e já com David Booth, foram plantadas as restantantes. Alicante Bouschet, Mourvèdre, Petit Verdot, Touriga Nacional e mais Trincadeira e Syrah. Ficou assim completo o encepamento do Azamor.
Os primeiros vinhos saem em 2004 com a enologia de David Baverstock. São quatro as referências que entram no mercado: o Azamor colheita, o Azamor Selected Vines, o Azamor Petit Verdot e o topo de gama, o Ícon d'Azamor.

Temos antão a segunda edição deste vinho, após a bem sucedida colheita de 2004. Este vinho é a entrada de gama do produtor que tem um preço que ronda os 6 euros. Positivo também é o posicionamento do produtor em lançar os seus vinhos mais tarde no mercado, após algum envelhecimento em garrafa. Nós agradecemos.

O Azamor 2005 foi feito com 25% Syrah, 18% Touriga Nacional, 18% Merlot, 14% Trincadeira, 9% Mouvèdre e 2% Petit Verdot. Envelheceu em barricas de carvalho francês e americano durante 7 meses.

Tem uma granada escuro. Aroma intenso, que nos cativa desde logo com notas de chocolate, passando à fruta algo licorosa, que nos faz lembrar amoras, ameixas e algumas em compota. Toque de figo seco. Temos ainda notas de tabaco e flores. Boca com bom corpo e com uma boa acidez. Confirma por inteiro o nariz. Fruta achocolatada, compotas, tabaco. Bom final, com toque guloso.

Temos aqui um vinho com perfil alentejano notório, não engana. A fruta aparece-nos madura, compotada, mas nada enjoativa. Um perfil morno mas muito bem conseguido, com elegância. Um vinho que está muito bem feito, fácil de gostar, sem pontos fracos notórios.
Penso ser um projecto bem definido, que assenta na qualidade e que, seguindo esta linha, irá ser referência.
Nota também para o site do produtor, do melhor que tenho visto. 16.
publicado por allaboutwine às 15:12 | link do post