Leo d'Honor 2003

A Casa Ermelinda Freitas é um dos principais produtores da região do Sado, mais precisamente de Fernão Pó, Palmela. Os vinhos são provenientes de uma vasta vinha plantada sobre solo arenoso, característico da região e sob clima mediterrânico-continental. Tem uma vasta gama de vinhos, desde os brancos, passando pelos tintos e acabando no Moscatel. A Casa é gerida por Leonor Freitas, que é a quarta geração vinícola da família. Engarrafa os vinhos a partir de 1997. Para isso chamou o enólogo Jaime Quendera, o mesmo da Adega de Pegões, para fazer os seus vinhos. Desde cedo começaram a dar que falar, tanto nacional como internacionalmente. Os vinhos de entrada de gama apresentam uma boa qualidade em relação ao preço de mercado, feitos á base de Castelão, tal como os dois topos de gama, primeiro o Quinta da Mimosa e acima deste o Leo d'Honor. Produzem também alguns varietais, vinhos de perfil internacional, e que muitos resultados já deram por esse mundo fora. Da vinha velha com mais de 50 anos nasce o topo de gama da produtora, o Leo d'Honor. Feito com Castelão, estagia durante 12 meses em barricas novas e sai para o mercado com o preço de 35€.
O vinho em prova é a última colheita, a de 2003. Tem uma cor rubi muito escura. Aroma intenso e muito balsâmico a lembrar um chão acabado de ser encerado, juntamente com caramelo e cacau. A fruta aparece algo tapada, mas ainda dá para cheirar uns morangos maduros, cerejas e amoras. Fundo abaunilhado. A boca é gorda, com boa acidez e taninos rodondos. Continua com os balsâmicos em primeiro plano. Segue-se a fruta, o cacau e a baunilha. Final longo, complexo e muito guloso.
Preferi abrir este em vez do 2001, que ainda tenho no garrafeira e que parece que tem muitos anos pela frente. Este 2003 está um vinho muito guloso, com um excelente trabalho com a madeira. Está com tudo no sitio e pronto a beber. Muito bom vinho. 17,5.

publicado por allaboutwine às 02:50 | link do post