Terça-feira, 06.04.10

2 rosados espanhóis

No decorrer de mais um jantar com um amigo, tive a oportunidade de provar dois rosados de nuestros hermanos. A expectativa era alta num deles, o Clan 2009, dado que há pouco tempo tinha provado o 2008 e foi, provavelmente, um dos melhores vinhos roses que provei até hoje. Um vinho com fruta limpíssima, elegante, bela acidez. O outro vinho era desconhecido para mim.

Clan Charco las ANimas rosado 2009


Um vinho com uma cor vermelha sangue, escura.
Aroma intenso e de belo efeito, com a fruta vermelha a vir ao de cima, com notas de morangos, framboesas, rebuçado. Algumas notas florais a rosas.
Boca com bom corpo, acidez suficiente e bem integrada. A fruta domina, mas o álcool vem ao de cima, com os seus 14,5 de volume. É uma pena o ardor que no final (não me chocou muito), pois a fruta está no ponto, está muito limpa e apetitosa. Inferior à colheita de 2008. 15,5.

Arrayán rosado 2008


Substâncialmente diferente do anterior. A cor é escuríssima para um rosé, um rubi bem definido.
Nariz com intensidade mediana, onde a delicadeza marca o aroma. Notas de fruta vermelha ligeira, acompanhada de toque de ervas frescas, a lembrar hortelã.
Boca com volume mediano e boa frescura. A fruta marca presença de forma delicada, tal como no final, bem alicercerada pela acidez.
O vinho vai abrindo durante a prova mas sempre de forma contida. Um outro estilo, talvez mais virado para a mesa. 15.
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publicado por allaboutwine às 13:41 | link do post | comentar

Quinta do Carvalhão Torto Jean / Alfrocheiro tinto 2004


Quando em Setembro de 2009 fui à feira do vinho de Nelas, a Quinta do Carvalhão Torto foi um dos produtores cujos vinhos mais me impressionaram.
As vinhas e adega do produtor são em Nelas, mesmo à entrada da cidade. Curioso, pois já passei várias vezes nessa estrada e nunca me tinha apercebido do tesouro que ali está. É um empresa familiar que decidiu criar a sua prórpria marca e engarrafar os vinhos. E em boa hora o fez, pois são belos vinhos, com uma visão muito prórpria do Dão, com muita qualidade. Aliás, segundo o produtor, os vinhos ficaram desde logo muito bem classificados em concursos, o que não deixa de ser bom para o começo de um projecto.

Depois de prova na feira de Nelas, tenho oportunidade de os provar de novo, agora em casa, agora com toda a atenção que eles merecem.

Este vinho da colheita de 2004 foi feito com duas castas tradicionais da região, duas castas que gosto bastante, duas castas muito mal aproveitadas no Dão, o Jaen e o Alfrocheiro.
Nota-se já uma evolução no vinho, tanto na cor, com uma vermelho escuro a fugir para o tijolo, e também no aroma, com notas de fruta passificada, figos secos, bem amparada por aromas minerais, terra húmida. Algum chocolate de leite e tabaco. A boca tem bom volume e uma acidez que chega para amparar a fruta doce, em passa. Temos ainda o tabaco, que marca um pouco um final com bom prolongamento.

Um vinho bem curioso, com evolução notória, com qualidade, mas onde talvez falte um pouco mais de acidez, de vida na boca. Um aroma que apetece cheirar, doce sem ser enjoativo, com tudo muito bem controlado. Está muito bom para ser bebido nesta altura. Um vinho a conhecer. 16.
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publicado por allaboutwine às 10:48 | link do post | comentar

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