Domingo, 14.02.10

Negreiros tinto 2007

Depois de ter provado o 2005, deixo a prova do 2007. Um vinho feito com Touriga Naciona, Touriga Franca, Tinta Roriz e Tinta Barroca e que estagiou 10 meses em barricas de carvalho francês. Primeiro vinho com a enologia de João Brito e Cunha.

Tem uma cor muito escura, compacta.
Aroma intenso, com muitas  notas minerais e de chocolate preto amargo, cacau e baunilha. Em ambiente fumado aparecem as notas frutadas e que nos lembram framboesas, ginjas e groselhas.
Boca encorpada e com uma bela acidez. Muito boa conjugação de sabores, onde a fruta aparece elegante e com a companhia de baunilha, cacau e notas minerais. Final longo e compacto.

Na minha opinião, é um vinho claramente superior à colheita de 2005. Um passo à frente na qualidade, pois passa de um vinho com perfil muito regional, muito fechado e egoísta, paras um vinho que, apesar de a marca da casa estar lá e o perfil esteja bem marcado, está mais solto, mais complexo e agradável de provar. Um belo vinho, ainda com vida pela frente. 16,5.
publicado por allaboutwine às 12:08 | link do post | comentar

Quinta do Monte D'Oiro Reserva tinto 2001

A Quinta do Monte D'Oiro é, talvez, o expoente máximo dos vinhos da região agora denomidada Lisboa.
José Bento dos Santos tomou conta de uma quinta que desde o século XVII era já conhecida pela qualidade dos seus vinhos.
O objectivo foi fazer vinhos de grande qualidade, de classe mundial e com sentido gastronómico. As castas escolhidas foram o Syrah (é conhecida a grande paixão de José Bento dos Santos pelos vinhos franceses do Rhone, onde esta casta melhor se exprime), Touriga Nacional, Tinta Roriz, Petit Verdot, Cinsaut e Viognier.

Os Quinta do Monte D'Oiro Reserva são feitos essencialmente com Syrah e um pouco de uma casta branca, cerca de 4% de Viognier, como também acontece com os vinhos do Rhone.
O vinho em prova é o Reserva 2001, que estagiou durante 24 meses em barricas novas de carvalho francês.
Tem uma cor escura, com toques acastanhados.
Aroma intenso e que nos transmite desde logo muitas notas balsâmicas, com muito verniz e cera (lembra-nos um soalho antigo e envernizado). A fruta está algo tapada, mas ainda conseguimos encontrar alguma compota por entre notas de tabaco e café.
Boca encorpada e com uma bela acidez. Muito ampla, espacial, que nos confirma inteitamente o nariz. Muitos balsâmicos, tabaco e alguma compota. Final longo e intenso.

Temos aqui um vinho onde se nota bastante a sua evolução. Já perdeu grande parte da fruta e as notas balsâmicas intensificaram-se, tornando-se até omnipresentes, não deixando espaço para que outros aorma se mostrem. É um bom vinho, disso não restam dúvidas, pena ser algo unidirecional. 16,5.
publicado por allaboutwine às 05:10 | link do post | comentar | ver comentários (3)

mais sobre mim

pesquisar neste blog

 

Fevereiro 2010

D
S
T
Q
Q
S
S
1
2
3
4
5
6
7
8
9
13
18
20
21
24
26
27

posts recentes

últ. comentários

  • Olá Miguel,Sou leitor atento do teu blog e não res...
  • Aqui parece que não concordamos. Eu acho este 2007...
  • José Diogo,É realmente um belo porto com um grande...
  • Olá André.Sê vem vindo a esta humilde casa. Fiquei...
  • Também o achei bem austero na abertura. Ao princíp...
  • Oi Miguel, muito de acordo com o teu descritivo, u...
  • interessante.
  • Nesta prova já não concordo assim tanto, pessoalme...
  • Completamente de acordo com esta nota de prova!Ali...
  • Bom dia, estamos a lançar um projecto de blogue de...

Posts mais comentados

arquivos

tags

todas as tags

links

subscrever feeds