Domingo, 25.10.09

Antão Vaz da Peceguina branco 2008

A prova deste vinhos fez-me pensar nos brancos portugueses. O nosso clima mediterrânico permite-nos fazer brancos com qualidade? Bem sei que temos vários "climas" e vários terroirs e também castas capazes de oferecer vinhos brancos únicos, com grande capacidade de evolução, mas é um trabalho recente. O que a nossa concorrência faz há muito anos, começámos nós a fazê-lo recentemente. A moda dos brancos também ajudou a que os produtores olhassem para eles com outros olhos, com mais investimento enológico e melhor conhecimento das castas e também melhor trabalho com madeira.
As castas, essas, têm enorme potencial, e não tenho de pensar muito para lembrar-me de meia dúzia capazes de gerar grandes vinhos - Arinto, Alvarinho, Loureiro, Antão Vaz, Malvasia-Fina, Encruzado. O trabalho está a ser feito, e muito bem, os vinhos estão cada vez melhores e isso acontece de ano para ano.
Uma das castas que está na moda, e é uma moda recente, é o Antão Vaz. Uma casta nativa do Alentejo, mais precisamente da Vidigueira e que já se espalhou por toda a região. Não existe produtor que se preze que não a tenha na sua vinha.
Um desses casos é a Herdade da Malhadinha Nova, um projecto recente, mas de enorme qualidade. Este Antão Vaz faz parte do seu espólio de brancos. Foi vinificado e estagiado em inox.
Tem uma cor amarelo citrino intenso.
Aroma de médio intensidade e elegante. Notas frutadas de pêra, melão, maça. Lado mais exótico com abacaxi e maracujá. Fundo mineral.
Boca encorpada e com boa acidez. Confirma as notas frutadas do aroma e a mineralidade está bem presente. Final longo e fresco.
Temos aqui um branco com as características da casta, aqui na sua faceta mais austera, com a fruta a passar para segundo plano. Um vinho perfeito para a mesa e não vira a cara a pratos mais intensos e calóricos. 16,5.
publicado por allaboutwine às 12:01 | link do post | comentar

Vintages 2007



Os Vintage 2007 estão a chegar e em boa hora, porque parece ser uma colheita fora de série. Foi um ano propício a grandes vinhos e os Vintage não fogem à regra. As maturações foram lentas, o que em Setembro fez temer o pior. Se as chuvas aparecessem, estragaria tudo, dado que as uvas ainda não estavam prontas. Mas Setembro foi um parceiro importante para os produtores. Praticamente não choveu, com os dias solarengos e as noites estiveram amenas, as uvas amadureceram bem a em perfeito estado sanitártio.
Os vinhos vão sendo provados pelos críticos e as opiniões vão sendo unânimes. É realmente uma colheita única.
Richard Mayson. na sua prova anual dos Vintage, proferiu várias vezes as palavras pureza, elegância, frescura da fruta, nas suas notas de prova. Na sua opinião não será um blockbuster com foi o 2003, vinhos cheios, robustos e sobre-maduros, antes vinhos elegantes, com taninos incisivos, mas a mostrar desde já a sua elegância. São vinhos que poderão ser bebidos cedo, já, mas que durarão muito anos na nossa garrafeira. Avaliou muitos vinhos com nota alta, com destaques especais para o Graham, o Dow's, Vesúvio Capela e o Vergellas Vinha Velha, ao contrário da Reviste Vinhos que, na sua prova, elegeu Fonseca e o Quinta do Vesúvio como os melhores em prova. Unânime foi a opinião da grande qualidade dos vinhos, com notas muito altas.
Como curiosidade, a Quinta do Vesúvio declarou dois vinhos de Quinta do Vesúvio e o Quinta do Vesúvio Capela. mais um exemplo da abundante qualidade da colheita.
Eles estão aí, mais explendorosos que nunca e a um preço barato. Se podermos compra-los já vamos ter grandes alegrias no futuro, numa altura em que já não os poderemos comprar.
publicado por allaboutwine às 03:49 | link do post | comentar

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