Quinta-feira, 01.10.09

Rosé da Peceguina 2008

Até há cerca de 10 anos, a região de Beja não tinha ligação com a produção de vinho. É uma região muito quente e só com recôrrência à rega é que os podutores existentes sobrevivem. E eles já não são assim tão poucos.
Um dos produtores mais mediáticos é a Herdade da Malhadinha Nova, de Albernôa. Depois do auspicioso ano de 2003, o da sua estreia, com o belíssimo Malhadinha 2003, foi lançando marcas no mercado, todas elas com qualidade muito alta e com uma imagem fora do comum. Um verdadeiro conceito de aproximação pelo lado afectivo e familiar. Em suma, um verdadeiro êxito.
O Rosé da Peceguina foi uma das marcas lançadas. Um vinho que tenho seguido desde a sua estreia, um vinho que me tem cativado.
Em prova temos a versão 2008, que foi feita com as castas Touriga Nacional e Aragonês.
Tem uma cor vermelha carregada.
Aroma de média intensidade, com notas de fruta vermelha a lembrar groselhas, algumas ameixas e também morangos. Algum floral.
Boca com bom corpo e boa acidez. Sabor frutado, onde também temos as groselhas, cerejas, ligeiro tropical e ponta de chocolate branco. Final longo, frutado e fresco.
Temos aqui um rosé bem estruturado, encorpado e frutado, mas com a acidez a contrabalançar bem todo o seu peso. Tem 14,5% de álcool e por isso temos de ter algum cuidado com a temperatura de seviço. Essencialmente para acompanhar umas boas entradas. 16.
publicado por allaboutwine às 13:44 | link do post | comentar

Altas Quintas Crescendo rosé 2008

A versão de 2006, ano de estreia, foi um pouco polémica. Um rosé encorpado, denso, com aromas tostados (apesar de o produtor garantir não ter estágio nenhum em madeira). Um rosé que, na altura, era diferente de todos os outros. Estou a falar do Crescendo, um dos melhores rosés de Portugal.
Feito em altitude, a cerca de 600m, em plena Serra de São Mamede, foram escolhidas as uvas de Aragonês das zonas mais frescas da vinha. Vinificado e estagiado em cubas de inox. Para quem não sabe, a enologia é feita pelo conceituado enólogo Paulo Laureano, mentor de grandes vinhos em terras alentejanas.
Sai da garrafa com uma cor tijolo escuro.
Aroma intenso, com notas de cerejas, morangos maduros, groselhas.
A boca apresenta bom volume e está bastante fresca. Tal como o aroma, a fruta marca o palato, com groselhas e morangos.
Bom final, cheio de fruta e frescura.
Temos aqui um vinho cheio de fruta madura mas com uma bela acidez que compensa muito bem a doçura e o peso. Claramente para a mesa, não virando a cara a pratos um pouco mais puxados. 16.
publicado por allaboutwine às 13:10 | link do post | comentar | ver comentários (2)

Altas Quintas 600 tinto 2007

Mais um vinho de um produtor que começa a ser uma referência no Alentejo e mesmo em Portugal. Referência de qualidade, referência de elegância, referência de imagem. O produtor chama-se Altas Quintas e o vinho chama-se 600. 600 porque as vinhas estão plantadas a essa altitude, uma coisa rara no Alentejo.
É a estreia desta marca e situa-se como gama de entrada do produtor, onde temos depois o Crescendo, o Altas Quintas e o recentíssimo Obsessão, o novo topo de gama.
Este 600 é feito com as castas Trincadeira, Aragonês e Alicante Bouschet.
Tem uma cor de concentração média/alta.
O aroma é intenso, com boas notas de fruta a lembrar cerejas a groselhas. Tem um lado mais resiniso, mentolado, balsâmico, a lembrar os rebuçados Bolas de neve. Toque achocolatado.
Boca de corpo mediano e uma bela acidez. Mantém a fruta do nariz, agora na companhia de morangos. Continua com sabores mentolados e ligeiro toque achocolatado.
Final longo e fresco.
Temos aqui um vinho que está na linha dos seus irmãos mais velhos. Muita frescura e elegância. Um bom vinho, com qualidade acima da média e fácil de gostar. Brilhará mais se tiver acompanhamento à mesa. 15,5.
publicado por allaboutwine às 11:58 | link do post | comentar

mais sobre mim

pesquisar neste blog

 

Outubro 2009

D
S
T
Q
Q
S
S
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
13
14
15
16
21
22
28
29
31

posts recentes

últ. comentários

  • Olá Miguel,Sou leitor atento do teu blog e não res...
  • Aqui parece que não concordamos. Eu acho este 2007...
  • José Diogo,É realmente um belo porto com um grande...
  • Olá André.Sê vem vindo a esta humilde casa. Fiquei...
  • Também o achei bem austero na abertura. Ao princíp...
  • Oi Miguel, muito de acordo com o teu descritivo, u...
  • interessante.
  • Nesta prova já não concordo assim tanto, pessoalme...
  • Completamente de acordo com esta nota de prova!Ali...
  • Bom dia, estamos a lançar um projecto de blogue de...

Posts mais comentados

arquivos

tags

todas as tags

links

subscrever feeds