Sexta-feira, 30.10.09

5 tintos do Douro



Fiz uma prova caseira de alguns vinhos da colheita de 2007 do Douro. Um colheita de onde se esperam grandes vinhos na região, uma ano que originou grandes vintages. Podemos dizer que é a região portuguesa que está mais em alta e de que muito se fala lá fora, isto apesar de "cá dentro", em Portugal, não é a que mais vende, sendo esse prémio para o Alentejo. Nesta prova nota-se a diferença de estilos na região, mas principalmente nos produtores, com vinhos mais concentrados, outros mais austeros e outros mais elegantes e mais bebíveis desde já. Mas fica a conclusão, são todos grandes vinhos e que fazem jus à região e a Portugal.

Quinta do Noval 2007

Produtor tradicional de vinho do Porto, aposta a sério nos vinhos de mesa com este vinho com a colheita de 2004, logo entrando para o topo dos vinhos da região. Provamos agora a terceira colheita depois do 04 e 05.
Feito com as castas tradicionais do Douro, estagia em barricas de carvalho francês.
Tem uma cor muito escura.
Nariz profundo e intenso, com notas fumadas, minerais, especiadas, onde encontramos pimenta preta. Fruta elegante a lembrar cerejas e amoras, no meio de flores e ervas campestres, com estevas e rosmaninho. Acaba com chocolate preto.
Boca encorpada mas não espessa e muito fresca. Notas achocolatadas entra a fruta muito elegante e notas florais. Final longo e complexo.
Temos aqui um grande vinho, longe da concentração e extracção, mas antes a dar primazia à elegância e profundidade. Um Douro diferente. 18.

Aneto Grande Reserva 2007

Esta marca do enólogo Francisco Montenegro tem algum tempo, sempre com vinhos muito bons e com uma grande relação entre o preço e a qualidade. A versão Grande Reserva aparece com a colheita de 2006, considerado por muitos um dos melhores vinhos desse ano. Continua em grande estilo com este 2007. Um blend de 50% Tinta Roriz e 50% Touriga Nacional. Estagia 18 meses em barricas novas de carvalho francês.
Cor muito escura.
Aroma intenso e complexo. Muito fruta compacta, entre amoras, cerejas e alguma framboesas ácidas. Flores e mato rasteiro a lembrar estevas e alfazemas. Fundo mineral.
Boca muito encorpada e com uma bela acidez. Taninos robustos mas doces. Uma bela mistura entre flores, fruta , mineral e chocolate preto, Final longo e complexo.
Temos aqui um grande vinho, num perfil diferente do Noval, num estilo mais duro, mais austero, ainda com muito para mostrar. 18.

Quinta das Tecedeiras Reserva 2007

O vinho da região do Douro da empresa Dão Sul/Gloabal Wines. Geralmente são vinhos muito bons e com um preço muito apetecível. Este 2007 foi feito com as castas Touriga Nacional, Tinta Roriz, Tinta Barroca, Touriga Franca a Tinta Amarela. Estagiou em barricas de carvalho francês.
Cor escura.
Aroma intenso. Notas de café, chocolate em pó, chá preto. A fruta aparece com notas de framboesas e ameixas. Aparecem depois flores em ambiente mineral.
Boca encorpada e com uma bela acidez. Confirma os que encontramos no nariz. O café, o chocolate em pó, fruta elegante e flores.
Final longo e complexo.
Temos aqui um vinho que já está bem bebível, complexo, já com um bom entendimento e equilíbrio entre as partes. Uma boa aposta. 17.

Quinta da Leda 2007

Um nome forte do produtor e do Douro. Um vinho já com um historial importante e que representa bem a região e todo o potencial que ela tem. É um vinho lançado cedo no mercado, com 2 anos de vida, mas que geralmente porta-se bem com alguns anos em garrafa.
Esta colheita de 2007 tem as castas Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz. São escolhidas as áreas da vinho onde existe maior maturação. Estagia 12 meses em barricas de carvalho francês.
Cor escura, profunda.
Aroma intenso e compacto, com fruta a lembrar framboesas, ameixas e cerejas. Continua com notas balsâmicas, com cera e pinhal. Toque floral e ligeiro tabaco.
Boca gorda e com uma bela acidez. Taninos robustos mas doces. Sabores muito frutados, envolvidos em notas balsâmicas, com cera. Sobra espaço para as flores e para toques minerais. Final longo e complexo.
Temos aqui um vinho ainda muito jovem, que precisa de tempo para mostrar o que vale. Neste momento mostra-se fechado, compacto, já com alguma elegância, mas um pouco rebelde. A provar daqui a uns anos. 17.

Batuta 2007

O Batuta é um dos vinhos mais conceituados do Douro, já muitas vezes presenteado com o prémio de Excelência da Revista de Vinhos. Um vinho que não sai todos os anos e que representa aquilo que esperamos de um grande vinho. A base do Batuta é a Vinha do Carril, com cerca de 70 anos de idade e virada a norte, onde as maturações são mais lentas e equilibradas e de vinhas velhas com cerca de 100 anos, perto de Quinta de Nápoles. As castas utilizadas foram a Tinta Roriz, Touriga Franca, Touriga Nacional e outras. Estagia 20 meses em barricas de carvalho francês.
Tem uma cor escura.
Aroma intenso e concentrado. Notas frutadas intensas a lembrar cerejas e ameixas pretas. Especiarias, com notas de pimenta preta e leve baunilha. Temos ainda chocolate de leite e grãos de café. Fundo mineral.
Boca encorpada e com uma bela acidez. Confirma o aroma. Temos lá a fruta, as notas de chocolate e café e ainda a mineralidade. Final longo e complexo.
Temos aqui um vinho onde se nota uma mudança de perfil. Onde tínhamos extracção, volume e fruta madura e compacta, temos agora um perfil mais fresco, menos frutado. Será menos guloso na prova, mas à mesa, onde ele deve ser apreciado, brilhará como poucos. 17,5.

tags: ,
publicado por allaboutwine às 05:32 | link do post | comentar
Terça-feira, 27.10.09

Cabreo La Pietra branco 2004

Para saciar a minha curiosidade, gastei uns trocos num vinho que há muito queria provar. Um Chardonnay da Toscânia, muito conceituado internacionalmente e que está no top dos brancos italianos.
Foi arriscada a compra de um branco de 2004 que, apesar de estar bem acondicionada, não saberia aquilo que iria encontrar. Mas o risco faz parte da vida de um enófilo, não é verdade?
Este vinho é feito com a casta Chardonnay e estagia 12 meses em barricas de carvalho. Pelo menos passa 6 meses em garrafa antes de sair para o mercado.
Cor amarela intensa.
Aroma com boa intensidade e com muitas notas químicas a lembrar plasticina a juntar às tradicionais notas de manteiga fresca. Em ambiente fumado e mineral, aparecem notas de biscoito de laranja e ananás bem maduro.
Boa gorda e (ainda) com boa acidez. Confirma o nariz. Sentimos sabores químicos e amanteigados, na companhia de fruta muito madura e fumo. Final longo e complexo.
Uma bela surpresa. Temos aqui um vinho com uma boa evolução mas que está no ponto (ou mesmo já em fase decrescente) parta beber. Dá muito prazer, mesmo bebido sem acompanhamento, somente degustando a sua complexidade. Com um pouco mais de vivacidade e seria um caso muito sério. 17.
publicado por allaboutwine às 14:45 | link do post | comentar | ver comentários (4)
Segunda-feira, 26.10.09

Altas Quintas Crescendo tinto 2006

Em prova temos mais um vinho do projecto Altas Quintas, produtor que veio dar uma lufada de ar fresco na região norte alentejana.
Este vinho é feito essencialmente com a casta Aragonês, uma das mais utilizadas na região, juntamente com a Trincadeira e Alicante Bouschet. Em 2005, o Aragonês teve a companhia da Trincadeira. Já em 2006, foi acrescentado o Alicante Bouschet às outras duas castas. É vinificado em balseiros de carvalho francês e estagiou durante 12 meses em barricas de carvalho francês.
A cor é escura, profunda.
Aroma intenso. Notas de fruta a lembrar cerejas e ameixas. Estas estão bem acompanhadas de baunilha e de um lado mais balsâmico, com notas de eucalipto.
Boca com bom corpo e com uma bela frescura. Continua num perfil muito frutado, agora na presença de tosta e também de baunilha. Aparece entretanto o lado mais vegetal, mais balsâmico, lembrando a sua origem. Final longo e com bastante frescura.
Temos aqui um vinho que é um filho da Serra de São Mamede. Alia a fruta elegante com a frescura característica da região e os balsâmicos que não podiam deixar de aparecer. Um vinho muito bem feito, aliás, como é apanágio deste produtor. 16.
publicado por allaboutwine às 13:13 | link do post | comentar
Domingo, 25.10.09

Antão Vaz da Peceguina branco 2008

A prova deste vinhos fez-me pensar nos brancos portugueses. O nosso clima mediterrânico permite-nos fazer brancos com qualidade? Bem sei que temos vários "climas" e vários terroirs e também castas capazes de oferecer vinhos brancos únicos, com grande capacidade de evolução, mas é um trabalho recente. O que a nossa concorrência faz há muito anos, começámos nós a fazê-lo recentemente. A moda dos brancos também ajudou a que os produtores olhassem para eles com outros olhos, com mais investimento enológico e melhor conhecimento das castas e também melhor trabalho com madeira.
As castas, essas, têm enorme potencial, e não tenho de pensar muito para lembrar-me de meia dúzia capazes de gerar grandes vinhos - Arinto, Alvarinho, Loureiro, Antão Vaz, Malvasia-Fina, Encruzado. O trabalho está a ser feito, e muito bem, os vinhos estão cada vez melhores e isso acontece de ano para ano.
Uma das castas que está na moda, e é uma moda recente, é o Antão Vaz. Uma casta nativa do Alentejo, mais precisamente da Vidigueira e que já se espalhou por toda a região. Não existe produtor que se preze que não a tenha na sua vinha.
Um desses casos é a Herdade da Malhadinha Nova, um projecto recente, mas de enorme qualidade. Este Antão Vaz faz parte do seu espólio de brancos. Foi vinificado e estagiado em inox.
Tem uma cor amarelo citrino intenso.
Aroma de médio intensidade e elegante. Notas frutadas de pêra, melão, maça. Lado mais exótico com abacaxi e maracujá. Fundo mineral.
Boca encorpada e com boa acidez. Confirma as notas frutadas do aroma e a mineralidade está bem presente. Final longo e fresco.
Temos aqui um branco com as características da casta, aqui na sua faceta mais austera, com a fruta a passar para segundo plano. Um vinho perfeito para a mesa e não vira a cara a pratos mais intensos e calóricos. 16,5.
publicado por allaboutwine às 12:01 | link do post | comentar

Vintages 2007



Os Vintage 2007 estão a chegar e em boa hora, porque parece ser uma colheita fora de série. Foi um ano propício a grandes vinhos e os Vintage não fogem à regra. As maturações foram lentas, o que em Setembro fez temer o pior. Se as chuvas aparecessem, estragaria tudo, dado que as uvas ainda não estavam prontas. Mas Setembro foi um parceiro importante para os produtores. Praticamente não choveu, com os dias solarengos e as noites estiveram amenas, as uvas amadureceram bem a em perfeito estado sanitártio.
Os vinhos vão sendo provados pelos críticos e as opiniões vão sendo unânimes. É realmente uma colheita única.
Richard Mayson. na sua prova anual dos Vintage, proferiu várias vezes as palavras pureza, elegância, frescura da fruta, nas suas notas de prova. Na sua opinião não será um blockbuster com foi o 2003, vinhos cheios, robustos e sobre-maduros, antes vinhos elegantes, com taninos incisivos, mas a mostrar desde já a sua elegância. São vinhos que poderão ser bebidos cedo, já, mas que durarão muito anos na nossa garrafeira. Avaliou muitos vinhos com nota alta, com destaques especais para o Graham, o Dow's, Vesúvio Capela e o Vergellas Vinha Velha, ao contrário da Reviste Vinhos que, na sua prova, elegeu Fonseca e o Quinta do Vesúvio como os melhores em prova. Unânime foi a opinião da grande qualidade dos vinhos, com notas muito altas.
Como curiosidade, a Quinta do Vesúvio declarou dois vinhos de Quinta do Vesúvio e o Quinta do Vesúvio Capela. mais um exemplo da abundante qualidade da colheita.
Eles estão aí, mais explendorosos que nunca e a um preço barato. Se podermos compra-los já vamos ter grandes alegrias no futuro, numa altura em que já não os poderemos comprar.
publicado por allaboutwine às 03:49 | link do post | comentar
Sábado, 24.10.09

Quinta da Garrida tinto 2006

A Quinta da garrida é um dos ex libris da Aliança e mesmo do Dão. O seu Touriga Nacional Reserva, com a colheita 2005 atingiu o topo, sendo considerado Prémio de Excelência pela Revista de Vinhos. Além desse topo de gama, existe o Garrida como entrada de gama e o Quinta da Garrida, numa gama intermédia. É desse vinho que vou falar, um vinho medalhado a ouro no prestigiado Wine Challenge.
As castas que lotearam o vinho foram o Jaen, a Tinta Roriz e a Touriga Nacional. Estagiou 12 meses em barricas de carvalho francês (80%) e americano (20%).
Tem uma cor escura.
Aroma intenso e complexo. Notas frutadas de cerejas e amoras, muito bem envolvidas em baunilha e balsâmicos, a lembrar mato, pinhal. Também aparecem flores no meio de ligeiro fumo.
Boca com bom corpo e uma bela acidez. Tal como no nariz, a fruta parece calma, sem exageros, com a envolvência de flores e ligeiros balsâmicos. Bom final, longo e complexo.
Temos aqui um belo Dão. Um vinho com boa complexidade, muito elegante, sem exageros, com tudo no sitio. Este vinho faz-me lembrar a capacidade e potencial do Dão. Pena serem os de fora os primeiros a verem isso. Um vinho que está abaixo dos 10 euros. 16,5.
publicado por allaboutwine às 04:47 | link do post | comentar
Sexta-feira, 23.10.09

Comenda Grande branco 2008

Depois do Comenda Grande tinto e do Polémico, provamos agora o branco do produtor de Arraiolos. Um branco que poderá não agradar a toda a gente, dado o seu perfil mais austero, com menos fruta da moda, intensa e gulosa. Abraçou antes um perfil mais sóbrio, também frutado, mas optando por aromas menos óbvios, como vamos ver.
As castas que entraram no lote foram o Antão Vaz, o Arinto e o Verdelho. Vinificação e estágio em cubas de inox.
Cor amarelo citrino.
Aroma de média intensidade. Notas de fruta tropical a lembrar manga, abacaxi, maracujá e algumas mais citrinas como toranja. Temos ainda um pouco de ameixas, com ligeiro bafo mais maduro, compotado.
Boca com bom volume e com boa acidez. Continua com a fruta tropical, também na companhia de fruta um pouco mais pesada, mais madura. Tudo num perfil agridoce. Bom final, com fruta a boa frescura.
Temos aqui um vinho que foge aos vinhos intensos e frutados, mas mantém durante a prova uma atitude mais moderada, com a fruta a aparecer, mas um pouco mais pesada, menos óbvia, mais austera. Feiro principalmente para acompanhar comida, onde se portará muito bem. 15,5.
publicado por allaboutwine às 13:44 | link do post | comentar | ver comentários (3)
Terça-feira, 20.10.09

Comenda Grande Polémico tinto 2005

A estreia deste vinho deu-se em 2004, e desde logo que, pelo seu nome, causou alguma curiosidade nos consumidores. Podermos concluir que a polémica gerada à volta deste vinho advém das duas castas utilizadas, o Cabernet Sauvignon e o Syrah que, apesar de serem (já) muito utilizadas no Alentejo, é raro serem usadas juntas, em forma de dueto. Duas castas internacionais, duas castas francesas no Alentejo. Polémico, porque desde início da vinificação que as opiniões acerca deste vinho se dividiram, tornando impossível ficarmos indiferentes perante a sua presença.
As duas castas foram vinificadas juntas e após estágio em barricas novas de madeira de carvalho francês durante 12 meses é engarrafado e apresentado ao público.
Sai da garrafa com uma cor muito escura.
A aroma mostra-se concentrado e intenso. Muito fumo e notas tostadas no meio da fruta, que nos faz lembrar cerejas. O lado mais vegetal do Cabernet também se mostra, com notas de pimento verde (não muito) e com ligeiro toque floral.
Boca gorda, encorpada e com uma boa acidez. Continua muito marcado pelas notas tostadas, agora com a fruta mais faladora, mais viva. Temos ainda chocolate preto, amargo, um pouco químico a lembrar azeitonas pretas, e um toque floral. Final longo e intenso.
Temos aqui um vinho realmente controverso. Um perfil complicado, com muita tosta, quase a lembrar um vinho "Novo Mundo". Para se mostrar, precisa de arejamento, precisa de tempo em garrafa. Bebi-o dois dias depois de o ter aberto e apresentava-se melhor, mais aberto, com a fruta mais notória e mais "alentejano". Sem dúvida que estamos na presença de um bom vinho, mas atenção ao perfil, poderá chocar aqueles que se afastam dele. A nota é dada mediante o estado do vinho neste momento, podendo aumentar com mais algum tempo em garrafa. Assim o espero. 16.
publicado por allaboutwine às 14:39 | link do post | comentar
Segunda-feira, 19.10.09

Quinta da Terrugem tinto 2006

A Aliança, antigas Caves Aliança, é um dos nomes grandes de Portugal no que toca a vinho. Sediada na Bairrada, tem vinha em praticamente todas as regiões mais importantes de Portugal. Todos conhecemos e ninguém fica indiferente a vinhos como o Quinta dos 4 Ventos Reserva, o T de Terrugem, o Quinta da Garrida Touriga Nacional e o Quinta das Baceladas apesar da juventude das marcas, cerca de 10 anos. São os topos de gama da Aliança, mas os vinhos que estão logo abaixo também têm muita qualidade, como veremos nesta prova.
Falamos agora neste vinho, o Quinta da Terrugem colheita. Depois do Alabastro e Alabastro Reserva é este vinho que aparece. Mereceu todo o cuidado na escolha das uvas e no estágio que teve em barricas durante 12 meses. as uvas escolhidas foram o Aragonês, a Trincadeira e o Alicante Bouschet.
Cai no copo com uma cor muito escura.
Aroma intenso e concentrado, com notas de fruta madura a lembrar ameixas, alguma compota. Temos depois aromas balsâmicos, alguma resina. O estágio em madeira deu-lha notas achocolatadas, de folhas de tabaco e de ligeira tosta.
Boca encorpada e com boa acidez. Fruta madura, compotas, logo seguido de chocolate e tosta. Ligeiro balsâmico. Final longo e guloso.
Nem todas as segundas marcas são vinhos que nos fazem pensar, vinhos que poderiam ser perfeitamente um vinho de topo. Este alentejano tem bastante qualidade, boa complexidade e tem tudo para agradar ao mais céptico. Por cerca de 10 euros podemos beber um vinho que nos deixará satisfeitos e que preenche o ego. É uma bela aposta, este Terrugem. 16,5.
publicado por allaboutwine às 15:00 | link do post | comentar
Domingo, 18.10.09

Quinta das Marias Encruzado branco 2008

Um branco português, um branco do Dão, um branco de uma grande casta, da qual podemos e temos de nos orgulhar. A Quinta das Marias é dos sítios onde ele é bem tratado, onde existem dos melhores exemplares da casta.
Sendo o ano de 2008 uma referência, uma ano propício a belos vinhos, este Encruzado não podia fugir à regra.
No produtor existe a versão com e sem barrica, duas maneiras de apresentar a castas, ambas com virtudes e com o seu espaço próprio. Este que temos em prova não tem estágio em barricas.
Tem uma cor amarelo citrina.
Arma intenso, com muitas flores brancas, acompanhadas de fruta, como ameixas maça ácida e uma faceta mais citrina a lembrar limão e lima. Alguma seiva.
Boca com bom corpo e uma bela acidez. Muito citrinos e alguma maça, bem envolvidos em flores e notas mais minerais. Final longo e muito fresco.
Temos aqui um vinho muito característico da casta, com grande frescura, cristalino, de empatia imediata. Nada de excessos, antes a pureza e transparência de um belo Dão. Uma bela aposta. 16,5.
publicado por allaboutwine às 14:14 | link do post | comentar | ver comentários (3)

mais sobre mim

pesquisar neste blog

 

Outubro 2009

D
S
T
Q
Q
S
S
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
13
14
15
16
21
22
28
29
31

posts recentes

últ. comentários

  • Olá Miguel,Sou leitor atento do teu blog e não res...
  • Aqui parece que não concordamos. Eu acho este 2007...
  • José Diogo,É realmente um belo porto com um grande...
  • Olá André.Sê vem vindo a esta humilde casa. Fiquei...
  • Também o achei bem austero na abertura. Ao princíp...
  • Oi Miguel, muito de acordo com o teu descritivo, u...
  • interessante.
  • Nesta prova já não concordo assim tanto, pessoalme...
  • Completamente de acordo com esta nota de prova!Ali...
  • Bom dia, estamos a lançar um projecto de blogue de...

Posts mais comentados

arquivos

tags

todas as tags

links

subscrever feeds