Quarta-feira, 30.09.09

Monte Velho tinto 2008

Não vou apresentar este vinho, seria chover no molhado. Talvez o vinho mais conhecido em Portugal e dos portugueses.
Por querermos provar tantos vinhos, das mais variadas regiões, provar os vinhos que estão na moda, os que têm críticas favoráveis, por vezes esquecemos aqueles que sempre os acompanharam, aqueles com que começámos a tentar provar/beber coisas melhores e com mais qualidade. O Monte Velho é um desses casos, um autêntico vinho de domingo.
Foi feito com as castas Trincadeira, Aragonês e Castelão e teve um leve estágio em madeira para arredondar o vinho.
Cor escura, jovem. Aroma com boa intensidade, com algumas notas tostadas, bem acompanhadas de fruta a lembrar morangos, groselhas, ligeira compota. Boca de corpo mediano, assim como a acidez. Continua com a fruta de cor vermelha, com os morangos, as framboesas e as groselhas. Bom final de boca, com fruta.
Temos aqui um vinho que não decepciona ninguém, que mantém a qualidade ano após ano, que é um abrigo quando não se quer gastar muito dinheiro.
Não tenhamos preconceitos em dizer que bebemos e provamos Monte Velho, é um bom vinho e que faz a delílcia de muita gente. 15.
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Vinha da Defesa rosé 2008

Já que o calor não nos dá tréguas, volto aos rosés e neste caso a um que, geralmente, está no topo das escolhas dos nossos críticos. Uma referência dos rosés nacionais.
A imagem, como já vimos no branco, está diferente e assenta mesmo bem com a cor rosada do vinho. Dá um efeito muito bonito.
Com as uvas Aragonês e Syrah com a idade média de 8 anos, vinificação e estágio em inox, a Herdade do Esporão brinda-nos com um vinho de cor rosa escuro. Aroma intenso a frutos vermelhos a lembrar framboesas e groselhas, acompanhadas de um ligeiro toque mineral. Boca de médio corpo e boa acidez. A fruta continua a lembrar groselhas e framboesas. Final mediano, com toque adocicado mas fresco.
Como se esperava, a qualidade está lá, a comprovar uma vez mais que este produtor não brinca em serviço e que podemos confiar plenamente. Um belo rosé, frutado, toque adocicado, mas com uma frescura que compensa bem a goludice. Está no pelotão da frente dos rosés portugueses. 16.
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Adeus António Carvalho


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Domingo, 27.09.09

Adegaborba.pt Reserva tinto 2005

De volta ao Alentejo e a um vinho que está na sua segunda edição. Depois da estreia em 2004, e pode-se dizer que foi um estreia em grande, com o vinho a entrar logo para o topo e ombrear com os topos do Alentejo, provamos então a versão 2005 que é a que está no mercado.
O vinho foi feito com as castas de vinhas velhas da região, onde temos a Trincadeira, com cerca 75%, Cabernet Sauvignon, com 15% e ainda 10% de Alicante Bouschet. Estágio em barricas de carvalho francês e americano durante 12 meses e mais 12 meses em garrafa.
Tem uma cor escura. Aroma intenso, com notas de fruta compotada, amoras, ameixas. Temos ainda chocolate, folhas de tabaco, ligeito toque vegetal a lembrar pimento verde. Boca encorpada e com uma bela acidez. Frutada tal como o aroma, acompanhada de ligeiras notas de pimento, tabaco, caixa de charutos, chocolate em pó. Final longo e guloso.
Temos aqui um vinho com características típicas do Alentejo. Com boa complexidade e frescura. Por cerca de 10 euros podemos beber um vinho com qualidade e que certamente dará muitas alegrias à mesa. Muito bem. 16,5.
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Sábado, 26.09.09

Prova Ramos Pinto




Ocorreu no passado dia 24 uma prova da Ramos Pinto no CCB. Um bela oportunidade de provar as novas colheitas, algumas novidades e algumas colheitas mais antigas. Um verdadeiro deleite. Após um pequeno discurso de João Nicolau de Almeida, passámos então à prova.

Duas Quintas Reserva branco 2008 - Uma verdadeira novidade, primeira colheita deste vinho. Um vinho que teve estágio em barricas e que se nota no aroma. Amendoas, muito citrino e vegetal, toque abaunilhado. Boca gorda, bela acidez, muito citrino no palato, mineral, amendoas. Gostei muito do vinho. 17.

Duas Quintas tinto 2007 - Um vinho muito frutado, com toques vegetais e florais. Alguma baunilha. Boca encorpada, fresca, taninos activos. Frutada e vegetal a lembrar mato rasteiro. Um bom vinho. 16.

Duas Quintas tinto 2004 - Fechado no aroma. Fruta doce, compotada, canela em pau. Boca redonda e acidez mediana. Confirma o nariz. Gostei. 16.

Duas Quintas tinto 1994 - Um vinho marcado pela idade que tem. Fruta passificada, caramelo, algum fumo, mato rasteiro. A boca está um pouco plana, em que os sabores confrmam o aroma. Ainda se bebe muito bem. 15.

Bons Ares tinto 2007 - Um vinho frutado, com toques adocicados e um pouco vegetais. Igualmente na boca encontramos muita fruta, vegetal com um toque apimentado. Um duriense onde o Cabernet lhe dá algum exotismo. 15,5.

Bons Ares tinto 2004 - Fruta madura, vegetal , algo químico. Boca licorosa, e vegetal. Um vinho que está numa fase boa. 15.

Bons Ares tinto 1995 - Aromas licorosos, apimentados e abaunilhados. Boca ainda com boa frescura e a confirmar o que encontrámos no nariz. 15.

Ramos Pinto Collection tinto 2007 - Um vinho que ainda não está no mercado. Pleno de fruta franca, flores. Boca gulosa e fresca, com muita fruta e toque de flores. Ainda com um toque vinoso. Um belo vinho. 16,5.

Ramos Pinto Collection tinto 2006 - Mais calmo que o anterior, com a fruta e as flores bem integradas, com toque de baunilha. Ligeiro mineral. Numa bela fase para ser degustado. 16.

Ramos Pinto Collection tinto 2005 - Primeira colheita deste vinho. Um pouco fechado, com toques químicos, azeitona preta, vegetal, um pouco de fruta. Está numa fase díficil. 15.

Duas Quintas Reserva tinto 2007 - Um belo vinho, com aroma concentrado, fruta madura, chocolate, menta, ligeira tosta. Algumas notas de mato rasteiro. Boca encorpada e elegante. Gostei muito. 17,5.

Duas Quintas Reserva tinto 2000 - Já com alguma idade, apresenta notas balsâmicas, fruta passificada, vegetal, cacau e algumas notas florais. Encorpado e fresco. Numa boa fase de consumo. 17.

Duas Quintas Reserva tinto 1994 - A estrela da noite. Numa fase espantosa. Notas de flores secas, compotas, marmelada, chocolate em pó, figos secos. Boca encorpada e fresca. Um vinho com uma complexidade muito grande. 18,5.

Duas Quintas Reserva Especial tinto 2007 - Muito concentrado, jovem, com fruta escura, toques químicos e balsâmicos. Encorpado e muito fresco. Um vinho ainda muito jovem mas com uma capacidade enorme. 17,5.

Duas Quintas Reserva Especial tinto 2004 - Belo aroma. Flores secas, mato rasteiro, alfazema, estevas, fruta gulosa e ponta de chocolate. Boca encorpada e gulosa. Um belo vinho, numa fase muito boa. 17.

Duas Quintas Reserva Especial tinto 1995 - Outro grande vinho. Aroma complexo, com notas de flores secas, fruta passificada, chocolate de leite, menta, compotas várias. Boa encorpada e bastante fresca. Vinho de nível mundial, belíssimo. 18.

Foi uma prova bastante didática, que serviu para ver como os vinho da Ramos Pinto envelhecem, e como vemos, fazem-no de forma espectacular. Alguns deles são verdadeiros vinhos de classe mundial e ao nível dos melhores. Resta-me agradecer à Ramos Pinto e a João Nicolau de Almeida pelo prazer que me deu ao provar os seus vinhos. Grande prova.

publicado por allaboutwine às 12:29 | link do post | comentar
Quarta-feira, 23.09.09

Dona Ermelinda branco 2008

Depois da boa estreia em 2006, passando pelo menos conseguido 2007, chegamos à colheita de 2008.
A gama Dona Ermelinda é conhecida pela sua boa qualidade a preços baixos, tanto no branco como no tinto. São vinhos perfeitos para o dia a dia, embora inseridos numa região onde não é fácil a sua venda em Portugal. O consumidor olha essencialmente para o Alentejo e Douro.
Passemos ao vinho. Foi feito com as casta Fernão Pires, Arinto e Chardonnay. Estágio em inox.
Tem uma cor citrina. Aroma de intensidade mediana. Notas citrina a lembrar limão, a par de algum vegetal. Depois vêm as ameixas e toque de pêssego. Boca de volume mediano e boa acidez. Mantém as notas citrinas do nariz, com toques de pêssego e ameixas. Bom final, com frescura.
Temos aqui um bom vinho para o dia a dia, com qualidade e alguma personalidade. Bom para pratos leves, peixes ou saladas. Mais um bom produtos da Casa Ermelinda Freitas. 15.
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Terça-feira, 22.09.09

Prova Ramos Pinto


A Casa Ramos Pinto leva o Douro a Lisboa... Dia 24 de Setembro, quinta-feira, entre as 19h00 e as 23h00, Sala Fernando Pessoa, Centro Cultural de Belém: Venha provar algumas das mais emblemáticas colheitas do Duas Quintas Clássico, Reserva, Reserva Especial, Bons Ares e também do novo Collection! A entrada é livre e a prova contará com a presença e comentários de João Nicolau de Almeida! Esperamos por si! Fique conosco o tempo que quiser...
Nota: informação retirada do Blog Copo de 3.

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Segunda-feira, 21.09.09

Prova Niepoort

Após amável convite da Niepoort, fui, na companhia do João (Copo de 3), à prova dos novos vinhos que estão a entrar no mercado. Os brancos de 2008 e os tintos de 2007.




Tenho de admitir que foi a minha estreia no Douro, uma falha grave neste meu curto caminho de enófilo. Fiquei rendido à sua beleza, que nos deixa sem palavras, muito pequeninos face à sua grandeza. Já a Quinta de Nápoles se avistava, após passagem breve pela Régua.




Encontrámo-nos com o mui famoso Pingus Viniciuis no estacionamento. Arrancámos de copo em riste para a adega. Na companhia de outros enófilos e guiados pelo Dirk e o Luis Seabra, visitámos o centro de vinificação, provámos vinhos no início da fermentação e vinhos em estágio nas barricas.





Várias bases dos vinhos de 2008 e também um vinho de uma barrica que serva para temperar outros vinhos, um vinho feito de vinhas muito velhas, que ultrapassam os 100 anos.





Passámos depois à prova de um Vintage de 2007 ainda em barrica, o Pisca. Um vinho que não estagia nos gigantescos balseiros usuais, mas sim em exemplares mais pequenos para assim oxidar mais depressa. Dirk explicou que, apesar de perder alguma fruta, assim o vinho terá mais condições para durar mais tempo.






Seguiu-se a prova para qual fomos convidados, os brancos 2008 e os tintos de 2007. Após breve explicação de Dirk, condições dos anos, opiniões na primeira pessoa, passámos ao assalto aos vinhos. E eles eram muitos.




Desde o Tiara até ao Redoma Reserva, passando pelo polémico mas muito concensual na prova, o Navazos. Nos tintos percorremos toda a gama, com destaque para a cada vez mais conseguida elegância dos vinhos Niepoort. Provámos também alguns dos vinhos das apercerias de Dirk, como o Om Let, neste caso com Telmo Rodriguez. Andou por lá um desconhecido Cabernet duriense da autoria de Jorge Moreira.



Veio o almoço, um excelente cabrito, e com ele vieram vinhos novos, espanhóis e franceses. Andaram por lá uns El Pecado, Ultreia, Jamet...enfim, um puro deleite. Para sobremesa, a acompanhar a doçaria, estava o belíssimo Vintage 2007 e uma oferta generosa de Dirk, o Garrafeira 1977. Sem palavras.




Chegava o fim, entre conversa, risadas de contentamento, outros combinaços. A foto para a posteridade. O telefonema para o Roseira e a partida para o Infantado.

Obrigado Dirk, Luis e João Rico.

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Quarta-feira, 16.09.09

Vinha da Defesa branco 2008

Provamos mais um vinho da Herdade do Esporão, neste caso o Vinha da Defesa 2008 na sua versão branca. À semelhança das outras referências, a imagem dos Vinha da Defesa também mudou, e na minha opinião, para melhor. Está um rótulo bastante atrativo e de tremendo bom gosto, o que reforça a liderança desta empresa em Portugal no que toca a imagem e qualidade.
Esta versão de 2008 tem as castas Arinto, Antão Vaz e Roupeiro, de vinhas com idade média de 15 anos. O processo de vinificação foi através de desengace, choque térmico, maceração pelicular, prensagem, decantação de mostos, fermentação com temperaturas controladas em cubas de inox, centrifugação, estabilização e filtração.
Sai da garrafa com uma cor amarela citrina. Aroma de média intensidade, com notas de fruta tropical a lembrar mangas e kiwis. Temos também pêssegos e melão maduro. Boca de médio corpo e boa acidez. Os frutos tropicais marcam o palato com liderança de manga. Toque floral.
Temos aqui um vinho pleno de fruta e frescura. Um vinho que acompanha de perfeição os vários petiscos de Verão, mas também pratos mais sérios, como por exemplo uma sopa de peixe. Muito bem, um belo vinho. 16.
publicado por allaboutwine às 14:20 | link do post | comentar

Quinta do Vesuvio tinto 2007

A grande novidade dos últimos tempos no panorama vínico português. Um vinho de uma das mais emplemáticas quintas do Douro, o Vesuvio.
Segundo o produtor, "A Quinta do Vesuvio é a mais espectacular das Quintas do Douro. Localizada nos limites orientais selvagens e serenamente belos do Douro Superior, 120 quilómetros a leste da cidade do Porto e a 45 quilómetros de distância da fronteira com Espanha, a Quinta do Vesúvio ergue-se sozinha na imensidão absoluta da paisagem. A Quinta do Vesúvio foi implantada na primeira zona vitivinícola da região demarcada do Vinho do Porto, a mais antiga região vitivinícola demarcada do mundo, cujos limites foram estabelecidos em 1756. Esta grandiosa propriedade domina um sítio espectacular na margem sul do rio Douro, entre os castelos de Numão e Lavandeira, edificados para controlar o curso do antigo rio nos séculos XI e XII. As suas extensas vistas são famosas e frequentemente utilizadas para descrever a fantástica beleza do Douro.
O formidável terroir da Quinta do Vesuvio é definido por uma combinação única e complexa de microclimas e características do solo, ideal para produzir as uvas utilizadas na confecção do Vinho de Porto e outros vinhos
."
Depois das marcas Altano e Chryseia, o grupo Symington lança os seus primeiro vinho de Quinta, o Pombal do Vesuvio e este vinho que temos em prova, ambos de 2007.
Feito com as tradicionais castas do Douro e estagiado em barricas de carvalho francês, cai-nos no copo um vinho de cor muito escura. Aroma intenso e algo vidrado. Grande frescura da fruta, com muitas cerejas, com grande concentração, fino e especiado. Boca muito encorpada mas com grande elegância e muito fresca. A fruta aparece concentrada, com toque minerais. Final de boca muito longo e complexo.
Este vinho impressiona pela sua complexidade, pela sua elegância, pela sua finura. Apesar da sua concentração, não perde a compostura e mantêm-se sempre altivo e aristocrata. Ainda está um pouco fechado, vai melhorar em muito em garrafa.
Um grande vinho do Douro, um grande vinho de Portugal. 18,5.
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