Quinta-feira, 26.02.09

Vinhos baratos que gostei






São alguns vinhos que tenho bebido no meu dia a dia, tentando relaxar depois de um dia de trabalho. São vinhos baratos, sem grandes pretensões, mas que na minha opinião fazem muito bem o papel deles. Quase todos eles custam menos de 5 euros (menos o Conventual Reserva), o que hoje em dia ajuda muito no orçamento. Dão prazer e é isso que interessa. Se souberem de mais, mandem brasa.
publicado por allaboutwine às 12:34 | link do post | comentar | ver comentários (6)
Quarta-feira, 25.02.09

Guardar vinhos

Quem se interessa por isto, pelo prazer do vinho, pelo prazer da prova, sabemos que muitos dos vinhos que compramos, e quase todos eles de colheitas recentes, estão aptos para viver mais uns anos na nossa garrafeira. São vinho que quando novos são muito gulosos, já para não falar nos Porto Vintages, mas que ganham muito em estar uns anos a hibernar.
A questão que coloco neste post é saber como é que os vamos guardar a todos! Salvo exepções, moramos num andar com poucas condições para guardar vinho sem ser na dispensa ou arrecadação. Podemos, claro, comprar um armário climatizado, mas os seus preços e a quantidade de garrafas que queremos guardar resfria-nos logo a ideia. Sendo assim, não temos condições ótimas para a longa guarda de um vinho que nos custou os olhos da cara e que sabemos que irá estar perfeito daqui a 20 anos.
Outra questão é a da paciência. Que é que tem (eu não a tenho!) de guardar um vinho que nos custou 60 euros e que estamos em pulgas para o provar?
Mas a quem me deixa mais confuso é a questão do avolumar das garrafas. Passo a explicar. Com tantas marcas novas a surgir, com as marcas (muitas) que gostamos a sair colheita após colheita, com aquelas que compramos sem provar e sabemos que não está no seu melhor momento e também as guardamos, com aquelas que dizem que o vinho irá estar divinal daqui a 4 anos...
Se quisermos fazer uma garrafeira com 150 vinhos, a este ritmo, passado um ano estamos com 300 garrafas ou mais e pior, sem tempo para bebe-las.
A minha resposta foi a isto foi deixar de comprar vinhos enquanto não vazava um pouco a minha garrafeira. Já tinha vinhos debaixo da cama...
É uma tarefa complicada gerir isto, não é?
publicado por allaboutwine às 05:49 | link do post | comentar | ver comentários (8)
Domingo, 22.02.09

Dona Matilde 2007

Saúda-se sempre o aparecimento de novos projectos, que tragam alguma mais valia e que não sejam mais um entre tantos. São muitas as marcas novas, quase anualmente temos novos projectos, alguns deles megalómanos, que me fazem pensar qual o seu futuro, como é que conseguirão subsisitir com tanta concorrência, já sem falar dos vinhos no novo mundo que nos chegam com preços muito competitivos. Mas a guerra será no estrangeiro, nas exportações e aí é extremamente dificil combater os vinhos feitos em grande escala, com preços apelativos e com qualidade. Não é com certeza um mercado fácil nem uma área de negócio em que arrisquemos de ânimo leve.
Isto tudo para falar de um vinho tinto que provai recentemente. Já tinha provado há tempos o branco de 2007, agora é o tinto do mesmo ano.
Desde logo impressiona pela cor escura e peloas aromas muito frutados e envolvidos em baunilha e flores frescas. Fundo rezinoso e algum eucalipto. Boca encorpada e muito boa acidez. Mantém aquilo que encontramos na boa. A fruta, a baunilha e as flores. Belo conjunto. Final longo e saboroso.
No seguimento do branco, a sua versão escura é mais um tiro certeiro. Boa complexidade e cheio de vontade de agradar. Está prontissimo a beber. 16.
publicado por allaboutwine às 11:21 | link do post | comentar
Sexta-feira, 20.02.09

Dualidades

Venho expôr uma questão em que tenho gasto alguns minutos a pensar.
Antes de mais, devo confessar que é um assunto que me faz um pouco de confusão.
Li no guia Vinhos de Portugal do JPM, que para mim é uma referência, na prova do vinho alentejano Ikon d'Azamor 2004, que é um vinho muito caro dada a (pouca) idade das vinhas. O vinho em causa custa mais de 50 euros no retalho e a vinha foi plantada recentemente na zona de Vila Viçosa. Ora, podemos aceitar a critica. Como é que um vinho, cuja vinha ainda é precoce, pode originar um preço só aceite em vinhos com história, vinhos com pedigree, vinhos com cartas dadas. Acontece que a nota que o provador deu foi de 17,5. Uma bela nota para um vinho que não pode custar 50 euros, para um vinho que não tem direito a custar 50 euros.
Concordo que já são demais os vinhos a aparecer com preços destes, muitas vezes sem qualidade para tal, muitas vezes a quererem ser grandes sem o ser, mas a grande questão é que para um vinho com nota de 17,5, o vinho é muito caro e para uma nota de 16,5 num vinho ainda mais caro, não existe uma só critica negativa. Estou a falar por exemplo do Vale Meão 2006. Um vinho com uma nota de 16,5 e que custa 60/70 euros já não é caro?
Sejamos justos, os vinhos são caros, mas temos de os analisar todos pela mesma batuta e pela qualidade e prazer que nos dá na prova, independentemente da região, produtor, idade de vinhas, etc., ou será que esses factores podem influenciar a nossa visão sobre um vinho? Eu acho que não.
publicado por allaboutwine às 10:48 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Quinta-feira, 19.02.09

A opinião livre

Então o Sr. João Geirinhas resolveu opinar no recente espaço da Revista Vinhos, a quem desde já dou os parabéns pela iniciativa porque já fazia falta para dar apoio à edição escrita, e fê-lo da maneira mais tendênciosa possível. Está bem que devemos vestir a camisola da nossa empresa, do sitio que nos paga, mas a critica tem limites, sobretudo quando é feita com uma total falta de respeito por quem gosta e tenta aprender sobre o mundo dos vinhos. Nunca, na minha curta experiência vinica, vi um blog falar mal da maneira de provar e da maneira como cada um sente o vinho, como o Sr. Geirinhas fala dos bloggers. É uma pena, dada a responsbilidade que este senhor tem no sector.

Muitos de nós andamos nisto por gosto, por amor, e a coisa não fica nada barata, nada mesmo. Podemos criticar contrutivamente, de forma a melhorar, para acender uma discussão produtiva, e não para proveito próprio ou pelo simples gosto de dizer mal.

Tenho a maior admiração pelos provadores da RV, aliás, tenho-me guiado por eles nas minhas compras, e acho qe não precisam deste tipo de publicidade, deste tipo de "guerras", de alguém a quem não reconheço mérito nem provas dadas para tal.

Caro Sr. João Geirinhas, não receie os blogs, não receie a sua frontalidade e a sua independência. Eles vieram para falar de vinho, para discutir o vinho de uma forma autêntica e livre. Fazem-no por gosto, e não para combater poderes instalados.

Eles vieram para ficar, caso goste ou não.
publicado por allaboutwine às 12:06 | link do post | comentar | ver comentários (4)
Sexta-feira, 06.02.09

Kopke Reserva 2006

Há muito que tinha esta prova em aberto, que tinha este vinho para descrever no blog.
Tem sido uma semana de grande agitação no meio dos blogs, mas com o bom senso de todos chegaremos a bom porto.
Voltei ao Douro e a um vinho da Songevinus. É uma marca recente, aqui na versão Reserva, o topo de gama da marca. São vinhos que apresentam um grande preço no retalho, tanto os DOC como os Reserva e são muito apelativos ao consumidor.
Este tinto de 2006, feito com as tradicionais castas locais, tem uma cor escura e aromas frutados e alguns a lembrar a sua versão seca. Encontramos também balsâmicos a cera e chocolate. Boca com bom corpo e boa acidez onde sa nota a fruta e os toques balsâmicos. Tem o final longo e complexo.
Temos aqui um vinho bastante apelativo, que se bebe com bastante prazer e o bom é que podemos fazer várias vezes devido ao seu preço, cerca de 10 euros.
Mais um belo produto de combate português e duriense. 16,5.
publicado por allaboutwine às 12:22 | link do post | comentar
Quinta-feira, 05.02.09

Guru 2006

Um dos nomes grandes do Douro, que todos os anos nos brinda com grandes vinhos, que tem como expoente maior o Pintas, um dos mais requesitados e difíceis de encontrar vinhos portugueses. O Guru é a versão branca do Pintas, um vinho de vinhas velhas, um vinho que devido ao seu preço é destinado a momentos especiais, momentos de pura enofilia.
Arrisquei neste vinho sem o provar antes, mas arrisquei com alguma dose de certeza. Este vinho só poderia ser uma boa compra, dado ser considerado pelos criticos, como um dos melhores brancos de Portugal. Não me enganei.
Proveniente de vinhas velhas de castas tradicionais do Douro, com predominância de Viosinho, Gouveio, Rabigato e Códega. Estagia em barricas de carvalho francês. Apresenta-se com uma cor citrina, jovem. O aroma é bem intenso, com entrada de notas abaunilhadas, caramelo, chocolate branco. A fruta aparece tropical, com lembranças de banana, ananás e manga. Alguns alimonados. O fundo é mineral, com notas de pó de talco. Boca com um belo corpo, muito boa acidez. O paladar mostra-nos a baunilha, frutos secos, caramelo, chocolate branco e a fruta tropical. Final longo e complexo.
O que posso dizer? que gostei muito deste vinho, que ele é um fora de série. Está numa fas muito boa, onde se nota a madeira mas sem esmagar a fruta e com uma bela acidez, que juntamente com o corpo, nos diz que temos vinho para uns bons anos. Não será do agrado de todos, mas do meu é de certeza. 18.
publicado por allaboutwine às 12:48 | link do post | comentar

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