Continuo a beber
Bebi durante esta semana uns tintos porreiros, entre alentejanos e durienses. A minha passagem pelos brancos foi fraquinha, tendo só bebido um Vinhas Altas 2007, um verde da Cavipor, que se apresenta bem feito, bom para o quotidiano. A minha mulher gostou.
Numa semana difícil para todos nós, em que se provou que Queirós foi um erro de casting (nada que não estivesse à espera), ficou a vergonha de termos levado 6 do Brasil. Nas notícias só vemos problemas e previsões de tempos difíceis. Nada como uns bons vinhos para nos alegrar e fazer esquecer tudo isto. Bebi três alentejanos e três durienses. Começando a norte, comecei com um Passagem 2005, uma parceria entre a Quinta de La Rosa e Jorge Moreira. Um belo vinho, elegante e com uma bela fruta. Gostei. Continuei com o Campo Ardosa 2004. Achei o vinho um pouco difícil, com uma acidez elevada. Bebe-lo agora, só com um prato que lhe faça frente, um prato com um índice de gordura elevado. Acabei o Douro em grande, com um Quinta das Tecedeiras Reserva 2003. Foi uma pena tê-lo aberto neste momento. Está numa grande forma, cheio de força, dá prazer, mas vai melhorar muito. É uma grande relação preço/qualidade. Aconselho a guardar.
No lado dos alentejanos, a minha escolha recaíu sobre a colheita de 2005 do topo de gama da Casa Santa Vitória, o Inevitável. Está uns furos abaixo do 2004. mas não deixa de ser um belo vinho com um bom futuro pela frente. Continuei com um vinho que está longe das luzes da ribalta, um vinho que não é muito conhecido, pelo menos por mim, o Dorina Lindmann Reserva 2004, com um blend de Aragonês e Touriga Nacional. É um vinho encorpado, floral e frutado. Gostei. Acabei num Herdade do Meio Homenagem 2004. Mais um vinho que não deveria ser bebido neste momento ou então ter acompanhamento a preceito. Tem uma acidez elevada, aromas frutados, vegetais e terrosos. Um vinho diferente, um vinho a conhecer.
Assim se passaram mais uns dias com belas companhias, com vinho que me deram prazer beber e provar. Assim dá gosto.