Domingo, 29.04.07

Continuando com os brancos...

Fim de semana. Tempo para descansar, para conviver. O tempo começa a estabilizar e já cheira a Verão. Por falar em bom tempo e em Verão, abri dois brancos. Dois brancos que me deram prazer, cada um no seu devido lugar, segmentos diferentes, estilos diferentes. Estou a falar do Soalheiro 2006 e do Couteiro-Mor 2006. O primeiro, feito de uma só casta, Alvarinho, para muitos a melhor casta branca portuguesa, e o segundo, um blend de cinco castas, Antão Vaz, Chardonnay, Roupeiro, Arinto e Fernão Pires. Embora com a mesma graduação alcoólica, 12.5º, têm estilos completamente diferentes. O Solheiro apresenta-se muito mineral, a abrir para frutos tropicais, vegetal cozido. Na boca sente-se uma grande acidez, crocante, muito intenso e com um longo final. O Couteiro-Mor é um vinho mais delicado, menos intenso. Com notas de frutos tropicais, sedoso. com boa frescura. Feito para agradar e agradou mesmo. Apresenta uma solidez muito forte de ano para ano. Melhor compra na RV desde 2001. É obra.
Gostei de provar e beber estes vinhos, cada vez mais gosto.
Soalheiro 2006: 16.5.
Couteiro-Mor 2006: 15.
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Quinta-feira, 26.04.07

Amantis 2004

Amantis, em latim quem ama. Em honra do amor de D. João v por Dona Maria, senhora da corte a quem o Rei ofereceu esta Quinta, onde hoje são vinificados os vinhos que têm o seu nome e, acima de tudo, em honra de quem sente a mesma paixão do que nós.
Este vinho, saído da zona de Estremoz, do mesmo produtor que faz o Dona Maria, Julio Bastos, antigo produtor de uma das grandes marcas do Alentejo, Quinta do Carmo, vem homenagiar o amor, não só ao vinho, mas a todos os que amam e são amados. Já diziam os Beattles, All you need is love. E é mesmo verdade.
Esta pinga custou-me 13€ e após prová-lo, vejo que foram bem dados. Tem uma côr escura, notas frutadas, toque vegetal do Cabernet a dar-lhe complexidade. Muito boa frescura na boca, bom corpo mas sem perder a alegância. É certamente do agrado da maioria dos consumidores. 16.5
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Segunda-feira, 23.04.07

Quinta de Cabriz Touriga Nacional 2003

Aconselhado sobre o "timming" de abertura deste vinho pelo meu blog amigo Copo de 3, abri esta garrafa. É mais um vinho da Dão Sul provado pelo Pingamor, melhor, é mais um grande vinho da Dão Sul. Este extreme de Touriga Nacional apresenta uma côr carregada, opaca no centro. Nariz com uma bela fragância, onde surgem flores primaveris, fruta vermelha fresca, tudo muito bem envolvido na madeira. Boca com grande frescura, caracteristica do Dão, elegante, taninos a dizer que ainda temos vinho para mais uns anitos. É um vinho a apostar. 17.
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...e cá vão mais 2 brancos

Desta vez fiz uma visita à Bairrada para beber brancos de dois dos mais importantes e carismáticos produtores bairradinos. São eles o Luis Pato e o Carlos Campolargo. O tempo estava quente e mesmo com com uma grelhada de porco apeteceu-me refrescar a goela com vinho branco. E olhem que correu bem....
Os vinhos bebidos foram o Vinhas Velhas 2004 do Luis Pato e o Arinto 2005 do Campolargo.
O vinhas Velhas, feito com Bical, apresentava 12º de álcool, o que só por si chamou-me a atenção para este vinho. Tem o nariz marcado pela madeira onde estagiou, notas fumadas, muito elegante, fresco e com alguma viscosidade na boca. Está muito bem feito. O Arinto, além de apresentar também notas abaunilhadas e fumadas, sentia-se um pouco mais a fruta, dando-lhe mais complexidade. Na boca sentia-se uma grande frescura, bom corpo, envolvente. Gostei muito. São dois vinhos que, parece-me a mim, vão evoluir bem em garrafa.
Luis Pato Vinhas Velhas 2004: 16.5.
Campolargo Arinto 2005: 17.
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Domingo, 22.04.07

Catarina 2006

Com este calor só me apetetece beber vinho branco, e se possível, bom vinho branco.
É o caso deste Terras do Sado, feito com Fernão Pires e Chardonnay e estagiado parcialmente em madeira. Este vinho tem uma consistencia impressionante ao longo dos vários anos de vida. É um bom porto de abrigo para que não sabe o que escolher. E o preço também não assusta ninguém, 4/5 € numa grande superficie. Em relação ao liquido propriamente dito, tem uma cor amarela citrina. Mediano na intensidade aromática apresenta notas de fruta tropical, tomateiro, tudo muito bem envolvido em suave baunilha. Boca com bom volume, freca e persistente.
Gostei realmente deste branco. Vai ser um dos meus favoritos para esta temporada. 16.
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Quinta-feira, 19.04.07

Quinta da Casa Amarela 2003

Mais um Douro provado pelo Pingamor. Da famosa colheita de 2003 sai este tinto feito por duas senhoras, Laura Regueiro, a dona da quinta, e Susana Esteban, a enóloga.
Agrada-me a imagem do vinho, moderna, jovem, apelativa.
É o primeiro vinho que provo desta produtora e a experiência não foi agradável. Este DOC já passou sua melhor fase, já está na sua fase descendente. Pelo menos foi a sensação que a garrafa transmitiu-me. Fruta muito compotada, alguns aromas menos nobres. A boca é plana, chata, compotada com toque de chocolate. Sem frescura nenhuma. Será da garrafa?
Já agora dêem uma vista de olhos no site (aqui) da produtora, está bem feito, agradável, mas a informação não é muita. 14.
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Quarta-feira, 18.04.07

Monte da Cal Reserva 2004

Ele há vinhos assim, que são baratos para a qualidade que têm, que são fáceis de encontar, que nos dão muito prazer, que nos ficam no goto. Este Monte da Cal é um desses casos. Comprei-o numa grande superficie por cerca de 10€. Tanto o Reserva 2003 como o Aragonês tinham sido provados e aprovados pela RV. Nem pensei duas vezes, arrecadei uma garrafa e fui a correr para casa prova-la. O vinho faz parte do portfólio da Dão Sul, empresa esta que está a tornar-se numa das minha favoritas e com referência de qualidade. Grandes vinhos, sim senhor!. Este alentejano da zona de Fronteira é um vinho que merece os meus elogios. Tem uma cor escura, densa. Aroma inicialmente fechado, mas que com o tempo no copo foi evoluindo para notas abaunilhadas, fruta vermelha doce mas sem ser enjoativa, algum balsâmico que lhe transmite frescura. Boca gorda sem ser pesada, taninos integrados e acidez que equilibra o conjunto.
Penso que o vinho ainda vai melhorar com um estagio em garrafa.
Agora digam lá se por 10€ não vale a pena? Valeu para mim. 17,5.
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Terça-feira, 17.04.07

Outeiro da Águia Colheita Seleccionada 2004

Gosto muito deste produtor. Bons vinhos, excelente imagem. Penso que tem um futuro largo à sua frente, se continuar por este caminho. Tem três marcas de vinho, o Virtude, Outeiro da Águia e Herdade do Meio (o topo de gama).
Esta "Águia" não me convenceu. Aromas esquisitos, menos nobres. Melhor na boca, onde já se nota um pouco de fruta. Tem bom corpo e uma boa frescura.
Quero crer que tenha sido um problema na garrafa, mas não vou comprar de novo para ver, ainda por cima a 10€. 14.
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Duas Quintas Celebração Quinta de Ervamoira

A casa Ramos Pinto celebra o décimo aniversárioda anulação da decisão de construção da barragem no rio Côa. Este facto permitiu que se salvasse não só a Quinta de Ervamoira mas todo o património das Gravuras do Côa. Razão pela qual esta região foi classificada pela UNESCO como património da humanidade. Reconhecimento que veio dar um novo alento ao Douro e recompensar o esforço de todos os que, ano após ano, dedicam os seus dias àquela magnífica paisagem. A Quinta de Ervamoira, além de ser desde sempre considerada uma quinta modelo do Douro Superior, tem ainda trazido para Portugal as maiores distinções. Foi considerada a melhor paisagem vinhateira, e os vinhos ali produzidos como o Duas Quinta Reserva, arrecadou o troféu do International Wine Challenge e conjuntamente com o Porto 10 Anos Quinta de Ervamoira, recebeu várias medalhas de ouro deste e de tantos outros prestigiados concursos. Este lote foi especialmente elaborado para este comemoração e está pronto a ser bebido. Celebre connosco a perpetue este momento inesquecível para a Quinra de Ervamoira.
Isto é o que está escrito no contra-rótulo deste vinho, e quem sou eu para o negar. É um belo vinho sim senhor, digno desta comemoração. Reflete o Douro, fruta vermelha, mato rasteiro, mineral. Boca muito viva, fresca. Dá muito prazer a beber. Está nas grandes superficies a 13€. 17.
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Segunda-feira, 16.04.07

Quinta da Mimosa 2004

Já me tinham falado muito bem deste vinho, que tinha um boa relação preço/qualidade, que se batia com muitos vinhos mais badalados e mais caros. Um provador de renome deu-lhe tanta pontuação como o topo de gama desta produtora, o Leo d'Honor 2003. Tinha de comprar o vinho para comprovar toda esta qualidade. Calhou-me a colheita de 2004, e em boa hora o foi. Gosto cada vez mais dos vinhos da Ermelinda Freitas, até os vinhos mais baratos tem excelente qualidade e preços muito bons. Este Quinta da Mimosa não engana. Apesar da colheita ser recente no mercado, o vinho já está muito bom para provar e beber. Muita qualidade no aroma, carnudo, muito boa madeira, diria que até é um tanto exótico. Um Castelão extreme de excelente reportório (tenho de visitar mais vezes esta casta). O preço deste vinho ronda os 10€. Para mim, uma excelente aposta. 17.
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