S de Soberanas tinto 2004
Falando do néctar que temos em prova, ele foi prémio de excelência do ano 2007 da Revista de Vinhos, que para primeira colheita deste topo de gama foi uma surpresa, não pela falta de qualidade do vinho mas pela rápida ascenção da marca.
O S de Soberana tem as castas Trincadeira e Alicante Bouschet, o que não admira dada a enologia ser de Paulo Laureano, e estagiou 18 meses em barricas novas de carvalho francês.
O vinho sai da garrafa com uma cor muito escura. O aroma é intenso, com muitas notas balsâmicas provenientes do estágio em madeira. Muita cera. A fruta apresenta-se gulosa, com notas de cerejas e ameixas doces. Temos ainda café acabado de moer e um fundo mineral a lembrar minas de lápis. A boca é encorpada e com uma boa acidez. Continua com ama fceta muito balsâmica a par da fruta saborosa e o café fresco. Final longo e com complexidade.
Temos aqui um vinho que faz jus aos prémios que ganhou até à data. Um vinho muito bem feito, guloso, ao melhor estilo do enólogo. A madeira onde estagiou é de muito boa qualidade e isso transmite-se no vinho. A única questão é que é um Terras do Sado mas poderia ser do Alentejo ou de outra região qualquer. É a descaracterização das regiões. Mas isso não interessa. O vinho é muito bom e muito guloso. 17,5.