Segunda-feira, 05.10.09

Vale DÁlgares Colheita Tardia branco 2007

A moda dos Colheita Tardia pegou. São várias as marcas a aparecer e os produtores estão a apostar neste tipo de vinho que, até há uns anos atrás, era muito pouco conhecido em Portugal. É um tipo de vinho que poder ser bebido em várias ocasiões, como por exemplo em entradas onde entrem patés e foie gras, no fim da refeição a acompanhar sobremesas não muito doces e com alguma acidez ou simplesmente acompanhar uma bela conversa.
Este branco do produtor Vale D'Algares fei feito pela primeira vez no ano de 2006. Um vinho feito com a casta Viognier que, por questões legais só pode ser apresentado como vinho de mesa. Agora provamos o 2007.
Tem uma cor amarelo carregado.
Aroma de grande intensidade, onde encontramos notas de marmelo e marmelada, mel. A fruta aparece a lembrar frutos secos tipo figos, notas citrinas como laranja e a sua casca.
Boca com bom volume e uma bela acidez. Marmelada, mel, laranja, ananás em calda. Bom final, adocicado e fresco.
Temos aqui um belo Colheita Tardia, complexo, com bom volume e frescura. Um belo vinho. 16,5.
publicado por allaboutwine às 04:09 | link do post | comentar | ver comentários (3)
Domingo, 30.08.09

Anima L5 tinto

De terras alentejanas, mas inserido na região vitivinícola do Sado chega-nos este vinho muito peculiar. Desde logo uma imagem muito italiana, com tons azul claro, muito característicos de algumas referências daquele país. Além da imagem, a casta. Este vinho é feito com Sangiovese, conhecida casta italiana que tantos e bons vinhos faz.
Uma aposta de José da Mota Capitão em terras alentejanas, muito próximo do Torrão. Assim nasce a Herdade do Portocarro, que desde logo se tornou uma referência no panorama vinícola nacional. Com vinhos de gama alta, o mais barato é o Herdade do Portocarro com cerca de 15 euros no ponto de venda, fez admirar meio mundo com este Anima. Desdo logo um vinho que apaixonou a crítica, com a sua elegância, com a sua cor, com as restantes características muito diferentes dos vinho portugueses. Nasceu assim uma referência!
Depois da estreia em 2004, ficámos todos ávidos de mais colheitas. Saiu assim a colheita de 2005. Desde logo Mota Capitão referiu que havia diferenças com a anterior colheita. Este 2005 estaria menos expressivo mas esperava um melhor futuro na garrafeira, seria vinho para aguentar mais anos.
Temos assim em prova o Anima L5. Um vinho da autoria de Paulo Laureano feito com a castas italiana Sangiovese e com estágio em barricas de carvalho francês.
Tem uma cor rubi escura. Aroma intenso com otas de chocolate de leite. A fruta aparece na forma de amoras, ameixas em compota e cerejas. Ligeiro fumo em fundo balsâmico. Boca com bom corpo e com boa acidez. Taninos redontos e saborosos. Sabores frutados em conjunto de chocolate, alguma cera e toques fumados. Final longo e saboroso.
Temos aqui um vinho complexo e com grande elegância. Fruta gulosa sem ser doce com toques achocolatados e balsâmicos. Um pouco menos expressivo que o 2004 mas que ganha mais em corpo e acidez. Temos aqui vinho para mais uns anitos. Num belo momento. 17.
publicado por allaboutwine às 04:11 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Segunda-feira, 03.08.09

Mateus Aragonês rosé 2008

Aqui está o nosso grande vinho. O vinho português que vende mais pelo mundo inteiro, talvez o vinho mais conhecido por esse mundo fora. Todo o restaurante, tasca, tem este vinho na sua carta. Impressionante. São milhões e milhões de litros por ano. Recentemente a imagem mudou, tornou-se mais moderna a apelativa, assumiu uma casta e uma identidade. Agora sabemos que as uvas são de um ano. De repente tornou-se um vinho que não envergonha ninguém, nem o mais requintado enófilo de todos. É um vinho a ter em conta, com certeza.
Tal como o nome indica, é feito com Aragonês. Sai da garrafa com uma cor rosa escuro, bonita. Aroma intenso a frutos vermelhos como morangos, framboesas e cerejas. Ligeiro toque floral a lembrar rosas vermelhas. Boca de médio porte, adocicada e com acidez mediana. Tal como no nariz, é muito frutada e com um ligeiro toque floral. Final mediano e doce.
Um rosé muito bem feito, com um perfil muito apelativo. Um vinho perfeito para um final de tarde. É difícil não gostar. 15,5.
publicado por allaboutwine às 11:51 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Domingo, 28.12.08

Amália Garcia

Temos aqui um vinho de que muito se falou, devido ao seu grau alcoólico (17,5) e também pelo seu preço de venda ao público (75€). O vinho é uma homenagem de Francisco Nunes Garcia à sua mãe, Amália Garcia (já tinha acontecido o mesmo com o António Maria), feito unicamente com Alicante Bouschet e sem estagio em barricas, para poder mostrar todo o potencial da casta e deixar a bomba de fruta falar por si. Criou um pequeno "monstro"!
Como era esperado, a sua cor é negra, assustadora. O aroma é muito concentrado, cheio de fruta madura, compotada, a lembrar cerejas, ameixas, envolvidas em chocolate e balsâmicos finos, tipo verniz e cera. A boca é muito gorda, redonda e com uma boa acidez. Mantém a fruta gulosa, em compota, envolvida em chocolate e com fundo balsâmico. Final longo e muito guloso.
Este vinho tem de ser bebido no máximo a 16º para não se sentir o álcool, que anda sempre a querer saltar cá para fora. Fora este especto, é um vinho muito guloso, madurão, potente, onde talvez falte algum equilibrio ácido, mas que dá uma boa prova e que alegrará a muitos consumidores. Estou curioso em relação à sua durabilidade em garrafa. 16.
publicado por allaboutwine às 14:32 | link do post | comentar
Quinta-feira, 11.12.08

Alandra

Este é o tipo de vinhos que nunca são provados, ou pelo menos nunca aparecem nos posts. Em quase todos os casos, são vinhos para beber sem pensar muito (ou quase nada). Mas também me parece que temos um estigma muito forte em relação a este vinhos, pensando desde logo que não merecem prova.
Fui a uma festa de aniversário e fui incumbido de levar o vinho. Eram para lá de 30 pessoas e ainda por cima do tipo que bebem o que se lhe pôe à frente, senti que este era o vinho indicado para o efeito.
Por tanto, a escolha recaiu sobre o vinho de entrada de gama do Esporão. Um vinho de massas, feito aos milhares de garrafas, com uvas próprias e compradas, feito para ser bebido todos os dias e para quem não se preocupa muito com a qualidade. Mas desenganem-se, não é um vinho que envergonhe ninguém.
Salta da garrafa com uma cor rubi escuro. Pouca intensidade aromática, lembra fruta vermelha madura e leve chocolate. A boca é de médio corpo, acidez mediana e redonda. Os sabores vêm ao encontro do aroma. Final curto.
Temos aqui um vinho barato, com a qualidade a condizer. Bom para beber todos os dias, em dias de festa com muitos convidados, sem grandes preocupações. Volto a repetir, não envergonha ninguém. 14.
publicado por allaboutwine às 13:56 | link do post | comentar | ver comentários (5)

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