Segunda-feira, 03.08.09

Mateus Aragonês rosé 2008

Aqui está o nosso grande vinho. O vinho português que vende mais pelo mundo inteiro, talvez o vinho mais conhecido por esse mundo fora. Todo o restaurante, tasca, tem este vinho na sua carta. Impressionante. São milhões e milhões de litros por ano. Recentemente a imagem mudou, tornou-se mais moderna a apelativa, assumiu uma casta e uma identidade. Agora sabemos que as uvas são de um ano. De repente tornou-se um vinho que não envergonha ninguém, nem o mais requintado enófilo de todos. É um vinho a ter em conta, com certeza.
Tal como o nome indica, é feito com Aragonês. Sai da garrafa com uma cor rosa escuro, bonita. Aroma intenso a frutos vermelhos como morangos, framboesas e cerejas. Ligeiro toque floral a lembrar rosas vermelhas. Boca de médio porte, adocicada e com acidez mediana. Tal como no nariz, é muito frutada e com um ligeiro toque floral. Final mediano e doce.
Um rosé muito bem feito, com um perfil muito apelativo. Um vinho perfeito para um final de tarde. É difícil não gostar. 15,5.
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Domingo, 07.06.09

Quinta da Leda 2003

Falar da Casa Ferreirinha á falar do Douro. É uma das grandes marcas do Douro, senão a maior.
A Quinta da Leda, adquirida pela empresa em 1978, nasce a base dos vinhos topo de gama da Casa Ferreirinha, nomeadamente os conceituados Barca Velha e Reserva Especial, e também Quinta da Leda e Callabriga. É uma quinta situada no Douro Superior, em Almendra, plantada com as castas tradicionais do Douro e que veio dar à empresa novos argumentos especialmente nos vinhos de mesa.
2003 foi um ano muito quente, de extremos, com vinho poderosos e cheios de fruta. Foi ano vintage de todas as grandes marcas e os próprios vinhos de mesa atingiram uma qualidade elevada. Os vinhos da Leda não foram exceção. Este Quinta da leda 2003 foi feito com as castas Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz. Estagiou cerca de 12 meses em barricas novas de carvalho francês.
Sai da garrafa com uma cor escura, ainda muito jovem. Aroma intenso e profundo. Notas de menta, seguidas de mineralidade. A fruta lembra cerejas e ameixas . Depois vêm as flores, com especial destaque para a esteva e rosmaninho. Ligeiro chocolate preto. Boca gorda e com boa acidez. A fruta aparece gulosa, com toques de chocolate e flores. Final longo e complexo.
Temos aqui um vinho que, apesar do ano quente, mantém uma boa frescura e compensa a fruta gulosa. Com uma bela estrutura e complexidade, é um vinho que está de plena saúde, com muito anos pela frente. Agora, dá muito prazer. 17,5.
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Terça-feira, 13.01.09

Quinta dos Carvalhais Reserva 2002

A Quinta dos Carvalhais é o ex libris da Sogrape na região do Dão. A partir dela e sob enologia de Manuel Vieira, saem os vinhos tintos Grão Vasco, Duque de Viseu, Quinta dos Carvalhais (colheita e alguns monovarietais), Quinta dos Carvalhais Reserva e o Único (topo de gama da casa) e os brancos colheita e Encruzado. Até há pouco tempo o Reserva era o topo de gama, só lançado em anos de exepção. Ao contrário da moda, é um vinho que é lançado após longo estágio em garrafa (no mercado, está o 2002). São, por norma, vinhos muito elegantes, vinhos frutados e que evoluem muito bem em garrafa.
Nos últimos anos tenho acompanhado os colheita e os reserva, vinhos dos quais gosto muito. São vinhos de peito aberto, que mostram o melhor da região.
Este Reserva 2002 tem as castas Touriga Nacional e Tinta Roriz, duas das principais castas da região. Estagia 12 meses em barricas novas de carvalho francês e 4/5 anos em garrafa.
Presenta-nos com uma cor vermelho escuro. Aroma de média intensidade, com notas frutadas de morangos em calda, cerejas, ameixas em calda. Flores e notas balsâmicas de resinas de pinheiro e eucalipto. Grãos de café e chocolate "aftereight". Boca de médio porte com bela acidez, muito bem integrada. Notas achocolatadas e abaunilhadas envolvidas e fruta vermelha e ligeiro balsâmico. Belo final, muito elegante e equilibrado.
Era o que eu esperava do vinho. Um tinto muito elegante, equilibrado, com um perfil típico do Dão. Tem pernas para durar mais uns tempos em garrafa. 17.
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Domingo, 11.01.09

Grão Vasco 2006

Depois do Douro, aqui temos a versão sulista do Grão Vasco, o alentejano. Com o mesmo preço de mercado, abaixo dos 3€, tem como castas o Alicante Bouschet, o Aragonês e a Trincadeira. Como estamos a ver, as três principais castas do Alentejo. Estagia unicamente em inox e sai da garrafa com uma cor rubi de concentração média/alta. Aroma de média intensidade, com notas de fruta vermelha madura como framboesas e morangos envolvidos em especiarias a lembrar pimenta. Boca de corpo mediano, acidez bem integrada, taninos redondos. Sabor a fruta vermelha com toques lácteos a lembrar iogurte de fruta. Final mediano, com alguma fruta.
Está um pouco abaixo do seu irmão duriense. Perfil típico alentejano, sem ser demasiado doce. O nariz é melhor que a boca, que se apresenta algo unidirecional e parca de sabores. Não custa nada experimentar. 14,5.
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Sábado, 03.01.09

Grão Vasco 2006

Fruto de uma política da Sogrape, a refrência Grão Vasco deixou de ser exclusiva do Dão e passou a correr as duas principais regiões vinhateiras do país, o Douro e o Alentejo. Pode-se descutir a perda de identidade dos vinhos mas quem é que pode travar a globalização, a transvessalidade das marcas dos grandes produtores pelas principais regiões? A Sogrape é apenas um dos que fazem isto. Este Grão Vasco é proveniente das vinhas do produtor na região do Douro e é feito com um blend de Tinta Roriz, Touriga Franca e Touriga Nacional e estagia em inox para deixar a fruta falar mais alto e que pretende ser um espelho do ano. Tem uma cor rubi de média concentração. O aroma é de intensidade mediana onde se nota a fruta vermelha a lembrar morangos e framboesas. Notas balsâmicas a lembrar eucalipto e especiarias como pimenta. Boca de corpo mediano, boa acidez e taninos redondos. Apresenta-se muito frutada com a fruta vermelha envolvida em chocolate de leite. Bom final, equilibrado.
Temos aqui um vinho que dá ma prova fácil, mas também foi feito para isso. Com um preço abaixo dos 3€, é uma boa aposta para o dia a dia. Não custa nada experimentar. 15.
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Quarta-feira, 17.12.08

Offley Boa Vista Vintage 2003

Os Vinhos do Porto, em especial os Vintage, são para mim vinhos de difícil prova. Quando são novos, são vinho muito opacos, muito estruturados, com os aromas fechados e geralmente muito gulosos. Os aromas andam lá, mas andam escondidos, difíceis de descortinar. Mas eu adoro estes vinhos. São únicos!
O vinho em prova é da Sogrape. Além da Offley, é detentora outras marcas no mercado, como por exemplo a Sandeman. Provém essencialmente da Quinta da Boavista, que contribui de forma decisiva para o blend final do Vintage Offley. Além desta Quinta, o grupo detém entre outras, a Quinta da Lêda, famosa pelos vinhos de mesa, Quinta do Vau, Quinta da Granja., etc..
As castas predominantes do vinho é a Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinta Amarela, Rufete e Malvazia Preta. Fermentam em cubas de inox e estagiam nos balseiros, em Vila Nova de Gaia.
Depois de 2/3 anos é engarrafo e cai no copo com uma cor escura, opaca. Aroma com alguma potência, com toques quimicos a lembrar cartão, verniz. A fruta apresenta-se negra, com amoras e ameixas. Temos ainda chocolate preto amargo, flores e fundo mineral. Boca encorpada, bela acidez e taninos gordos e doces. Sabores com mistura de fruta negra, flores, chocolate preto. Persistente, acaba longo e complexo.
É um belo vinho, cheio de juventude, cheio de força. Tem estrutura e acidez para aguentar ainda vários anos em cave. 17.
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publicado por allaboutwine às 01:29 | link do post | comentar
Segunda-feira, 07.04.08

Quinta dos Carvalhais 2004

Castas: Touriga Nacional, Tinta Roriz e Alfrocheiro.
Estágio: Barricas de carvalho francês e americano durante 12 meses.
Enologia: Manuel Vieira.
Preço: 8€.
Vol: 13,5%.

Cor com boa concentração.
Belo aroma. Fruta madura tipo cerejas e ameixas pretas, flores e leve balsâmico. Toque de cacau.
Boca elegante, muito boa acidez, taninos bem integrados. Sabor a fruta preta, cacau e balsâmicos.
Final longo e frutado.
É um vinho muito bem feito, com um perfil alegante e frutado. É dificil resistir, dada a tamanha harmonia e facilidade de prova que apresenta. Recomendo vivamente. 16.

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Domingo, 30.03.08

Misterio Chardonnay 2007

Castas: Chardonnay.
Estágio: 3 meses em barricas, mais 3 meses em garrafa.
Enologia: Luis Cabral de Almeida.
Preço: 5€.
Vol: 13%.

Cor amarela citrina.
Aroma de média intensidade. Notas amanteigadas características da casta, ligeiros apontamentos minerais, espargos, ameixas amarelas e ligeira baunilha.
Boca com bom corpo, redonda, com acidez mediana mas suficiente.
Continuma os aromas encontrados no nariz, mantendo a mesma complexidade. A fruta, os espargos e ligeiro mineral. Bom final.
Um Chadonnay do Novo Mundo, da Argentina. Bem feito, um bom preço. O que se quer mais? 15.
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Sábado, 15.03.08

Vinha Grande 2006

Castas: Viosinho, Gouveio e Codega.
Estágio: Barricas de carvalho durante 6 meses.
Enologia: Luis Sottomayor.
Preço: 10€.
Vol: 13,5%.

Cor amarela citrina.
Aroma complexo. A fruta aparece sob forma de alperce, pêssego e ligeiro melão. A madeira entra de forma graciosa, com abaunilhados, ligeira pimenta, curiosa canela. Bafo de anis.
Boca com bom volume, intensa, boa acidez, muito bem integrada. Permanece a fruta e as especiarias. Final longo e complexo.
Belo vinho. Grande complexidade, boa frescura e com muita qualidade. Eu gostei muito. 16,5.
publicado por allaboutwine às 09:10 | link do post | comentar | ver comentários (1)
Quinta-feira, 07.02.08

Callabriga 2004

Castas: Não diz.
Estágio: Envelhecimento em madeira de carvalho.
Preço: 10€.
Vol: 13,5%.
Côr muito escura, jovem.
Complexidade no aroma. Fruta gulosa, fresca, como framboesa e toque de morangos. Especiarias como baunilha e um pouco de canela. Também aparecem aromas balsâmicos de eucalipto e ligeiro cedro.
A boca é encorpada mas não pesada, excelente acidez, no ponto. Tanino muito bem integrados. Fruta, balsâmicos, chocolate e um pouco de canela são as sensações transmitidas pelo palato.
Final longo, frutado e fresco.
Belo Douro, ainda jovem, cheio de força e complexo. 17.
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