Quarta-feira, 07.04.10

Quinta da Murta rosé 2006


Um rosé de 2006...a última experiência que tive com um rosé com alguns anos em cima não correu lá muito bem. Tenho a opinião que são vinhos para serem bebidos no ano que saem ou no máximo no ano seguinte, pois são vinhos que vivem da sua juventude, da fruta fresca bem combinada com maior ou menos acidez (depende do estilo de rosés), são vinhos de festa, de lazer. Agora eles estão mais frescos, mais gastronómicos (alguns deles, não se conseguem mesmo beber sem comida, tal é a acidez), mas sempre com a componente de fruta fresca por trás. São muito poucos aqueles que são feitos para evoluír em garrafa, que melhorem com alguns anos em garrafa.

A Quinta da Murta usou a sua Touriga Nacional e também Syrah para fazer este rosé. Conhecemos bem o perfil da Touriga da Murta, o perfil com que querem que saiam os vinhos da Murta, por isso não estranhei o perfil seco deste rosé. A cor não assustou, ainda astá viva, a fugir para o tijolo. O aroma ainda presenta alguma fruta fresca, especialmente morangos maduros, mas tem já notas notórias de evolução, com chocolate branco, curiosos frutos secos (amêndoa), toque ardente (álcool), e uma restia de flores. A boca tem um corpo mediano e uma bela acidez (como estava à espera). Confirma o aroma, com um final amargo, quente.

Temos aqui um rosé que, seguramente, já passou pelo seu melhor. Ainda tem alguma fruta, uma boa acidez, mas o álcool também faz questão de estar presente. Entretanto, à mesa ainda se porta bem. Noto-lhe qualidades mas, seguramente, não é o meu estilo. 14.
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Terça-feira, 06.04.10

2 rosados espanhóis

No decorrer de mais um jantar com um amigo, tive a oportunidade de provar dois rosados de nuestros hermanos. A expectativa era alta num deles, o Clan 2009, dado que há pouco tempo tinha provado o 2008 e foi, provavelmente, um dos melhores vinhos roses que provei até hoje. Um vinho com fruta limpíssima, elegante, bela acidez. O outro vinho era desconhecido para mim.

Clan Charco las ANimas rosado 2009


Um vinho com uma cor vermelha sangue, escura.
Aroma intenso e de belo efeito, com a fruta vermelha a vir ao de cima, com notas de morangos, framboesas, rebuçado. Algumas notas florais a rosas.
Boca com bom corpo, acidez suficiente e bem integrada. A fruta domina, mas o álcool vem ao de cima, com os seus 14,5 de volume. É uma pena o ardor que no final (não me chocou muito), pois a fruta está no ponto, está muito limpa e apetitosa. Inferior à colheita de 2008. 15,5.

Arrayán rosado 2008


Substâncialmente diferente do anterior. A cor é escuríssima para um rosé, um rubi bem definido.
Nariz com intensidade mediana, onde a delicadeza marca o aroma. Notas de fruta vermelha ligeira, acompanhada de toque de ervas frescas, a lembrar hortelã.
Boca com volume mediano e boa frescura. A fruta marca presença de forma delicada, tal como no final, bem alicercerada pela acidez.
O vinho vai abrindo durante a prova mas sempre de forma contida. Um outro estilo, talvez mais virado para a mesa. 15.
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Quarta-feira, 10.02.10

Azul Portugal (Terras do Sado) rosé 2008

Feito pela Cooperativa Sto. Isidro de Pegões e com a enologia de Jaime Quendera. A casta usada para este rosé foi o Castelão e ela foi vinificada em cubas de inox a baixas temperaturas e onde teve posteriormente um pequeno estágio.

Tem uma cor salmão escuro, brilhante.
Aroma com média intensidade, que nos lembra fruta vermelha com um toque adocicado, como morangos, groselhas e cerejas. Leve vegetal.
Boca com corpo mediano e boa acidez. Reflete o aroma, com sabores frutados e com um leve vegetal de fundo. Final mediano e com uma boa frescura.

Vindo de uma casa que já nos habituou a vinhos muito bem feitos, com preços imbatíveis, este rosé segue o mesmo caminho. Um vinho com um perfil ligeiramente adocicado mas bem compensado por uma boa acidez, este vinho mostra-se apto para variadas situações, tanto à mesa, como "vinho de esplanada". Mais um bom produto deste produtor. 15.
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Sexta-feira, 20.11.09

PV rosé 2008

Agora temos em prova a versão rosé da PV Wines. Um vinho monocasta, um Touriga Nacional que é feito e estagiado em inox. Um vinho com uma cor rosa carregada. Aroma intenso e com notas vegetais e forais em destaque. A fruta aparece com suave morangos e cerejas. Leve fumado. Boca de corpo mediano e excelente acidez. Austero, mineral fruta vermelha a lembrar morangos e ligeiro floral. Final de boca com grande frescura.
Temos aqui um rosé que quer ser bebido à mesa. Com um perfil muito fresco, com grande secura, onde os aromas e sabores são delicados e não actores principais. Para acompanhar comida, não para beber a solo. 15,5.
publicado por allaboutwine às 11:44 | link do post | comentar
Quarta-feira, 04.11.09

Adegaborba.pt Reserva rosé 2008

Este foi o meu companheiro de verão. Um vinho da Adega de Borba que, como é costume, apresenta um bom produto com um preço baixo. O vinho custa menos de 3 euros na Adega.
Um vinho feito de Aragonês e com tratamento em inox.
A cor é rosa escuro, quase avermelhado.
Aroma intenso e guloso, com notas de fruta vermelha a lembrar morangos e framboesas. Ligeira nota vegetal e alegrar o conjunto.
Boca com volume mediano, tal como a acidez. Alguma doçura residual. Muito frutada e com uma ponta vegetal. Final mediano, com alguma doçura.
Um vinho bem feito, com um perfil muito frutado e adocicado, que o torna guloso e óptimo para aperitivo. Quem gosta de rosés docinhos, ligeiros, tem aqui uma boa escolha. 14,5.
publicado por allaboutwine às 14:48 | link do post | comentar
Domingo, 11.10.09

Quinta do Portal rosé 2008

Passamos agora ao rosé de 2008. Desde a sua estreia que este vinho está no topo quando se fala neste tipo de vinhos em Portugal.
Até à colheita de 2007, este vinho era elaborado através de sangria, mas com a exigência do mercado, que cada vez mais procura vinhos frescos e gastronómicos, 50% do volume passou a prensagem directa, o que obrigou a apanhar as uvas mais cedo, propositadamente para fazer este vinho. Não são muitos produtores que o fazem. Foi estagiado em contacto com as borras, para assim garantir uma maior complexidade e longevidade do vinho.
As castas que entraram no lote foram a Tinta Roriz, que faz 50% do lote, a Touriga Nacional e a Touriga Franca.
Tem uma cor rosa atijolada.
Aroma de boa intensidade, onde aparecem notas de fruta vermelha a lembrar morangos, cerejas e groselhas. Fundo floral.
Boca de corpo mediano e bastante fresca. Marcada pela fruta que encontramos no aroma e também pelas flores. Bom final, frutado e fresco.
Temos aqui um rosé de belo efeito, com a fruta em bom plano e bem amparada com a frescura floral. Está um rosé de perfil gastronómico, fresco, e que acompanhará muito bem entradas ou peixes e mariscos. Gostei. 16.
publicado por allaboutwine às 14:35 | link do post | comentar
Quinta-feira, 01.10.09

Rosé da Peceguina 2008

Até há cerca de 10 anos, a região de Beja não tinha ligação com a produção de vinho. É uma região muito quente e só com recôrrência à rega é que os podutores existentes sobrevivem. E eles já não são assim tão poucos.
Um dos produtores mais mediáticos é a Herdade da Malhadinha Nova, de Albernôa. Depois do auspicioso ano de 2003, o da sua estreia, com o belíssimo Malhadinha 2003, foi lançando marcas no mercado, todas elas com qualidade muito alta e com uma imagem fora do comum. Um verdadeiro conceito de aproximação pelo lado afectivo e familiar. Em suma, um verdadeiro êxito.
O Rosé da Peceguina foi uma das marcas lançadas. Um vinho que tenho seguido desde a sua estreia, um vinho que me tem cativado.
Em prova temos a versão 2008, que foi feita com as castas Touriga Nacional e Aragonês.
Tem uma cor vermelha carregada.
Aroma de média intensidade, com notas de fruta vermelha a lembrar groselhas, algumas ameixas e também morangos. Algum floral.
Boca com bom corpo e boa acidez. Sabor frutado, onde também temos as groselhas, cerejas, ligeiro tropical e ponta de chocolate branco. Final longo, frutado e fresco.
Temos aqui um rosé bem estruturado, encorpado e frutado, mas com a acidez a contrabalançar bem todo o seu peso. Tem 14,5% de álcool e por isso temos de ter algum cuidado com a temperatura de seviço. Essencialmente para acompanhar umas boas entradas. 16.
publicado por allaboutwine às 13:44 | link do post | comentar

Altas Quintas Crescendo rosé 2008

A versão de 2006, ano de estreia, foi um pouco polémica. Um rosé encorpado, denso, com aromas tostados (apesar de o produtor garantir não ter estágio nenhum em madeira). Um rosé que, na altura, era diferente de todos os outros. Estou a falar do Crescendo, um dos melhores rosés de Portugal.
Feito em altitude, a cerca de 600m, em plena Serra de São Mamede, foram escolhidas as uvas de Aragonês das zonas mais frescas da vinha. Vinificado e estagiado em cubas de inox. Para quem não sabe, a enologia é feita pelo conceituado enólogo Paulo Laureano, mentor de grandes vinhos em terras alentejanas.
Sai da garrafa com uma cor tijolo escuro.
Aroma intenso, com notas de cerejas, morangos maduros, groselhas.
A boca apresenta bom volume e está bastante fresca. Tal como o aroma, a fruta marca o palato, com groselhas e morangos.
Bom final, cheio de fruta e frescura.
Temos aqui um vinho cheio de fruta madura mas com uma bela acidez que compensa muito bem a doçura e o peso. Claramente para a mesa, não virando a cara a pratos um pouco mais puxados. 16.
publicado por allaboutwine às 13:10 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Quarta-feira, 30.09.09

Vinha da Defesa rosé 2008

Já que o calor não nos dá tréguas, volto aos rosés e neste caso a um que, geralmente, está no topo das escolhas dos nossos críticos. Uma referência dos rosés nacionais.
A imagem, como já vimos no branco, está diferente e assenta mesmo bem com a cor rosada do vinho. Dá um efeito muito bonito.
Com as uvas Aragonês e Syrah com a idade média de 8 anos, vinificação e estágio em inox, a Herdade do Esporão brinda-nos com um vinho de cor rosa escuro. Aroma intenso a frutos vermelhos a lembrar framboesas e groselhas, acompanhadas de um ligeiro toque mineral. Boca de médio corpo e boa acidez. A fruta continua a lembrar groselhas e framboesas. Final mediano, com toque adocicado mas fresco.
Como se esperava, a qualidade está lá, a comprovar uma vez mais que este produtor não brinca em serviço e que podemos confiar plenamente. Um belo rosé, frutado, toque adocicado, mas com uma frescura que compensa bem a goludice. Está no pelotão da frente dos rosés portugueses. 16.
publicado por allaboutwine às 12:31 | link do post | comentar
Quinta-feira, 10.09.09

Couteiro-Mor rosé 2006

A prova deste rosé fez-me pensar quanto tempo aguentará um vinho deste tipo em garrafa, se são vinhos que se portam bem passados 2,3,4 anos após o seu engarrafamento.
Sabemos que são vinhos para serem bebidos jovens, para assim aproveitar todo o explendor da fruta primária e gulosa. Este rosé alentejano de 2006 foi feito com as castas Touriga Nacional e Aragonês e foi vinificado através de bica aberta. A enologia está a cargo de Jorge Páscoa e António Melícias. Vejamos então o estado dele.
Cor tijolo carregada. Aroma intenso, com notas de fruta madura e lembrar morangos e framboesas. Ligeiro floral. Boca de médio porte e boa acidez. Sabor frutado e ligeiramente alcoólico. Final longo, com ponta de álcool.
Temos aqui um vinho que ainda se encontra em boas condições, sem perder a fruta e a frescura. Será preciso atenção à temperatura, já que o álcool encontra-se à espreita. Não guardar por muito mais tempo. 14,5.
publicado por allaboutwine às 14:22 | link do post | comentar | ver comentários (1)

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