A Quinta da Alorna, situada em plena lezíria ribatejana, em Almeirim, remonta ao século XVIII, cujo nome deve-se ao ao primeiro proprietário, D. Pedro de Almeida, Vice-Rei da Índia, a quem D. João V concedeu o título de I Marquês de Alorna por actos de bravura na tomada da praça forte de Alorna, na Índia. Almeirim era então conhecida pela qualidade da sua caça, muito frequentada por nobres e fidalgos, que aqui passavam tempos de lazer.
O Ribatejo é, desde sempre, uma região rica e apetecida, graças às férteis lezírias, ideais para a agricultura e criação de gado. Agora e com a enologia de Nuno Cancela de Abreu, e depois de uma grande aposta e restruturação de vinhas, a Quinta da Alorna é um dos ícons da agora região Tejo. Com vinhos muito bem feitos e a preços muito convidativos, principalmente os topos de gama, que são um autêntico chamariz à compra.
São vinhos que misturam as melhores castas nacionais com internacionais, como o Cabernet Sauvignon. O vinho em prova é um exemplo disso, a mistura do Cabernet com a nossa Touriga Nacional. Estagiou 12 meses em barricas de carvalho francês.
Tem uma cor escura, concentrada. Aroma intenso, com notas abaunilhadas e logo seguido de flores e chá. A fruta aparece na sua forma mais avermelhada, com morangos, groselhas e cerejas. Ligeiro toque vegetal. Boca com bom corpo e bela acidez. Temos uma mistura de baunilha, flores, especiarias como pimenta e morangos. Bom final, fresco e longo.
Um belo exemplo de como se consegue fazer um bom vinho com um preço baixo, à volta dos 6 euros. Muito bem feito, moderno no estilo e com alguns anos pela frente. Uma bela aposta. 16,5.