Terça-feira, 06.04.10

Quinta do Carvalhão Torto Jean / Alfrocheiro tinto 2004


Quando em Setembro de 2009 fui à feira do vinho de Nelas, a Quinta do Carvalhão Torto foi um dos produtores cujos vinhos mais me impressionaram.
As vinhas e adega do produtor são em Nelas, mesmo à entrada da cidade. Curioso, pois já passei várias vezes nessa estrada e nunca me tinha apercebido do tesouro que ali está. É um empresa familiar que decidiu criar a sua prórpria marca e engarrafar os vinhos. E em boa hora o fez, pois são belos vinhos, com uma visão muito prórpria do Dão, com muita qualidade. Aliás, segundo o produtor, os vinhos ficaram desde logo muito bem classificados em concursos, o que não deixa de ser bom para o começo de um projecto.

Depois de prova na feira de Nelas, tenho oportunidade de os provar de novo, agora em casa, agora com toda a atenção que eles merecem.

Este vinho da colheita de 2004 foi feito com duas castas tradicionais da região, duas castas que gosto bastante, duas castas muito mal aproveitadas no Dão, o Jaen e o Alfrocheiro.
Nota-se já uma evolução no vinho, tanto na cor, com uma vermelho escuro a fugir para o tijolo, e também no aroma, com notas de fruta passificada, figos secos, bem amparada por aromas minerais, terra húmida. Algum chocolate de leite e tabaco. A boca tem bom volume e uma acidez que chega para amparar a fruta doce, em passa. Temos ainda o tabaco, que marca um pouco um final com bom prolongamento.

Um vinho bem curioso, com evolução notória, com qualidade, mas onde talvez falte um pouco mais de acidez, de vida na boca. Um aroma que apetece cheirar, doce sem ser enjoativo, com tudo muito bem controlado. Está muito bom para ser bebido nesta altura. Um vinho a conhecer. 16.
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Quarta-feira, 03.03.10

Quinta d'Amigo tinto 2007

Continuo no Dão e na sua linha mais pura, mais regional, com uma novidade que nos chega de Paranhos da Beira.
Gosto quanto os vinhos estão ligados à terra onde nasceram, que nos transmitam os aromas e paladares de uma região, que tenham personalidade vincada, que tenham sotaque. Estou cansado de vinhos de determinada região mas que poderiam muito bem representar outra. Quando compro um vinho do Dão quero que ele me saiba a Dão.

Por esta razão, deu-me imenso prazer quando pela primeira vez cheirei este vinho. A sua cor escura impressiona, mas não tanto quanto os seus aromas balsâmicas, resinosos, por entre notas de fruta elegante, que nos lembra cerejas e framboesas, chá preto e bergamota. Aroma intenso e convidativo. A sua boca mostra-se muito fina e fresca, com uma secura que clama por comida para acalmar tamanha juventude.

É certamente um vinho a conhecer, que me deu muito prazer. Mais um achado no Dão, uma região que é pródiga em nos surpreeender com vinhos "escondidos", que quase nos aparecem assim, em jeito de surdina. 16,5.
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Domingo, 28.02.10

Os vinhos Terras de Tavares - o Dão em Lisboa


João Tavares de Pina veio a Lisboa e apresentou os seus vinhos aos blogs num almoço/lanche/jantar. Trouxe praticamente todos os vinhos feitos até hoje, desde os mais velhotes (1997) até aos mais recentes (2008).

Podemos dizer que os vinhos Terras de Tavares e Torre de Tavares são da "velha escola" do Dão. Vinhos de terroir, vinhos feitos na vinha com o aproveitamento de tudo o que ela dá e não vinhos chamados "tecnológicos", vinhos feitos para as provas cegas, mascarados com carradas de fruta e madeira. Talvez seja por isso que os vinhos desta casa sejam incompreendidos e muito mal tratados na imprensa "especializada". 



Os vinhos do Dão estão a mudar, estão a perder as suas principais características, o seu terroir, e estão a ficar iguais aos outros. Não quero com isto dizer que sejam vinhos maus, claro que não, muitos deles são grandes vinhos, mas são grandes vinhos...como os do Douro e Alentejo o são. Quem busca a diferença já tem alguma dificuldade em encontrar vinhos que o realmente sejam. São os que sobrevivem a esta tendência de modernização dos vinhos e João Tavares de Pina é um deles. Vinhos com pouca fruta, balsâmicos e muito elegantes são a marca dos vinhos Terras e Torre de Tavares. Quem busca uma alternativa, aqui a tem.
Passo a uma pequena descrição dos vinhos provados, com algumas notas de prova.

Vinhos Torre e Terras de Tavares

Terras de Tavares Síria branco 2009
Belo aroma, citrino, mineral, vegetal fresco,madeira ligeiramente perceptível mas bem integrada. Um vinho muito elegante e pronto para beber. 16.

Terras de Tavares Encruzado branco 2008
Aroma contido, citrinos, marmelo maduro, alguma sensação de baunilha na boca. Encorpado e elegante. 16,5/17.

Terras de Tavares Encruzado branco 2007
Baunilha, mineral, citrinos com notas de toranja, toque floral. Está num belo momento. 16,5/17.

Terras de Tavares (Regional Beiras) tinto 2006
Um vinho muito balsâmico e floral. Fruta fina, com boa secura e elegante. Um autêntico Reserva. 16.

Terras de Tavares Touriga Nacional tinto 2005
Balsâmico e floral, mineral, fruta delicada. Gostei muito. 17.

Terras de Tavares Touriga Nacional tinto 2008
Floral, balsâmico fruta elegante com cerejas e amoras. Belíssimo. 17/17,5.

Amostra Tinta Pinheira 2009
Este vinho não vai ser engarrafado, com muita pena nossa. Cor ligeira, aroma delicado, fruta elegante, fumado, grande secura na boca e muito fresco. Quando o vimos no copo e o cheirámos parecia um autêntico Charme. Merecia ser engarrafado mas vai para lote. 16,5.

Torre de Tavares Jaen tinto 2005
Muita fruta mas muito fina, ligeira baunilha. Volumoso e muito fresco. Belo. 17.

Torre de Tavares Jaen tinto 2007
Fruta fresca, balsâmico, mineral e baunilha. Boca gorda e seca. 17.

Torre de Tavares Jaen (carvalho americano) tinto 2008
Frutado, elegante, chocolate com côco, balsâmico e mineral. Boca com grande secura e muito gastronómico, Bela boca. 17.

Torres de Tavares Jaen (carvalho francês) tinto 2008
Menos austero e com menos secura na boca. Gostei mais com o carvalho americano. 16.

Terras de Tavares Reserva tinto 2007
Um pouco mais maduro. Mineral, balsâmico, fruta elegante e flores. Boa secura na boca. 16,5.

Terras de Tavares Reserva tinto 2005
Na mesma linha, um pouco mais maduro. Notas de chocolate com morangos. Muito elegante. Gostei. 16.

Terras de Tavares Reserva tinto 2004
 Um ano quente, onde se notam aromas mais alicorados, docinhos, flores. Guloso. Eu gostei. 16.

Terras de Tavares Reserva tinto 2003
Fruta delicada, mais mineral e com notas balsâmicas. Muito fresco e com alguma secura. 17.

Terras de Tavares tinto 2002
Está na fase de "burro". Muitas notas animais, pele, chá, bagas frescas, compota, químicos. Boca redonda, fresca e com notas de azeitona. Vai melhorar. 15,5.

Terras de Tavares tinto 2001
Passou recentemente pelo que o 2002 está a passar neste momento. Está belíssismo, elegante, terroso. Boca fresca, volumosa e com alguma secura, cacau em pó. Grande vinho. 17/17,5.

Terras de Tavares tinto 1997
Muito elegante e perfumado. Um vinho numa fase excelente para beber. Grande evolução. 17.


Em jeito de conclusão, podemos dizer que os vinhos desta casa são vinhos muito elegantes, muito balsâmicos e onde a fruta e as flores aparecem de forma delicada, nada de excessos. Os Touriga Nacional são elegantes e equilibrados, os Jaen são poderosos a elegantes ao mesmo tempo (porque não se fazem mais vinhos desta casta em Portugal?), os Reserva complexos e minerais. E a Tinta Pinheira, bem essa merecia ser um grande vinho português. Temos mesmo muita pena. Talvez uma Cuvée dos Blogs? Ah, também gostei muito dos brancos.
Ficam as perguntas: como é que estes vinhos têm notas baixas? Provámos os mesmos vinhos que eles??

Agradeço ao João Tavares de Pina pela sua presença a especialmente por me ter apresentado estes vinhos. Passei a ser fã. Muito obrigado.
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Terça-feira, 09.02.10

Azul Portugal (Dão) Reserva tinto 2005

Vinho produzido por Anselmo Mendes, na sua incursão nos vinhos do Dão com a marca Only, cuja enologia é também do próprio. Um tinto feito com Touriga Nacional e Tinta Roriz e que teve uma fermentação com temperaturas controladas e posterior estágio de 6 meses em barricas de carvalho francês.

Tem uma cor granada escura.
Aroma intenso, com entrada forte dos balsâmicos típicos da região (caruma, resinas). Depois passamos a sentir a fruta, toda ela elegante e com lembranças de morangos e framboesas e um curioso toque de frutos secos, com alguns figos em passa. Um lado mais guloso com baunilha e chocolate. As flores aparecem no fim, algumas delas secas.
Boca com corpo mediano, uma bela acidez e com os taninos activos. A fruta aparece de novo muito elegante, sem qualquer sinal de excessíva maturação, tal como o lado mais floral e as notas mais resinosas. Bom final, com ligeira secura.

Temos aqui um vinho muito bem feito, com perfil típico da região. É um vinho muito elegante, com uma frescura que nos puxa para a mesa, que cria água na boca. Um belo exemplar do Dão. 16.
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Segunda-feira, 30.11.09

Quinta da Garrida Touriga Nacional Reserva tinto 2005

Hoje, enquanto se fala do uso excessivo da Touriga Nacional e em como ela está omnipresente nos vinhos portugueses, praticamente em todas as regiões, vão aparecendo vinhos que contrariam essa demanda, vinhos que confirmam o imenso potencial da casta. Eu não credito que, com a imensidão de castas nativas que temos, algumas de grande qualidade, nos viremos unicamente para a Touriga Nacional. Mas aceito de bom grado, que seja uma casta que defina os nossos vinhos, que defina os vinhos portugueses no mundo. A Touriga de Portugal, assim como existe o Tempranillo de Espanha e o Malbec da Argentina. Alguém contesta isso? Eu não!
Passemos ao vinho que temos em prova, um perfeito exemplo do potencial da casta.
Da Aliança e proveniente da Quinta da Garrida, região do Dão, chega-nos este tinto. Após várias colheitas de muito boa qualidade, este 2005 excede todas as outras, com um vinho que foi medalhado em vários concursos e que foi Prémio de Excelência da Revista Vinhos. Estagiou 12 meses em barricas de carvalho francês e russo.
Tem uma cor rubi escuro.
Aroma intenso, complexo, com notas de fruta elegante, a lembrar cerejas, amoras. Notas minerais misturadas com flores e especiarias, com pimenta preta.
Boca encorpada e com uma bela acidez. Mostra elegância e finura, com notas de madeira suave, em conjunto de minerais, fruta envolvida em flores e notas de chá preto. Belo final, longo e complexo.
Temos aqui um grande vinho, feito com uma grande casta. Elegância pura, complexidade, bastante profundo, já a mostrar o porquê de ser uma estrela. Terá um futuro risonho pela frente, melhorará para quem tiver a paciência de esperar por ele, o que é difícil, tamanha qualidade enfrentamos. 17,5.
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Domingo, 08.11.09

Cabriz Colheita Seleccionada tinto 2007

Falar de um vinho destes é fácil, fazê-lo com esta qualidade e quantidade é que está ao alcance de poucos. A Dão Sul é um desses produtores, que está sempre na linha da frente e que consegue tirar partido de um projecto muito bem feito, com pés e cabeça, começando a conquistar o mercado com vinhos com qualidade e bastante acessíveis. Agora no seu portefólio já encontramos topos de gama, muito caros e muito bons, como sinal de afirmação e consistência.
A Quinta de Cabriz foi o projecto pioneiro da Dão Sul, e este vinho em prova é o primeiro vinho, a gama de entrada do produtor. Com um preço inferior a 3 euros, é uma das melhores compras, e isto acontece ano após ano.
Feito com as castas Alfrocheiro, Tinta Roriz e Touriga Nacional, estagia durante 6 meses em barricas de carvalho francês.
Cor rubi escura.
Aroma com boa intensidade, onde se notam as flores a lembrar violetas, em companhia de fruta, onde aparecem notas de amoras, cerejas, framboesas, ginjas. Algum chocolate no meio de baunilha e ligeiro balsâmico.
Boca de corpo mediano e boa acidez. A fruta aparece entre as notas balsâmicas e alguma flores. Final mediano e saboroso.
Temos aqui um vinho muito bem feito, com um perfil ideal para agradar a muita gente. Dá uma prova fácil mas saborosa, com tudo muito redondo e prontíssimo para beber. A compra perfeita para o dia a dia. 15,5.
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Sábado, 24.10.09

Quinta da Garrida tinto 2006

A Quinta da garrida é um dos ex libris da Aliança e mesmo do Dão. O seu Touriga Nacional Reserva, com a colheita 2005 atingiu o topo, sendo considerado Prémio de Excelência pela Revista de Vinhos. Além desse topo de gama, existe o Garrida como entrada de gama e o Quinta da Garrida, numa gama intermédia. É desse vinho que vou falar, um vinho medalhado a ouro no prestigiado Wine Challenge.
As castas que lotearam o vinho foram o Jaen, a Tinta Roriz e a Touriga Nacional. Estagiou 12 meses em barricas de carvalho francês (80%) e americano (20%).
Tem uma cor escura.
Aroma intenso e complexo. Notas frutadas de cerejas e amoras, muito bem envolvidas em baunilha e balsâmicos, a lembrar mato, pinhal. Também aparecem flores no meio de ligeiro fumo.
Boca com bom corpo e uma bela acidez. Tal como no nariz, a fruta parece calma, sem exageros, com a envolvência de flores e ligeiros balsâmicos. Bom final, longo e complexo.
Temos aqui um belo Dão. Um vinho com boa complexidade, muito elegante, sem exageros, com tudo no sitio. Este vinho faz-me lembrar a capacidade e potencial do Dão. Pena serem os de fora os primeiros a verem isso. Um vinho que está abaixo dos 10 euros. 16,5.
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Domingo, 18.10.09

Quinta das Marias Encruzado branco 2008

Um branco português, um branco do Dão, um branco de uma grande casta, da qual podemos e temos de nos orgulhar. A Quinta das Marias é dos sítios onde ele é bem tratado, onde existem dos melhores exemplares da casta.
Sendo o ano de 2008 uma referência, uma ano propício a belos vinhos, este Encruzado não podia fugir à regra.
No produtor existe a versão com e sem barrica, duas maneiras de apresentar a castas, ambas com virtudes e com o seu espaço próprio. Este que temos em prova não tem estágio em barricas.
Tem uma cor amarelo citrina.
Arma intenso, com muitas flores brancas, acompanhadas de fruta, como ameixas maça ácida e uma faceta mais citrina a lembrar limão e lima. Alguma seiva.
Boca com bom corpo e uma bela acidez. Muito citrinos e alguma maça, bem envolvidos em flores e notas mais minerais. Final longo e muito fresco.
Temos aqui um vinho muito característico da casta, com grande frescura, cristalino, de empatia imediata. Nada de excessos, antes a pureza e transparência de um belo Dão. Uma bela aposta. 16,5.
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Terça-feira, 15.09.09

Quinta das Marias tinto Lote 2006

Peter Viktor Eckert é um suiço radicado em Portugal. Amante do bom vinho, decidiu investir no Dão e comprou a Quinta das Marias. Hoje é um dos principais impulsionadores da região, com vinhos muito apelativos, numa mescla entre a finura dos vinhos do Dão e a modernidade. Um produtor que está em alta, com vinhos cheios de qualidade numa região em crescendo.
Este vinho em prova teve uma colheita manual em caixas de 20 kg, desengaço das uvas. Fermentação e maceração em lagares de granito com pisa. Fermentação maloláctica e estágio de 11 meses em barricas de carvalho francês (Allier) e americano. Um terço dos pipos são novos, um terço no segundo e um terço no terceiro ano. As castas deste 2006 são a Touriga-Nacional, Tinta-Roriz e Jaen.
Tem uma cor rubi escuro. Aroma com boa intensidade. Notas florais a lembrar violetas, juntamente com a fruta tipo cerejas e amoras. Baunilha e ligeiro chocolate. Boca com bom corpo e bela acidez. Boa convivência entre a fruta, a baunilha. Toques achocolatados. Bom final, frutado e guloso.
Um vinho que impressiona pelo seu conjunto, muito apelativo, com toque moderno mas com a elegância desta região. Gostei do estilo, que para mim é um belíssismo vinho dentro desta gama de preço, 6 euros. Recomendo vivamente. 16.
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Terça-feira, 14.07.09

Porta dos Cavaleiros tinto 2006

“ Nas Caves de S. João
Está um altar
Com o S. João exposto
Pra quem lhe quiser rezar.

Diz a lenda que o santo,
Depois de muito pregar,
Foi ali beber um copo
Prá alma retemperar.

Ao erguer a sua taça
Ele disse com simpatia:
- Nunca bebi melhor vinho,
É uma categoria!

E a todos os presentes
Disse o santo entusiasmado:
- Bebei bem, que igual a este
Não se encontra no mercado.”

Agora viramo-nos para um clássico do Dão, o Porta dos Cavaleiros. Com uma história riquíssima nos vinhos de mesa que percorreu os anos 40 até aos dias de hoje, tendo no entanto atravessado um longo período fora das escolhas dos enófilos portugueses. Marcas como Frei João, Caves São João e Porta dos Cavaleiros faziam a delícia de quem os bebia e ainda hoje muitos deles estão em ótimas condições de consumo e alguns objecto de grande procura e mesmo de colecção. Verdadeiros ícons. Hoje em dia esses vinhos parecem querer voltar à ribalta, voltar às mesas dos portugueses. Em prova temos o Porta dos Cavaleiros 2006, um vinho feito com as castas características do Dão, 40% Touriga Nacional, 25% Alfrocheiro, 25% Aragonês (Tinta Roriz) e 10% Jaen. É engarrafado após estagio em inox e em garrafa. Apresenta uma cor rubi escura. Aroma de boa intensidade com notas balsâmicas a lembrar eucalipto e resinas. A fruta aparece delicada e vermelha, onde nos mostra framboesas e morangos maduros. Fundo floral. A boca é de médio porte e com boa acidez. Permanecem as notas balsâmicas a par de fruta e algum floral de fundo. Final mediano e elegante. Temos aqui um vinho característico do Dão, nota-se bem a sua proveniência, não engana. Um vinho calmo, sem excessos e feito para a mesa. Bom vinho para o dia a dia, um vinho um pouco longe da moda, longe da fruta gulosa mas bem agradável. 15.

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