Segunda-feira, 05.04.10

Aneto Colheita Tardia branco 2007


A primeira vez deste Colheita Tardia foi em 2005 e logo entrou nas escolhas dos enófilos no que toca a colheitas tardias portugueses. É um dos raros vinhos portugueses que são feitos com os cachos botrytizados e um dos melhores exemplares portugueses neste tipo de vinhos doces.

Francisco Montenegro já nos habituou a vinhos belíssimos, com os seus tintos cheios de qualidade, Douros puros, vinhos de terroir, com os seus brancos elegantes, complexos e cheios de frescura. Os colheita tardia não podiam fugir à regra, com vinhos intensos, complexos e muito frescos. Um deleite.

À semelhança dos Sauternes, as uvas usadas para este vinho são da castas Semillon, que são apanhadas tardiamente em Dezembro quando estão muito maduras e atacadas pelo fungo Botrytis Cinerea. Estagiou durante 18 meses em barricas de carvalho francês depois da fermentação ser feita em inox.
Cai no copo com uma cor amarela muito forte, quase laranja.
Aroma intenso e profundo, onde as notas de frutos secos, mel, alperces secos saltam logo para fora do copo. Tem um lado mais austero, com algumas notas mais químicas.
Boca volumosa, larga e muito fresca. Confirma o aroma, com o mel, frutos secos e alperce marcam o palato. Muito longo, doce e muito fresco.

Temos aqui um belo colheita tardia, intenso, volumoso e principalmente muito fresco, o que contrabalança e duçura rica que o vinho tem. Perfeito para acompanhar patés e foie gras e também algumas sobremesas não muito ricas. Por cerca de 15 euros podemos beber um vinho cheio de qualidade. 17.
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Quarta-feira, 31.03.10

Quinta das Carrafouchas branco 2008


Temos aqui um branco da região Lisboa, um branco de 2008 feito com Arinto, como tanto gosta quem o fez. Estagiou em cubas de inox (70%) e em barricas de carvalho francês e americano (30%).
Um branco claramente com um perfil indicado para a mesa, com uma acidez vibrante, aromas citrinos, com muito limão, e também ligeiramente tropical, com toque de ananás. Vegetal e com a barrica a dar uma leve baunilha. Muito fresco, citrinos, algum tropical, vegetal, com a madeira muito bem integrada a arredondar um pouco a boca e a dar um toque ligeiramente abaunilhado.
Um vinho muito bem feito, equilibrado, amplo, boa secura, com pouco álcool, cerca de 12,5º, e perfeito para acompanhar entradas várias e até peixes com alguma gordura. Uma aposta segura vinda de Santo António do Tojal, perto de Bucelas. 15,5.
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Sábado, 27.03.10

Douro Family Estates - do Douro para o mundo


A convite da Douro Family Estates (DFE) fui à apresentação dos vinhos desta nova empresa no restaurante Gemelli. Uma empresa duriense que resulta numa parceria e principalmente numa conjugação de esforços de quatro produtores que decidiram fazer uma nova marca de vinhos, pricipalmente virados para o mercado internacional.


É uma parceria de pequenas famílias produtoras de vinhos de quinta constituída pelas Quinta dos Poços, Quinta do Soque, Quinta das Bajancas e Brites Aguiar, que além de produzir vinhos prórpios também os comercializam. A sociedade, detida em partes iguais pelos quatro produtores, tem como objectivo principal potenciar a capacidade de vinificação instalada nas quatro quintas e actuar fortemente nos mercados de exportação.
O objectivo no futuro é cada produtor manter uma marca própria com valor acrescentado elevado, concentrando esforços numa marca comum, a DFE, nas suas três variantes: Classic, Premium e Signature. A ideia é fazer vinhos com uma grande relação qualidade/preço seguindo um procedimento simples: até 31 de Agosto de cada campanha são fixados os preços e a quantidade que cada produtor disponibiliza para cada um dos vinhos. Posteriormente, a equipa de enologia, composta por António Rosas e Pedro Sequeira, define a possibilidade de os produtores poderem ou não completar a sua quota em função do vinho que desejam criar.
Em conjunto, o grupo possui 92 hectares de vinha. Os produtores Brites Aguiar, Quinta do Soque e Quinta das Bajancas estão localizados na zona de Trevões, no concelho de São João da Pesqueira, e as vinhas (71 hectares) situam-se entre os 230 e os 500 metros, nas margens do rio Torto. A Quinta dos Poços, com 21 hectares de vinha, situa-se em Valdigem, no concelho de Lamego.
As exposições e os solos de todas as quintas são muito variáveis, para além de que se localizam em zonas bem diferentes da região: as três primeiras na sub-região do Cima Corgo, a quarta na sub-região do Baixo Corgo. Esta diversidade, aliada à existência de um elevado número de castas regionais, constitui uma mais-valia importante, pois permite seleccionar as melhores uvas das várias quintas em função das características climáticas do ano.

Deixo agora as minhas notas dos vinhos provados antes do almoço e também durante a refeição.


DFE Classic branco 2008

Feito com as tradicionais castas do Douro, entre elas o Viosinho, o Rabigato e o Gouveio. O vinho envelheceu  durante cerca de 6 meses em barricas de carvalho na adega de cada um dos produtores.

Tem uma cor amarelo citrino.
Aroma de boa intensidade e com a fruta a dominar, com notas citrinas (limão), ananás e maça. Temos também notas minerais e algum vegetal.
Boca com bom corpo e com uma bela acidez. A fruta aparece fresca por entre notas de madeira que lha arredonda o palato. Fundo mineral e com ligeiro vegetal.

Um belo branco, com boa fruta envolvida na madeira onde estagiou e com boas notas minerais que lha transmitem alguma austeridade positiva. Gostei do estlilo, muito equilibrado, com a acidez perfeita, muito bem enquadrada. 16.



DFE Classic tinto 2006

Temos aqui a gama de entrada nos tintos. Um vinho feito com as castas tradicionais do Douro e com tratamento e estagio em cubas de inox.

Cor rubi de concentração média/alta.
Aroma de intensidade mediana. Algo fechado no início, mas depois abre para fruta vermelha, com morangos maduros, entre notas vegetais.
Boca de volume mediano, tal como a acidez. Confirma o aroma, com  notas e fruta entre sabores mais vegetais e com ligeiro toque floral. Final mediano e frutado.

Temos aqui um vinho que começa bem, com boa fruta, ligeiro vegetal, tudo muio simples e bem feito. Perde-se um bocado durante a prova, mostrando, talvez, que a sua melhor fase já tenha passado. Mas é um vinho que se bebe bem. Para o dia a dia. 14,5.


DFE Premium tinto 2007

Esta gama já tem uma imagem diferente, mais cosmopolita, mais "clean".
Feito com as castas tradicionais do Douro, já tem direito a estágio em barricas de carvalho.

Cor escura, jovem.
Aroma com boa intensidade e muito apelativo. Começa por nos dar vegetais, balsâmicos (cera) e minerais. Abre depois para uma fruta gulosa, com notas de cerejas, ameixas e groselhas. Com o decorrer da prova, mostra-nos também café e chocolate preto.
Boca com bom corpo e uma bela acidez. Começa mineral e abre para sabores frutados  e especiados, com notas de canela. Algum chocolate. Final longo e guloso.

Temos aqui um belo vinho, complexo, com um perfil muito apelativo, mesmo guloso. Um vinho perfeito para mostrar um Douro moderno. Devo dizer que o vinho melhorou ao longo da prova, o que é bom sinal. Gostei. 16.


DFE Signature tinto 2007

O topo de gama da casa. Já tinha havido uma experiência, com um vinho de nome 2PR.
Este Signature é a nova versão desse vinho. Com uma garrafa mais elegante, um rótilo belíssimo, com perfil de topo.

Cor escura, concentrada.
Aroma intenso, com notas minerais, com a fruta a mostrar-se menos que no vinho anterior, com ameixas pretas. Temos ainda notas de cacau e algumas flores.
Boca encorpada e com uma bela acidez. Confirma o aroma, com a fruta algo escondida, com os sabores minerais, de cacau e de especiarias a marcar o palato. Final longo e complexo.

Temos aqui um vinho complexo, que está ainda um pouco fechado. Encorpado, elegante, muito fino. Não podemos deixar a temperatura passar os 16/16,5º, sob pena de o álcool dominar o vinho. Controlando a temperatura, temos aqui um belo vinho. 17.


Em jeito de conclusão, são um conjunto de belos vinhos. Um branco que gostei bastante, um Classic menos conseguido mas acredito que já foi bem melhor, um Premium muito bem feito, guloso e um Signature cheio de qualidade. Estão prontos para vencer fora de portas.

Como curiosidade, deixo a ementa qua acompanhou os vinhos no Gemelli:

-Calzone de requeijão e pakchoi sobre salada italiana, tempero ao balsâmico;
-Creme de batata com trufas de bacalhau e azeite de trufa preta;
-Fettuccine de cacau, molho de cogumelos e pancetta crocante;
-Torre de novilho guisado ao vinho tinto e cravinho, sobre spaetzli de pimentão doce e molho de ameixa preta;
-Bolo de pêras e caril, molho de chocolate branco e açafrão.
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Quinta-feira, 25.03.10

Tapada dos Monges branco 2009


Temos aqui em prova um branco de 2009 da região dos Vinhos Verdes. Tive algum receio da tremenda juventude do vinho, das notas de sulfuroso e da agulha que nos fere a boca.

Devo dizer que foi uma agradável surpresa quando provei este vinho. Um vinho com uma cor citrina, cristalina e com um aroma com muito boa intensidade, onde encontramos fruta tropical (ananás em calda e ligeiro maracujá) e muita maça. As notas florais também aparecem, a par de algum vegetal. A boca, aquilo que mais me preocupava, estava intensa, muito fresca e com ligeira agulha, nada que causasse transtorno. Muito frutada, com nuances florais e vegetais. O final é longo e com grande frescura.

Um vinho que foi feito com as castas Loureiro, Pedernã e Trajadura. Foi vinificado e teve estágio em cubas de inox. Nota-se bem que é um vinho bem acima da mediania, muito bem feito, muito vivo, com muito nervo. É um vinho que, dada a acidez que tem, é para ser bebido à mesa, com comida por perto. Bebido daqui a uns meses vai estar ainda melhor. Uma escolha certa nos verdes. 15,5.
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Quinta-feira, 18.03.10

Soalheiro Alvarinho Reserva branco 2007


Aproveitei uma data importante para abrir este vinho que, por feliz coincidência, abrangeu dois aniversários, o meu e o do João Carvalho, festejados em Vila Viçosa. Depois de abrirmos alguns brancos, chegou a vez deste Alvarinho que tanto deliciou a nossa crítica especializada. Lembro que foi prémio de excelência da Revista de Vinhos desta ano. 
A colheita de 2006 (também provada nessa noite) já tinha prometido, tornando assim as expectativas muito altas para este 2007.

As uvas foram tratadas com todo o cuidado, apanhadas à mão para caixas de pequena capacidade e depois prensadas durante 48 horas. Após a prensagem, fermentou e estagiou em barricas de carvalho francês (novas e de segundo ano) em contacto com as borras e com batonnage.
Tem uma cor amarela intensa.
Aroma de média intensidade mas profundo, com notas minerais e fumadas entre fruta citrina (limão e casca de laranja) e alguma tropical (abacaxi). As especiarias como baunilha e cânfora embelezam o conjunto.
Boca cheia e com grande frescura. Marcada pelas notas minerais e citrinos, num conjunto potente e com longo final e especiado.

Temos aqui um grande vinho, encorpado, fresco e muito fino. Esta austeridade na juventude só lhe fica bem, prometendo assim um futuro risonho. No fundo, mais um grande vinho da quinta de João Cerdeira.
Os vinhos deste produtor já são um caso muito sério, encontrando-se no melhor que Portugal faz no que toca a brancos. Nós constatamos a qualidade colheita após colheita, com preços que não assustam ninguém e por isso agradecemos. 17,5.
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Terça-feira, 09.03.10

Azul Portugal Escolha (Vinhos Verdes) branco 2008

Continuo agora a prova dos vinhos Azul Portugal, de onde vem este branco da Região dos Vinhos Verdes. Chega-nos pela mão de Anselmo Mendes, cuja enologia também é feita por ele.
Feito com as uvas Arinto e Trajadura, teve tratamento em cubas de inox, onde também estagiou.

O vinho mostra uma cor bem citrina, brilhante.
Aroma com boa intensidade, e onde se nota logo a frescuta de aromas característicos da região. Muitos citinos, principalmente limão, vegetal, com lembranças de relva acabada de ser cortada, minerais frescos e com um toque floral.
A boca é de corpo mediano e tem uma bela acidez. Confirma inteiramente o aroma, com uma mistura de citrinos, vegetal, mineral e flores. Final longo sustentado na acidez.

Um bom vinho branco, com um grande frescura, desde o aroma ao fim de boca. Um vinho que, apesar de ser muito jovem, está perfeito para ser bebido neste momento, principalmente com entradas e mariscos cozidos. É um vinho típico (bem feito) da região e um caso de sucesso, já que a produção está toda vendida. 15.
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Segunda-feira, 08.03.10

Quinta da Murta Clássico branco 2007

 

Um vinho que nos chega de Bucelas e com uma imagem lindíssima, digo eu.
A Quinta da Murta é um dos principais players da região, com vinhos claramente indicados para a mesa, com perfil seco e personalidade forte. Entretanto, são muito mal vistos pela nossa crítica especializada, vá-se lá saber porquê. Por um lado pedem vinhos diferentes, longe daqueles que saturam o mercado, por outro lado, quando esses vinhos aparecem são mal cotados porque são...diferentes, muito secos, difíceis.

Em Bucelas o Arinto domina. Neste caso teve fermentação em barricas de carvalho francês e americano e mais 3 meses de estágio em presença das borras, com batonage.
Brinda-nos com uma cor amarela carregada e brilhante. Aroma intenso e muito curioso. Lembrou-me logo flores secas tipo potpourri  e também incenso. A fruta é citrina e madura por entre notas gulosas de baunilha. Boca com bom corpo e com uma bela acidez. Continuam as notas de limão maduro, tipo limonada bem açucarada e as flores secas. Acaba longo e sempre com grande frescura.

Não conseguia tirar o nariz dentro do copo e penso que isso é o melhor que se pode dizer de um vinho. Os aromas prenderam toda a minha atenção e eu gostei deles. Grande frescura e boa amplitude.
É um vinho diferente? É, com certeza. Se gostei dele? Muito. Se recomendo? Nem que seja para dizer mal. 16,5.
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Sábado, 06.03.10

Laurenz V. Charming Grüner Veltliner branco 2007


90 pontos Wine Spectator servem para alguma coisa? Pelo menos a mim serviram-me para comprar este vinho por 20 euros e também para a garrafeira que os publicitava junto a ele. Um branco austríaco, com uma imagem bonita, com uma casta por mim pouco conhecida mas que dá cartas naquele país e os 90 pontos publicitados junto ao vinho, levaram-me a gastar uma quantia considerável por este branco, assim às escuras.

A primeira vez que o provei foi com um grupo de amigos e a avaliação não foi positiva, ficando claramente atrás do Síria e dos Encruzado do João Tavares e Pina. A opinião foi unânime. Voltei a ele dias mais tarde, dando-lhe toda a atenção e oportunidade. O aroma mostrou-se austero, com muito citrinos e minerais, com a companhia de alguma flores brancas. A boca tem bom volume e uma excelente acidez, mantendo a austeridade encontrada no nariz. Final longo e muito fresco.

Tirei duas conclusões desta prova. Primeira, devemos sempre dar ao vinho a oportunidade de mostrar o que ele vale, em variadas situações. Segunda, nunca mais compro um vinho guiando-me somente por uma nota. Pelo preço que paguei por ele, safava-me com vinhos portugueses muito mais baratos.
Não é um mau vinho, nada disso. É um vinho onde a fruta se nota muito pouco, seguindo uma linha mais austera, mineral. É bastante fresco e com uma boa secura. Um vinho para a mesa. 16.
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Sexta-feira, 19.02.10

Castello d'Alba Reserva branco 2008

Falo agora de um vinho que é bem capaz de ser um dos três brancos portugueses com mais qualidade com um preço abaixo dos 5 euros. Assim de repente, lembro-me do Pegões Colheita Seleccionada e do CARMIM Reserva. E sejamos sinceros, não existem muitos vinhos do Douro baratos e com uma boa qualidade. Eles estão bem mais a sul de Porugal. É a minha opinião.

Temos aqui um vinho que nos chega do Douro Superior. A ideia do produtor (VDS-Vinhos Douro Superior) foi fazer vinhos que reflectissem a região mas com um carácter modernos e com bons preços. Pensando nos vinhos que estão sob a chancela da empresa, acho que o objectivo está a ser cumprido. Belos vinhos a bons preços.
Feito exclusivamente com Códega de Larinho e também com Rabigato e Viosinho. A frementação fei feita em carvalho americano e francês com agitação de borras (batonnage), onde permaneceu em estágio.
Um vinho com uma cor amarelo vivo e com aroma intenso, com muitos citrinos (limão) e ligeira notas de abacaxi. Fundo marcadamente mineral e com toque abaunilhado. A boca é de médio porte e com uma bela acidez. Muito citrinos e vegetal amargo, mineral e baunilha. Final com bom comprimento e ligeiramente abaunilhado.

Poucas palavras me restam para falar deste vinho, além de constactar que está muito bem feito, perfeito para a mesa e principalmente com um preço muito aliciante, sempre abaixo dos 5 euros.Uma bela aposta. 15,5.
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Segunda-feira, 15.02.10

Dominio de Tares Godello Fermentado en Barrica branco 2008

O Godello é uma das variedades mais antigas de Espanha, já desde o tempo da ocupação romana na Península Ibérica. É característico das zonas de D. O. Valdeorras e, em menor medida, da D. O. Bierzo. Um casta de ciclo curto, com baixos rendimentos e muito propícia às doenças. Dão origem a vinhos com qualidade e muito aromáticos e com boa capacidade de evolução em garrafa.

Um dos produtores que trata bem a casta é o Dominio de Tares da D.O. Bierzo. Uma região onde as castas Godello, Palomino e o Mencia (o nosso Jaen) dominam o encepamento. É incrível a facilidade com que encontramos excelentes vinhos e com preços aliciantes nesta região, principalmente os tintos feitos com Mencia.

Este vinho em prova é 100% Godello e estagiou durante 3 meses em barricas novas de carvalho francês em contacto com as borras e com batonnage diário.
Tem uma cor amarelo citrino vivo.
Aroma com boa intensidade e que nos mostra notas citrinas, como limão e lima, com outro tipo de frutas, tais como pêras e maçãs maduras. Tudo na companhia de baunilha.
Boca com bom corpo e boa acidez. Com boa amplitude, ela transmite-nos sabores frutados, citrinos e de polpa branca. Fundo abaunilhado, aqui menos sentido que no aroma. Bom final, muito fresco e abaunilhado.

Não conhecia esta casta e devo dizer que a primeira impressão foi muito boa. É um vinho muito frutado, não muito encorpado mas com uma boa frescura e parece-me que o casamento com a madeira é muito positivo. Talvez lhe falta alguma estrutura para aguentar largos anos em garrafa, mas aguenta claramente mais algum tempo. Godello, uma casta espanhola a ter em conta. 16,5.
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