Quinta de São João Touriga Nacional tinto 2000
Por vezes, nas provas entre amigos, apercebemos-nos que temos passado ao lado de vinhos de qualidade elevada. São apresentados ao lado de nomes mais conceituados e não lhe ficam atrás.
Recentemente, numa prova com vários vinhos, chegou a vez de um vinho ribatejano, de um Touriga Nacional com quase 10 anos de idade. Torci o nariz, quase como afirmando a minha ignorância. Percebi que estávamos perante um vinho que impõe respeito, um vinho muito apreciado por quem o conhece, e não são assim tão poucos...!
A Quinta de São João pertence ao projecto Pinhal da Torre, produtor ribatejano e principalmente conhecido pelos seus vinhos Quinta do Alqueve. Na Quinta de São João é concentrada toda a produção de vinhos numa adega histórica que, construída em 1947, é referência em toda a região.
Propriedade da família Saturnino Cunha, o projecto Pinhal da Torre é referência de qualidade em terras ribatejanas há várias gerações.
Elegendo preferencialmente as castas portuguesas como a Touriga Nacional, a Tinta Roriz, a Touriga Franca, a Trincadeira, a Castelão, a Arinto e a Fernão Pires, que combinam com castas estrangeiras distintas, como a Syrah, a Cabernet Sauvignon, a Cabernet Franc e o Merlot.
Elegendo preferencialmente as castas portuguesas como a Touriga Nacional, a Tinta Roriz, a Touriga Franca, a Trincadeira, a Castelão, a Arinto e a Fernão Pires, que combinam com castas estrangeiras distintas, como a Syrah, a Cabernet Sauvignon, a Cabernet Franc e o Merlot.
Este vinho em prova, o Quinta de São João Touriga Nacional 2000, um grande ano por todo o país, é um vinho da "velha guarda" do produtor. É um monovarietal que se apresenta com fato de gala passados quase 10 anos, como iremos ver na prova. Estagiou em barricas de carvalho francês e americano durante 10 meses. Vamos então à prova.
Cor granada escura com borda ligeiramente acastanhada.
Aroma com boa intensidade, com muitas notas balsâmicas, de caruma, eucalipto, chá preto. A fruta aparece compotada mas nada pesada, na companhia de notas de café e de cacau.
Boca encorpada e com boa acidez. A fruta compotada está muito bem envolvida com sabores mais balsâmicos, cacau guloso e alguma café. Final longo e complexo.
Foi uma descoberta de uma belo vinho português. Um Touriga Nacional com grande estilo, com notas evoluídas mas nada cansadas. Está numa bela fase, com tudo bem envolvido e onde nada sobressai. São vinhos destes que nos fazem pensar que não é preciso gastar rios de dinheiro para termos um néctar de grande qualidade, em que os anos que passaram por ele, só o dignificaram. Não merece menos que um 17.