Domingo, 23.11.08

Continuo a beber

Bebi durante esta semana uns tintos porreiros, entre alentejanos e durienses. A minha passagem pelos brancos foi fraquinha, tendo só bebido um Vinhas Altas 2007, um verde da Cavipor, que se apresenta bem feito, bom para o quotidiano. A minha mulher gostou.
Numa semana difícil para todos nós, em que se provou que Queirós foi um erro de casting (nada que não estivesse à espera), ficou a vergonha de termos levado 6 do Brasil. Nas notícias só vemos problemas e previsões de tempos difíceis. Nada como uns bons vinhos para nos alegrar e fazer esquecer tudo isto. Bebi três alentejanos e três durienses. Começando a norte, comecei com um Passagem 2005, uma parceria entre a Quinta de La Rosa e Jorge Moreira. Um belo vinho, elegante e com uma bela fruta. Gostei. Continuei com o Campo Ardosa 2004. Achei o vinho um pouco difícil, com uma acidez elevada. Bebe-lo agora, só com um prato que lhe faça frente, um prato com um índice de gordura elevado. Acabei o Douro em grande, com um Quinta das Tecedeiras Reserva 2003. Foi uma pena tê-lo aberto neste momento. Está numa grande forma, cheio de força, dá prazer, mas vai melhorar muito. É uma grande relação preço/qualidade. Aconselho a guardar.
No lado dos alentejanos, a minha escolha recaíu sobre a colheita de 2005 do topo de gama da Casa Santa Vitória, o Inevitável. Está uns furos abaixo do 2004. mas não deixa de ser um belo vinho com um bom futuro pela frente. Continuei com um vinho que está longe das luzes da ribalta, um vinho que não é muito conhecido, pelo menos por mim, o Dorina Lindmann Reserva 2004, com um blend de Aragonês e Touriga Nacional. É um vinho encorpado, floral e frutado. Gostei. Acabei num Herdade do Meio Homenagem 2004. Mais um vinho que não deveria ser bebido neste momento ou então ter acompanhamento a preceito. Tem uma acidez elevada, aromas frutados, vegetais e terrosos. Um vinho diferente, um vinho a conhecer.
Assim se passaram mais uns dias com belas companhias, com vinho que me deram prazer beber e provar. Assim dá gosto.
publicado por allaboutwine às 10:56 | link do post | comentar
Quinta-feira, 06.11.08

O que tenho bebido

Não tenho tido o tempo que queria para provar decentemente um vinho. Isto não está fácil e temos de trabalhar muito para garantir uma vida digna para nós e para os nossos filhos. São preocupações que neste momento me assombram e que retiram grande parte das condições necessárias para o acto da prova. Outra razão é uma sensação com que fico que ao ter grandes preocupações com a prova e com todos os seus requesitos, penso mais em descobrir aromas e cotar o vinho do que realmente me interessa, apreciar calmamente um vinho, falar com ele, sem essa "pressão" nas costas. Isto de provar sozinho não é fácil.
Com toda esta "lenga-lenga" não quero dizer que não tenho provado e principalmente bebido belos vinhos. Tenho! E venho postar uns breves comentários sobre eles.


Comenda Grande Reserva 2004: Grande surpresa. Belo vinho, complexo. Um belo preço.

Altas Quintas 2005: No caminho do 2004. Talvez com aromas mais apetecíveis e mais quente. Gostei.

Passadouro Reserva 2004: Um vinho que demora a abrir. Depois mostra a fruta e toda a sua complexidade. 1

Conceito 2006 br: Está um belo branco. Complexo, fresco. Um dos melhores que já bebi.

Serras de Azeitão 2007 br: Um bom branco para o dia a dia com um belo preço.

Loios 2007 br: Aroma algo estranho, talvez um pouco reduzido. Problemas de garrafa?

Vau Vintage 1999: Está num belo momento, cheio de fruta e com complexidade. Belo preço no Jumbo.

Loios 2007: Bom vinho para o dia a dia, sem "aquela" doçura excessiva. Boa compra.

Soalheiro Primeiras Vinhas 2007: Grande Alvarinho. Muito fesco e complexo Um dos grandes brancos portugueses.

Montes Claros Reserva 2007: Gostei deste vinho, sem excessos, com tudo bem casado.

Vinha Grande 2007: Diferente do 2006. Com fruta mais tropical, menos pesado e também menos complexo.

Lavradores de Feitoria 3 Bagos Sauvignon 2007: Melhor que o 2006, com o nariz a mostrar toda a fruta da casta e com a madeira menos notória.

Terra Plana 2006: Mais um bom produto da Dão Sul. Um alentejano diferente, com alguma complexidade e com muitas notas balsâmicas.
publicado por allaboutwine às 03:43 | link do post | comentar | ver comentários (4)

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